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Arquivos Mensais: junho 2010

29 06, 2010

Mediação de Conflitos

2010-06-29T21:15:58+00:00

Conflitos fazem parte da vida humana, pois correspondem a impulsos naturais de defesa e sobrevivência.

Desde que duas pessoas estejam juntas sempre estará estabelecida uma comunicação, seja em palavras, em gestos ou expressões. O que ocorre comumente não é falta de comunicação e sim maneiras equivocadas de se expressar gerando oposições que podem até enveredar para a violência. Saber lidar com conflitos é, assim, de grande importância. Ao cursar pós-graduação em Mediação Transformativa me surpreendi a cada momento em que pude constatar esse universo tão amplo no qual se pode realizar um trabalho incrível em favor de um mundo menos competitivo e mais colaborativo. Procurei a Mediação por acreditar no potencial do ser humano e constatei muito mais que isso; a possibilidade de descortinar em cada pessoa o seu poder de restabelecer uma comunicação eficaz e sadia.

Trata-se de uma forma alternativa para a solução de conflitos desde os mais básicos como rivalidades entre vizinhos ou no ambiente de trabalho, até os mais complexos envolvendo familiares. Corresponde a uma nova maneira de lidar com questões aparentemente de difícil entendimento, trazendo alternativas positivas para todos os envolvidos. Nesse processo o que se busca é a capacitação de cada um na resolução de seus próprios problemas. Desta forma, a Mediação tem por finalidade essencial que todos os envolvidos se sintam ouvidos e atendidos em suas reais necessidades, transformando situações conflituosas em acordos construídos a partir dos interesses de cada um. As vantagens que se demonstram em relação às formas tradicionais de litígio são muitas, entre elas pode-se citar a preservação da relação, a privacidade do processo e a economia de tempo e dinheiro. Explico: na Mediação são as partes que encontram as soluções de seus problemas, as relações tendem então a se harmonizar. É um processo cujo sigilo é acordado em contrato, ou seja, a privacidade das pessoas envolvidas fica totalmente preservada. E, ainda, dando foco no futuro é extremamente rápido, pois, não se prende as razões do problema e sim no que se pode fazer a partir dele. E, finalmente, não recorrendo necessariamente à Justiça ou trabalhando em parceria com ela, torna-se mais econômico e veloz.

Em países como os EUA, a China, o Japão e a Argentina a Mediação já é utilizada há muito tempo, no Brasil ainda é uma profissão nova, mas tem crescido muito nos últimos anos, principalmente nos grandes centros onde já atua em diferentes níveis de conflito com autos índices de sucesso. Pela importância que entrevejo, voltarei a tratar do assunto.

Suely Buriasco de O D Pereira
suelybuiasco@uol.com

Mediação de Conflitos2010-06-29T21:15:58+00:00
29 06, 2010

O Outro Lado da Violência!

2010-11-16T15:39:40+00:00

Frente a tantos atos hediondos, onde famílias são devastadas pela dor, perda e tragédias imensas, a sociedade se sente insegura e assustada. Seqüestros, homicídios, passionalidade e condutas outras que chocam ora pela frieza, ora pela falta de racionalidade. Cada vez mais as pessoas tentam se proteger como podem, mas, infelizmente, crimes acontecem a todo o momento, até mesmo no seio da própria família.

Diante de constantes demonstrações da violência que assola o mundo, eis que surgem as mostras claras de que mesmo em contato com o mal é possível e totalmente humano que o bem se faça em proporções muito maiores, com implicações amplamente significativas. É o caso de pessoas que diante de tragédias imensas conseguem manter seus valores e crenças, expondo-as publicamente, contribuindo para o consolo de tantas outras que vivenciam tragédias semelhantes. Essas são pessoas que provam a sua fé e sua real aspiração do bem de forma segura e vigilante, através de exemplos edificadores. Não a fé exclusiva e cega que divide os homens, mas a fé raciocinada que esclarece e fortalece. Elas nos atestam que é possível perdoar e desta forma efetivar a caridade com a restauração de sentimentos nobres, sem perder o foco no desejo de justiça. São pais que perderam seus filhos de forma trágica e inexplicável que se mobilizam em ONGs, ou que vêm a público declarar seu perdão a fim de levar consolo a outros pais que passam pelo mesmo sofrimento.  Sim, porque o perdão é sempre um grande alento! Esses seres humanos demonstram a grandeza pela qual podem transformar suas dores, até as mais intensas, pela vontade de querer beneficiar outros seres humanos, mesmo sem os conhecer. Almas capazes de inspirar o desejo de fazer a nossa parte em relação à evolução desse mundo para que esses crimes sejam extirpados de nossa sociedade. Almas que nos certificam de que a justiça é totalmente possível, sem gerar nova cadeia de crueldades e impetuosidades. Elas nos fazem refletir sobre como nosso mundo tem reagido há séculos, violência por violência, e nos levam a concluir que definitivamente esse método não deu certo. Pessoas que merecem o nosso respeito não apenas pelo sofrimento vivenciado, mas, principalmente, pela forma como conduzem suas vidas apesar dele.

É preciso que cada vez mais pessoas compreendam que nosso mundo precisa encontrar novas formas de lidar com a violência, transformando velhos paradigmas de vingança e punição. Utopia? Os exemplos citados respondem por si mesmos!

Suely Buriasco

O Outro Lado da Violência!2010-11-16T15:39:40+00:00
29 06, 2010

Medição de Conflitos no Fantástico

2010-06-29T17:31:29+00:00

Quem está acompanhando a série “O Conciliador” que o programa Fantástico da Rede Globo de Televisão iniciou no dia 18 de abril terá maior conhecimento das formas alternativas de solução de conflitos, entre elas a conciliação e a mediação. O objetivo do quadro é mostrar como é possível desafogar a Justiça brasileira e facilitar a solução de seus conflitos com parentes, vizinhos ou empresas.

Nesse último domingo, dia 24, Max Gehringer expôs um caso de contenda familiar na qual uma mediadora atuou obtendo além de um acordo, um entendimento entre os familiares flexibilizando as posições dos envolvidos e promovendo a continuidade das relações. Por resultado o processo judicial terminou e a família retomou a busca de harmonizar os elos afetivos, ou seja, o ganho foi para todos. Os índices de aprovação desses métodos evidenciam a sua eficácia e isso tem feito com que muitos profissionais do Poder Judiciário direcionem a sua visão para eles.  A utilização da Conciliação já é bem ampla no Judiciário, enquanto que a Mediação é bem mais recente; algo em torno de dez anos. Penso que seja importante discorrer sobre a diferença entre a Conciliação e a Mediação, embora, os dois métodos correspondem a um processo de cooperação para resolver um conflito, onde um terceiro imparcial é solicitado para ajudar os protagonistas do impasse a encontrar um acordo satisfatório para ambos. A conciliação é realizada normalmente em um só encontro, onde o conciliador tem atuação mais ativa e impositiva, assim as partes chegam ao acordo através de concessões mútuas e o ganho é de até 50% porque ambas as partes sentem que perderam alguma coisa, ou seja, fizeram um acordo que nem sempre é considerado bom. Na conciliação vale a máxima popular de que “mais vale um mau acordo do que uma boa contenda”. É uma alternativa interessante, principalmente quando aplicada a relacionamentos circunstanciais, de único vínculo. No entanto, deixa margem para que novos conflitos surjam a partir do arrependimento das partes e o consequente não cumprimento do acordo.

A Mediação é um processo mais complexo porque visa facilitar a comunicação entre os envolvidos, separando a razão da emoção e provocando condições para que eles mesmos optem pelo que considerarem mais interessante para todos. O número de encontros depende da dificuldade das pessoas em lidar com essas emoções, em média cinco ou seis são necessários. A Mediação possui parâmetros bem definidos de procedimento e o acordo é elaborado pelas partes sem nenhum tipo de imposição do mediador que age de forma neutra, construindo junto com as partes novos cenários de negociação. Sendo assim o conflito é redefinido e o ganho é de até 100%, afinal o acordo sendo elaborado pelas partes é sempre considerado bom e o cumprimento é, portanto, certo. Aplica-se tanto a relacionamentos circunstanciais como duradouros, pois como no caso exposto pelo Fantástico, a Mediação tem a preocupação de preservar a relação.

Esses métodos alternativos têm despertado interesse pelas grandes vantagens que apresentam e quadros como “O Conciliador” são muito oportunos para fazê-los conhecidos por um maior número de pessoas que poderão estar utilizando deles tanto no âmbito judicial, quando os processos já estão instaurados, como no âmbito particular, isto é, antes de dar entrada no Judiciário. Aos interessados a boa notícia é que a série continua nesse domingo no Fantástico.

Suely Buriasco
suelyburiasco@hotmail.com

Medição de Conflitos no Fantástico2010-06-29T17:31:29+00:00
29 06, 2010

Amáveis e Amados

2010-11-16T15:40:05+00:00

Dizem que todas as pessoas que mantinham um diálogo com o presidente Theodore Roosevelt, dos EUA, ficavam completamente encantadas com ele. Além do carisma indiscutível dessa personalidade mundial, é sabido que Roosevelt utilizava-se de uma técnica simples e útil de persuasão: antes da entrevista ele averiguava os pontos mais marcantes da pessoa que ia receber, verificando seu estilo e gostos, desta forma sabia antecipadamente como conduzir uma conversa agradável e de real aproveitamento. Assim ele poupava tempo, além de aumentar suas chances de obter os resultados pretendidos.

Infelizmente, poucas ainda são as pessoas que observam o uso de determinadas técnicas a favor dos relacionamentos de forma geral. Além de conhecê-las, claro, é necessário compreender a melhor forma de utilizá-las. No contexto que ora me direciono, refiro-me em ser amável com as outras pessoas, mostrando real interesse nas questões que lhes são importantes e, principalmente fazer isso com total sinceridade. Lembremos que nenhuma atitude terá o impacto desejado se não for alicerçada na verdade de sentimentos. Isso implica que compactuar com os interesses alheios jamais poderá significar revogar os próprios interesses. Esclarecido esse primeiro ponto, sigamos então no entendimento da questão; ser amável é encontrar interesses que se coincidem, inspirado no desejo de valorizar a outra pessoa. Desta forma somam-se forças simpáticas produzindo um ambiente harmônico na relação. Nada mal, não é mesmo? Essa técnica pode ser usada em todos os relacionamentos humanos, seja nos pessoais, nos profissionais ou familiares. Baseia-se no desejo de manter um relacionamento produtível e agradável com outra pessoa, por isso a importância de conhecer um pouco mais sobre ela. É perceptível que essa técnica gera outra forma de conceituar as pessoas, já que direciona uma visualização de suas qualidades em detrimento de seus defeitos. Assim, a simples aplicação desse método gera uma vibração empática com a pessoa que podemos chamar de “alvo”. Atendo-nos mais precisamente no que há de bom nas pessoas teremos reais facilidades em desenvolver um bom relacionamento com elas.

O homem que usa de sua inteligência para o bem sabe se tornar amado e feliz em seus relacionamentos.

Suely Buriasco
suelybuiasco@uol.com.br

Amáveis e Amados2010-11-16T15:40:05+00:00
29 06, 2010

Reconhecendo Sentimentos

2010-11-16T15:40:33+00:00

Quando nos deparamos com a dor alheia, nosso primeiro ímpeto é apontar soluções cabíveis para ajudar essa pessoa no momento ruim que está passando. Nesse afã não nos falta argumentos, sugestões e julgamentos em relação à situação e as pessoas que a feriram ou, de alguma forma, provocaram esse seu estado.

Interessante que toda a clareza que nos falta em momentos que vivenciamos emoções semelhantes transbordam quando o intento é solucionar o problema dos outros. Entretanto, notamos que na maioria das vezes isso não ajuda em nada e chegamos até a desistir considerando que aquela pessoa não quer ser ajudada, pois não acata as nossas idéias. Claro que a intenção é válida, o que nos falta quase sempre é a disposição para discernir os sentimentos que envolvem a pessoa que sofre e que quase sempre vai muito além do que ela é capaz de narrar. Reconhecer a dor de alguém é uma forma importante de ajudá-la a sair desse processo, mas para tanto é necessário que nos mantenhamos inicialmente na posição de ouvintes. Quando nos atemos a ouvir alguém sem prejulgamentos ou ansiedade pelo desfecho da fala criamos elos de interesse genuíno que nos liga aquela pessoa numa conexão empática capaz de nos fazer entender como aquela pessoa se sente. Os resultados são surpreendentes, pois compreendemos que cada ser é único até mesmo na maneira de encarar situações e sentimentos. Isto é, o modo como o outro vivencia a dor também é diferente do nosso. Assim, enquanto a quisermos ajudar da nossa forma, teremos pouco êxito. É muito comum que a pessoa que enfrenta momentos difíceis só quer que a ouçamos, que a compreendamos; ela quase sempre não precisa de nossas sugestões; o que ela busca é a nossa atenção. Diante de uma situação que realmente gostaríamos de auxiliar, talvez o melhor a fazer é ouvir, demonstrando nosso interesse e  apoio. E mesmo quando chamados a opinar penso que o mais interessante é tentar uma análise em conjunto com o objetivo de auxiliar a pessoa a reencontrar seu equilíbrio emocional, de forma que a decisão parta dela.

Normalmente essas pessoas saem de nossas presenças muito mais fortes, muito mais capazes de resolver suas dificuldades. E nos deixam engrandecidos pela oportunidade de superar os limites de nosso próprio ser para conhecermos perspectivas diferentes de vida.

Suely Buriasco
suelyburiasco@uol.com.br

Reconhecendo Sentimentos2010-11-16T15:40:33+00:00
29 06, 2010

Auto Amor

2010-11-16T15:40:41+00:00

Muito se tem falado em auto-estima que, como define o próprio nome, representa a estima que cada um necessita desenvolver por si mesmo, a fim de sentir-se mais forte e resoluto na vida. Mais do que estimar é amar assim o auto-amor corresponde a nossa própria capacidade de amar.

Desenvolvemos nossa auto-estima quando na sinceridade de nossas reflexões mais íntimas entendemos que agimos bem conosco mesmo e com os outros. Nossa auto-estima está relacionada com o nosso proceder; sentindo-nos satisfeitos conosco mesmo ela se eleva. As conseqüências são muito benéficas, pois passamos a cuidar melhor de nossa saúde física e emocional, considerando-nos merecedores desse bem-estar. Do contrário; quando nos envolvemos em sentimentos negativos de mágoa, revolta e culpa, nossa auto-estima entra em declive, não gostamos do que somos e passamos a “castigar” nosso corpo e nosso espírito. Esta é a origem de muitas doenças, inclusive a depressão. Sendo esse um processo inconsciente se faz necessário que busquemos nos conhecer e dessa forma saibamos identificar as imperfeições que nos levam a proceder de maneira a impor em nossas consciências sentimentos desprezíveis por nós mesmos. Existem atualmente muitas propostas e exercícios destinados a elevar a auto-estima das pessoas, mas o princípio básico é um só: proceda de acordo com a sua consciência. Essa “voz interior” não nos poupa; podemos enganar a todos, mas ela sabe exatamente quem somos, o que sentimos e quais as nossas reais intenções. Ao nos esforçar em agir sempre da melhor maneira, dando o máximo de nós mesmos, nossa consciência se dilata nos deixando satisfeitos conosco mesmo. Assim gostamos da imagem que refletimos no espelho de nossas almas e nos sentimos com ânimo revigorado para enfrentar todas as dificuldades que se apresentem em nossas vidas, afinal, sabemos que merecemos viver bem. O exercício contínuo da auto-estima leva a pessoa a desenvolver amor por si mesmo.

O maior significado da existência humana está no amor, por isto é um assunto tão presente agora e sempre. Entretanto, enquanto buscarmos abastecer-nos de amor no outro, reivindicando-lhe esse sentimento; fatalmente encontraremos a desilusão. Daí tantos equívocos ao tomar como amor os sentimentos mesquinhos da inveja, do ciúme e do apego. O amor é um sentimento que se desenvolve dentro de cada um e, só a partir daí, pode se expandir aos outros. Quem não se ama, não sabe o que é amor e, conseqüentemente, não é capaz de amar a ninguém. Quanto mais se coloca amor na própria vida, mais amorosa a pessoa se torna. Portanto, só quando me dou amor genuíno posso dar amor genuíno para o outro.

Boas reflexões!

Suely Buriasco

Auto Amor2010-11-16T15:40:41+00:00
29 06, 2010

Pessoas Difíceis

2010-11-16T15:40:46+00:00

É natural apresentarmos dificuldades no relacionamento com algumas pessoas com as quais possuímos idéias antagônicas e contrastantes. Entretanto não é isso que faz com que essa pessoa seja considerada difícil, normalmente é apenas alguém que nos provoca em nossas próprias inquietações.

Pessoas difíceis são aquelas que mantêm desânimo constantemente e com todos os que dela se aproximam. São pessoas mal-humoradas, deprimidas e pessimistas que fazem questão de contaminar o ambiente por onde passam. Existem ainda os petulantes, os que vestem a máscara da superioridade, os “donos da verdade”, que na sua prepotência tratam todos com desdém. Nesses ainda se enquadram os arrogantes que parecem sentir prazer em humilhar e oprimir a todos. É importante a compreensão que todo esse aparato é realmente uma máscara, ou falsa aparência, que esconde na verdade pessoas inseguras, extremamente infelizes e solitárias que apresentam elevado complexo de inferioridade. São pessoas que se consideram de tal forma incapazes de manter qualquer vínculo sadio e que inconscientemente ou não, se apropriam de uma grandeza que sabem nem de longe possuir para esconder-se, defender-se, manter-se incógnito. Isso é compreensivo em indivíduos assim destituídos de auto-estima, pois, um dos maiores desafios humanos é relacionar-se com seus semelhantes, mesmo porque isso implica no desenvolvimento do respeito, da aceitação e, principalmente, do autoconhecimento. Pessoas difíceis têm pavor em conhecer-se!

A partir dessa compreensão onde se esclarece a real personalidade das pessoas que se sentem impedidas de manter sequer um colóquio simpático, fica mais fácil aprende a lidar com elas. Uma tática infalível é nunca reagir as suas provocações; quando reagimos estamos revidando, ou seja, transferindo nossas palavras e ações para o campo do outro, aceitando o seu controle. É como se num jogo aceitássemos as cartas que nos foram dadas e, mesmo sem termos iniciado, déssemos sequência a partida. Claro que estaremos em desvantagem, afinal aquele é o jogo do outro. Mas, se ao contrário, diante das provocações agíssemos, isso é, começássemos o jogo com as nossas cartas e o nosso jeito de jogar, então estaremos em grande vantagem. Pessoas que não buscam harmonia não sabem lidar com gentilezas e amabilidades, por isso essas ações as desarmam totalmente, afinal elas não se sentem capazes de agradar, não sabem jogar esse jogo. Assim, responder aos impropérios hostis e impertinentes com firmeza, mas sem revides é uma opção inteligente que traz inúmeras vantagens. Vejamos; quando não aceitamos por ofensa os maus tratos dessas pessoas elas não conseguem contaminar o nosso ânimo e nem nos afetar de forma alguma. Compreendendo que essas pessoas são, em verdade, seres humanos carentes que enfrentam grandes dificuldades consigo mesmo, podemos exercitar sentimentos nobres como a compaixão que tão bem nos faz a alma. Ou seja, só temos a ganhar! Com o tempo percebemos o quanto isso pode gerar de satisfação e bons sentimentos em nós e, então, naturalmente passamos a auxiliar pessoas difíceis a entender, pelo nosso exemplo, que vale a pena confiar em nossas melhores disposições para nos manter animados e alegres na vida.

Não aceitemos, pois, jogar um jogo que não é nosso! Saiamos da roda-viva do revide; não permitamos que outras pessoas definam a nossa maneira de lidar com as situações da vida.

Suely Buriasco
suelyburiasco@uol.com.br

Pessoas Difíceis2010-11-16T15:40:46+00:00
29 06, 2010

Preconceito

2010-11-16T15:40:53+00:00

A imprensa registrou amplamente a atitude de alguns jogadores dos Santos Futebol Clube que teriam se negado a entrar no “Lar Mensageiros da Luz”  um abrigo de crianças, adolescentes e adultos de ambos os sexos, com deficiência, especificamente paralisia cerebral, simplesmente por ser uma instituição espírita. É inacreditável que em pleno século XXI isso ainda aconteça!

A história da humanidade nos reporta a dores e sofrimentos atrozes provocados e consumados pela intolerância religiosa, nossa sociedade já não aceita essas barbaridades, por isso atitudes como as desses jogadores causam tamanha indignação. Embora reconheça que nosso mudo ainda carrega uma grande carga de preconceitos, fatos como esse nos dão a grata certeza de que cada vez mais serão desaprovados e levados ao ridículo. Todo e qualquer tipo de discriminação é fruto da incivilidade e, como disse Voltaire, “Os preconceitos são a razão dos imbecis”. Qual a razão para uma pessoa se sentir desrespeitada em sua crença por visitar um abrigo de crianças especiais só porque é mantido por pessoas de religião diferente da sua?  Lamentavelmente os jogadores perderam a oportunidade de levar alegria aos corações daquelas crianças, entretanto quem realmente perdeu foram eles! A fraternidade é uma via de mão dupla e “aquelas crianças têm muito mais para nos ensinar do que temos para lhes oferecer” conforme teria alegado acertadamente o técnico do time Dorival Júnior.

Não é de meu gosto propagar atitudes negativas seja elas de quem forem, no entanto me solidarizo com essa divulgação porque acredito que seja importante refletir sobre o quanto a ignorância pode restringir o sentimento das pessoas. Ressalto que esses jogadores, cujo preconceito se eleva além da caridade, são dignos de compaixão, pois não possuem o mínimo de bom senso para distinguir o que seja respeito de segregação. Mas tenho certeza de que esse episódio ficará marcado em suas consciências e diante da Lei do Progresso, que é uma lei Divina e, portanto, não discrimina ninguém, eles acabarão compreendendo que nós, seres humanos, somos todos filhos do mesmo Pai, independente de quaisquer diferenças que a falta de sabedoria humana possa conceber.

Cuidemos nossos pensamentos e ações a fim de refrear em nós qualquer manifestação de preconceito. Busquemos conhecer, entender melhor e, acima de tudo, respeitar as concepções alheias para evitarmos que nossa ignorância deturpe nossas ações e, pior ainda, nos faça agir de forma contrária ao que preconizamos em nossas vidas.

Suely Buriasco
suelyburiasco@uol.com.br

Preconceito2010-11-16T15:40:53+00:00
29 06, 2010

A Lei da Afinidade

2010-11-16T15:41:31+00:00

Tive a alegria de assistir, domingo dia 21, uma palestra de Cristina Cairo, no espaço Linguagem do Corpo em São Paulo. Sou sua leitora há muitos anos, mas ainda não tinha tido o prazer de conhecê-la pessoalmente.  Foi incrível!

O tema da palestra é também título de um de seus livros “A Lei da Afinidade”, da Editora Ediouro, e trata de “uma visão espiritualista e psicológica de O Segredo” livro que popularizou verdades milenares sobre a força da atração em nossas vidas. Cristina enfatizou a questão tão polemizada: porque para uns dá certo e para outros não? É verdade, para muitas pessoas, mesmo usando a força do pensamento positivo, os sonhos não se realizam; os objetivos não são alcançados.  Isso porque essas pessoas não compreenderam o funcionamento da lei natural da afinidade que comanda todo o universo. Não se pode conceber que seja possível realizar um sonho apenas desejando que ele aconteça. Realizar é um verbo, ou seja, uma ação! Assim para realizar nossos sonhos é preciso desejar muito, visualizar o que queremos e iniciar o trabalho de nos tornarmos aptos a recebê-los em nossas vidas. É por isso que as coisas têm tempo certo para acontecer e, por incrível que pareça, nós é que fazemos esse tempo à medida que promovemos nossa reforma íntima e mudando comportamentos que nos afastam dessas realizações. Para realmente atrairmos prosperidade em nossas vidas precisamos nos desviar dos boicotes de nossas emoções negativas. Quem pensa no mal, age em sintonia com ele, entretanto o contrário também é verdadeiro, pois, “semelhante atrai semelhante”!

Cristina lembrou um enunciado gravado no templo egípcio “Kom Ombo” que dá conta dos quatro grandes medos que assolam o ser humano e o impede de sentir maiores satisfações em suas vidas: o medo do abandono, de perder, de enfrentar e da morte. Porque temer se quem amamos jamais abandonará o nosso coração, se o que é realmente nosso jamais se perderá, se enfrentar os desafios só nos fortalece e se a morte não existe? Quem não se cura dos medos não se permite a felicidade e é por isso que o autoconhecimento é imprescindível e a reforma interior é inadiável. Para compreendermos melhor a Lei da Afinidade agindo em sintonia com o Universo e recebendo tudo o que desejamos no mundo; precisamos de início saber quem realmente somos e quais as mudanças importantes que precisam ser operadas em nosso espírito.

Vale o convite para o conhecimento dos mecanismos da Lei da Afinidade, a fim de utilizá-lo a seu favor e em prol do nosso mundo!

Suely Buriasco
suelyburiasco@uol.com.br

A Lei da Afinidade2010-11-16T15:41:31+00:00
29 06, 2010

Essas Mulheres!

2021-03-08T17:37:38+00:00

Há quem seja contra, mas eu adoro que haja um dia em especial para homenagear mulheres de incontestável valor. Um mês todo? Melhor ainda! Concordo que existem mulheres que merecem todo o ano, mas essas por si só já se fazem homenageadas. Então, porque não demonstrar nosso respeito e veneração?

Mães, avós, esposas, profissionais, educadoras; célebres ou anônimas… Mulheres dinâmicas que transformam seus afazeres em arte. Que sabem dizer “sim”, mas sendo necessário pronunciam o “não” com a mesma assertividade e doçura. As que já entenderam que lutar apenas não é o bastante, pois, imprescindível mesmo é ter ânimo para o Bem; é saber identificar valores morais essenciais, assimilá-los e, sobretudo, disseminá-los.  Mulheres comprometidas com seus deveres que encaram seus direitos com a naturalidade de quem sabe muito bem o valor que tem e jamais permite que eles sejam revogados ou desprezados. Essas que não se desgastam em provar força ou igualdade, pois entendem que o valor de seu papel no mundo é inquestionável. Vão à luta por seus desejos, mas nunca se desagregam dos bens mais caros de sua alma: sua moral legítima!

Mulheres que não almejam sucesso só para si, pois trazem no ventre, no colo, nas mãos e no coração as razões mais importantes para a vitória: o afeto dos seus! Pois que a razão de suas felicidades é a soma do seu “eu” completo mais a propagação do seu amor! Amor pelos filhos, pelo esposo, pela família como sendo a extensão de seu próprio amor, pois essas mulheres já entenderam que quem não se ama não tem talento para amar!  Sabem muito bem o que querem e persistem até conseguirem; então espalham, semeiam glória para que todos os seus afetos sejam incluídos nessa colheita. Mulheres que possuem a coragem de levantar-se dos próprios tombos, não como quem cambaleia na vida, mas como quem sabe que errar é humano e superar o erro é mais humano ainda, pois é digno de o ser. Essas com garra de fera e mãos de princesa que distinguem com maestria o momento de exibir uma e outra, pois não precisam de quem as defenda ou as protejam, mas almejam quem as conduzam com amor, respeito e devoção.

Mulheres que se destacam em todos os campos em que atuam porque são dedicadas, envolventes e não aceitam pouco de si mesmas! Essas sim merecem todas as cortesias, pois são o que se apregoam, vivem a realidade de si mesmas e não se acovardam por trás de máscaras; são “gente” na melhor acepção da palavra. Essas que enobrecem umas as outras e que merecem toda a admiração, toda deferência, toda atenção!

Essas mulheres!

Suely Buriasco
sburiasco@gmail.com

Essas Mulheres!2021-03-08T17:37:38+00:00
29 06, 2010

E Viva as Diferenças!

2010-06-29T17:35:43+00:00

As diferenças representam uma grande ferramenta de aprendizado quando acompanhadas de respeito e discernimento. É preciso aprender a ganhar com elas, mas para tanto é imprescindível iniciarmos um trabalho contra os nossos preconceitos.

As pessoas não gostam de se intitular preconceituosas, entretanto quando nos dispomos a analisar sinceramente nossas atitudes podemos nos surpreender com as opiniões e sentimentos concebidos sem exame crítico. São conceitos que agregamos com o passar do tempo sem maior conhecimento, ponderação e razão. Simplesmente nos adaptamos ao conjunto de idéias vigentes em nosso meio. Infelizmente isso é mais comum do que se imagina e uma maneira inteligente de lidar com isso é cultivarmos o respeito às idéias alheias; dessa forma passamos a identificar pensamentos diferentes do nosso e, com discernimento, é possível compreender os que nos são viáveis ou não. Assim, as diferenças acrescentam muito, pois nos levam a analisar possibilidades diversas das que conhecíamos e, desta forma tomamos posição ativa em nossas considerações. “Quando todos pensam o mesmo, ninguém está pensando”; célebre frase do escritor americano Walter Lippmann que elucida muito bem o ditado popular “cada cabeça uma sentença”.  Somos todos diferentes, mesmo entre os que apresentam alguma afinidade e é essa individualidade que nos faz todos iguais em direitos e deveres. Quando aprendemos lidar com isso tornamo-nos pessoas mais acessíveis, mais aptas as mudanças que se fazem necessárias em nossas vidas, afinal não existe vida em estagnação!

As diferenças servem, pois para dar movimento as nossas concepções no sentido de trocarmos o ultrapassado pelo novo e nos revigorarmos espiritualmente. É assim que usando de nossas inteligências chegamos a conclusão de que nada pode ser finalizado para sempre. Para tanto é preciso deixar espaço em nossas mentes para assimilar situações e idéias novas que podem até transformar totalmente um termo anterior. Essa dinâmica torna a vida muito mais interessante e pródiga! Qualquer que seja a diferença; seja de raça, social ou religiosa, o importante é não nos colocarmos nunca como os donos do saber, pois, a realidade é que ninguém é mais do que ninguém, somos unicamente diferentes! Assim o preconceito perde totalmente sua força e cai para a categoria das tolices humanas. O preconceito e a inteligência são, sem dúvida, inversamente proporcionais. Ninguém que se permita refletir sabiamente poderá manter-se inerte diante dos frágeis argumentos do preconceito.

Assim, seja qual for a divergência, lembremos que é mais sábio admitir que sempre seja possível aprender alguma coisa com ela!

Suely Buriasco
suelyburiasco@uol.com.br

E Viva as Diferenças!2010-06-29T17:35:43+00:00
29 06, 2010

Cultura Adversarial

2010-11-16T15:41:58+00:00

O filme “Invasão de Domicílio” dirigido por Anthony Minghella retrata o funcionamento do sistema penal na Inglaterra onde a Mediação de Conflitos é prática obrigatória dentro de certos parâmetros. O mesmo acontece em outros países da Europa e da América, como a Argentina e os Estados Unidos que há mais de quarenta anos utilizam essa forma alternativa de soluções de conflitos.

A Mediação pode ser realizada paralelamente ao processo jurídico; contribui para a diminuição da quantidade de processos instaurados acelerando o desempenho do Judiciário e representando grande economia de tempo e dinheiro para os envolvidos. Garantir o sigilo e prezar pela continuidade da relação soma-se ainda como vantagem dessa forma pacífica de resoluções de problemas. No Brasil essa é uma prática nova, embora venha crescendo aceleradamente diante dos resultados positivos que vem alcançando comprovadamente. O que se observa é que a cultura adversarial imposta ao povo brasileiro pela falta de opção na resolução de suas contendas tem sofrido grande transformação. Isso é extremamente claro, afinal, diante de um embate no qual alguém se sinta prejudicado é natural que procure meios de defender-se, por isso o Judiciário está abarrotado de processos. No entanto, sendo oferecido um meio pacífico de discutir a tensão no qual as pessoas envolvidas decidirão por si os seus problemas a adesão torna-se igualmente natural.

É importante que se diga que a Mediação não se propõe a afastar a importância da atuação jurídica, nem tão pouco a diminuir o valor do trabalho dos profissionais de direito, o que seria total contrassenso. Muito pelo contrário, afinal, as pessoas só têm a liberdade de transigir quando são informadas e estão conscientes de seus direitos, bem como asseguradas pela existência de um Sistema Jurídico e Judicial eficazes. Entretanto, há de se considerar que as pessoas e seus conflitos não têm natureza exclusivamente jurídica; têm múltiplas faces e não aceitar isto é restringir e subestimar o ser humano. A absoluta falta de diálogo e o número desnecessário de processos ajuizados, por desinformação e espírito competitivo são fatores que geram e ampliam a violência; isso é uma questão cultural. A Mediação vem se constituindo em fenômeno de mudança e amadurecimento da sociedade, representando, assim um aliado importante para a sociedade como um todo.

Sendo o povo brasileiro considerado como um dos mais pacíficos do mundo não é de se estranhar a expansão fabulosa que a Mediação de Conflitos tem tido nesse país. Nos grandes centros, onde a informação se privilegia, a Mediação se faz presente nos setores mais diversos representando uma mudança cultural importante que não tardará a atingir todos os estados brasileiros.

Não se pode deter o progresso e àqueles que o antevejam colherão os loros por suas percepções idealísticas!

Suely Buriasco                             www.suelyburiasco.com.br

Cultura Adversarial2010-11-16T15:41:58+00:00
29 06, 2010

Esforço Evolutivo

2011-01-03T22:31:40+00:00

Muitos preferem acreditar que a sorte, ou os anjos abram os seus caminhos, crendo que Deus lhes enviará pronto o que necessitam em suas vidas, no entanto, essas realizações devem, necessariamente, ter início no próprio Homem. A evolução humana, seja a nível material ou espiritual, exige um esforço muito grande!

É assim que para ter sorte é preciso competência e para obter auxílio espiritual é preciso buscá-lo. Atraímos a sorte quando nos dispomos a realizar algo com empenho, acreditando que somos capazes e nos envolvendo com fé e determinação. Da mesma forma precisamos acreditar no auxílio do Alto, dispondo nosso pensamento à receptividade dos espíritos superiores ou anjos. Ou seja, o primeiro impulso é sempre nosso!

O progresso em todos os níveis na vida dos Homens representa um desejo inato, é natural, portanto, que corresponda à grande aspiração humana. Todos desejam progredir continuadamente e embora prevaleça ainda na Terra o desejo do progresso material ou financeiro, muitos já compreenderam que a satisfação intima tem por precedente o progresso espiritual. A evolução humana se dá através da somatória dos progressos materiais e morais do Homem. Assim como o progresso profissional exige estudos e dedicação e o pessoal exige muito trabalho e empenho; o moral exige o afastamento dos vícios e imperfeições humanas. Por isso é o mais difícil de ser realizado, afinal livrar-se dos vícios é o maior desafio que se impõe ao Homem e não menos desafiante é cultivar as virtudes. Portanto, não esperemos que nossa evolução aconteça de súbito e muito menos que nos venha sem grande empenho de nossa parte. Disciplinando-se e vencendo-se a si mesmo, o Homem consegue agigantar-se, logrando resultados expressivos e valiosos em todos os campos evolutivos. Esse é um trabalho individual e intransferível do qual infelizmente, muitas vezes nos desviamos e precisamos retomar.  Embora imperfeitos cabe-nos o uso da inteligência para buscarmos um estágio evolutivo que nos propicie a felicidade. Isso me faz lembrar uma célebre frase de Sigmund Freud: “A inteligência é o único meio que possuímos para dominar os nossos instintos.” Como grande conhecedor da natureza humana, o fundador da psicanálise nos alerta para a importância de desenvolvermos nossa inteligência no sentido da evolução que nos afasta dos seres puramente instintivos.

Deixemos o quanto antes, de esperar que o progresso simplesmente aconteça em nossas vidas. Façamos com que ele seja uma realidade constante através do trabalho progressista realizado com o uso de nossa inteligência. A sorte e as bênçãos virão por conseqüência!

Suely Buriasco
suelyburiasco@uol.com.br

Esforço Evolutivo2011-01-03T22:31:40+00:00
29 06, 2010

O Homem de Bem

2010-11-16T15:42:18+00:00

Quando a aristocracia intelecto-moral enfim dominar o mundo as pessoas compreenderão que o bem que se faz a si mesmo em prejuízo de outrem é simplesmente um privilégio passageiro, pois o bem verdadeiro é o que se espalha aos outros e satisfaz perpetuamente a alma. Então estarão prontas a agir de conformidade com a inteligência que lhes foi outorgada por Deus e não mais serão dirigidas por ânsias mesquinhas, poderes efêmeros e posses ilícitas que só lhes trarão grandes sofrimentos.

A aristocracia intelecto-moral será representada pelos Homens de bem cujos valores são extremamente claros e precisos: um Homem de bem é aquele que busca pautar suas atitudes nos atributos básicos da justiça. Nos dias de hoje onde o relativismo ainda impera concomitante aos interesses pessoais e desprezíveis muito se há tentado desvirtuar a justiça, descaracterizando-a de forma a enganar a si e aos outros, todavia nenhuma mentira fica em descoberto; a verdade se impõe sempre.  Assim, o verdadeiro Homem de bem é aquele que questiona sua consciência sobre seus próprios atos, não tem, pois a aparência da justiça, ele é justo! Seus atos não estão condicionados aos atos alheios, não mudam dependendo das situações, não se desvirtuam em tempo algum. O Homem de bem é íntegro, totalmente probo, irrepreensível na sua conduta; honesto, incorruptível. É extremamente ético e disciplinado, cuidadoso e vigilante consigo mesmo a fim de que não tenha motivo algum para se depreciar ou culpar.

O Homem de bem prima por seu bem estar, mas não aceita privilégios espúrios, pois entende que seus ganhos devem aumentar no mesmo grau de seus merecimentos. Não se pode desmerecer a importância dos bens materiais no mundo em que vivemos e ganha-los é mesmo uma necessidade que as pessoas de bem não desprezam; desde que seja de forma honesta e que seja revertido em ganho para outras pessoas também. É inegável que a fortuna quando bem empregada gera progresso e bem estar para toda sociedade! Assim, o Homem de bem é aquele que avalia o que é direito e legal nunca se apropriando do que não lhe pertence, pois ele se preocupa em prezar o que é do outro.  Aliás, o bem dos outros é uma prerrogativa deveras considerável para todas as pessoas ligadas ao bem, assim, fazer todo o possível no sentido de auxiliar outras pessoas, materialmente ou não, é trabalho de valor inestimável. Por isso o Homem de bem é ainda aquele que se empenha em trabalhar pela justiça social. É, enfim, aquele que faz a outrem tudo o que quereria que se fizesse para com ele.

Pelo nível de consciência humana atingido nos dias de hoje não se pode negar que o Homem não tem condições de ser perfeito ainda; mas é imprescindível, totalmente possível e inadiável que seja um Homem de bem agora!

Suely Buriasco
suelyburiasco@uol.com.br

O Homem de Bem2010-11-16T15:42:18+00:00
29 06, 2010

Falha de Comunicação

2010-11-16T15:42:24+00:00

Os atendimentos que tenho realizado em Mediação de Conflitos reforçam meu conceito de que as pessoas sofrem cada vez mais por não conseguirem comunicarem-se adequadamente umas com as outras. O pior é que tenho constatado também o quanto essa falha gera violência tanto física como oral!

Por que é tão difícil expressar os próprios sentimentos sem desrespeitar os sentimentos do outro? Seria tão mais fácil se as pessoas falassem claramente o que lhes passa na alma e igualmente escutassem as considerações alheias. É preciso compreender que cada um tem seu modo particular de pensar, seus próprios conceitos e maneiras peculiares de entender as mesmas situações e essas diferenças, quando exploradas de forma consensual, geram sempre crescimento e satisfação. E o mais interessante é que ninguém necessariamente tem que mudar seu ponto de vista; o crescimento se faz pela compreensão das razões ou das crenças que fazem o outro pensar de forma análoga. Criar elos de respeito é por si só uma transformação capaz de operar maravilhas em qualquer relação!

Dessa forma, com certeza, muitos problemas poderiam ser evitados, mas existe uma dificuldade muito grande quando estamos envolvidos emocionalmente em mágoas e ressentimentos. Infelizmente é comum que a pessoa ao se sentir vitimada haja sem pensar nas consequências de seus atos. Então ela se “fecha” e se não percebe a tempo o quanto isso pode ser penoso para ela mesma acaba por “perder a chave”. É lamentável, pois, dessa forma ela se desabilita de resolver seus próprios conflitos e fica alienada perdendo um tempo precioso! O sofrimento é muito grande, principalmente quando o problema envolve pessoas da família. O trabalho dos mediadores é ajudar a encontrar a tal “chave” a fim de que o indivíduo liberto possa então enxergar alternativas mais úteis e promissoras para a sua vida. É muito gratificante quando alcançamos esse objetivo e sentimos a transformação das partes envolvidas. Entretanto, é perceptível a resistência de muitos em abrirem-se, em falar de suas dores, suas mágoas e quanto mais tempo se mantêm nessa posição, mas consolidado fica o conflito e, consequentemente, maior é o tormento.

Caso você tenha se identificado com esse tema procure o quanto antes maneiras mais eficaz de comunicação, a fim de que esse problema não tome proporções que prejudiquem sua alegria de amar, de relacionar-se com seus afetos e, principalmente, de ser feliz. Nada pode ser mais importante que isso, portanto, faça com que a sua escolha valha à pena!

Suely Buriasco
suelyburiasco@uol.com.br

Falha de Comunicação2010-11-16T15:42:24+00:00
29 06, 2010

Nem Tudo é Fácil

2010-11-16T15:42:29+00:00

O poema de Cecília Meireles com o mesmo título acima é um convite a reflexões profundas. Realmente, nem tudo é fácil na vida, mas se parássemos uns instantes veríamos que muitas coisas poderiam ser menos complicadas.

É difícil contentar as pessoas que nos rodeiam, muito mais é fazê-las feliz. Por mais que nos empenhamos nem sempre conseguimos satisfazer os que amamos, entretanto fazer alguém infeliz é tão fácil que até sem querer o fazemos. Perdemos pessoas queridas muitas vezes por razões tão pueris que nos fogem o entendimento. “É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar”. Importante observarmos sempre que ninguém é capaz de fazer feliz outra pessoa que não seja a si mesmo, no entanto, é preciso nos munir de todo o cuidado para não provocar sentimentos de tristeza em ninguém. Cada um é responsável por seus próprios atos e é preciso encontrar um equilíbrio para nem vivermos na tentativa constante de agradar as pessoas, mas também que não caiamos no egoísmo de pensarmos só em nós mesmos. Afinal, só nos sentiremos bem à medida que agirmos conforme a nossa consciência. Desta forma, aprendermos a nos colocar no lugar das outras pessoas é uma boa medida para não fazermos julgamentos errôneos em relação a elas.

Mas também é difícil acertar e muitas vezes caímos nas facilidades do erro e pela teimosia imposta pelo exacerbo de nosso orgulho, muitas vezes reiteramos nossos enganos e sofremos as conseqüências disso. Isso é complicar a vida! Se errarmos que tenhamos a dignidade de pedir perdão e seguir adiante levando esse aprendizado. Assim se o remorso lhe flagela a alma, perdoa a si mesmo e siga na certeza de que não reincidirá mais no mesmo engano.  É difícil pedir perdão, mas é muito mais complicado sentir culpa! A culpa é sofrimento vão, o que reconstrói é o arrependimento seguido da devida remissão. “Se você errou, peça desculpas… Se alguém errou com você, perdoa-o…”, diz a poeta.

Mas perdoar também não é tarefa fácil. Quantas oportunidades se perdem pelas mágoas que entristecem tudo ao nosso redor! Pela falta do perdão complicamos nossa vida e não poucos até acabam com ela. Por quê? Para que? Qual o sentido do rancor? Perguntas que respondidas na intimidade de nossa alma nos levarão a entender que o ressentimento pode causar sofrimentos imensos. Lembremos que ressentimento é aquele filminho triste que passa continuamente em nossas mentes nos prendendo no passado e nos impedindo de entrever as coisas boas do presente. Mais uma vez, uma boa medida nesse caso é nos colocar no lugar do outro, afinal “É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender?”. Lembremos então que mais sofre aquele que faz sofrer e se não existe arrependimento da parte de quem errou conosco, sigamos nossa vida na certeza de que o sofrimento não é mais nosso. “Nem tudo é fácil na vida. Mas com certeza nada é impossível…” declara Cecília Meireles.

Agindo dessa forma simplificamos nossas vidas e nos abrimos para alegrias inesperadas, pois somamos forças com o Universo e esse passa a agir a nosso favor!

Suely Buriasco
suelyburiasco@uol.com.br

Nem Tudo é Fácil2010-11-16T15:42:29+00:00
29 06, 2010

Otimismo Sempre!

2010-11-16T15:42:36+00:00

Ainda me choca a constatação de que muitas pessoas não têm consciência do próprio potencial e preferem a roupagem de vítima. Lamentável!

Eu fico pensando; porque tanta amargura? Que razão pode ter o ser humano para desistir de viver as alegrias do mundo?

Pessoas infelizes espalham sofrimento por toda parte, pois suas palavras e atitudes negativas deflagram profunda autopiedade que choca e entristece principalmente os que as amam. Manifestam assim grande ingratidão ao retribuir com desgosto àqueles dos quais recebe afeto, pois é muito difícil ver um ser amado ser consumido pela revolta e pessimismo. O que é mais triste é a certeza de que essas pessoas estão escolhendo um caminho tortuoso e, ainda assim, preferem colocar a culpa sempre nos outros. Não se analisam e, por conseguinte, acomodam-se e deixam-se levar pelas situações.

Cada um de nós é responsável pela própria vida… Não são os problemas que amargam a alma e sim a maneira como lidamos com eles. Não existe medida para o sofrimento, cada um dá ao seu a intensidade que elege; ou se curva ou levanta a fronte; a decisão é individual. O grande desafio da vida é superar, buscar soluções e persistir sempre! Não existe aí grande magnitude? Exemplos não nos faltam de pessoas que mesmo diante de verdadeiras tragédias encontram novas e mais edificantes alternativas para seguir suas vidas. E porque elas conseguem? Por acaso para elas também não é um processo sofrido? Claro que sim, a diferença está na escolha em manter a fé em si mesma, na vida e em Deus! Sempre há opções e a escolha é individualizada, por isso pessoas que passam pelo mesmo tipo de sofrimento reagem de forma diferente. Lidar com perdas, por exemplo, pode ser trágico ou revelador. Trágico para quem se revolta; revelador para quem busca a força divina em seu próprio ser. Verdadeiro sofrimento é ter a alma paraplégica! Quem opta pela transformação, identifica o próprio poder, compreende na dor a oportunidade de crescimento espiritual e revigora-se na certeza de que sempre existe uma opção melhor. A partir daí se dá a ligação do ser humano com a força maior que rege tudo quanto há na natureza: Deus! Então seu poder se desdobra e auge. Ao experimentar esse contato nunca mais será o mesmo, fim das lamentações e queixas, eis o amadurecer do homem.

Mudar comportamentos não é tarefa fácil, mas com boa vontade e inteligência é possível tornar-se uma pessoa mais amável e receptiva ao bem. Afinal, segundo Aristóteles: “Somos o que repetidamente fazemos, portanto, a excelência não é um feito, mas sim um hábito”. Desenvolvamos, pois, os bons hábitos da gratidão e do otimismo!

Suely Buriasco
suelyburiasco@uol.com.br

Otimismo Sempre!2010-11-16T15:42:36+00:00
29 06, 2010

Como cultivar a Alegria

2018-06-24T21:28:02+00:00

Cultivar a alegria na vida é uma arte que se aprende através de exercícios constantes de gratidão e estímulo a autoestima. Sim, porque a verdadeira alegria nasce na alma, é aquisição do espírito e, portanto, independe das coisas exteriores.

Assim não são os problemas do dia a dia, nem mesmo os mais trágicos; não são as dificuldades que nos assolam, nem mesmo a decepções do caminho que nos deixam tristes. Nada é capaz de entristecer um coração que busca a sua realização. Tanto a alegria, como a falta dela tem origem no mundo interior de cada um. Cultivamos alegria quando buscamos a partir do autoconhecimento realizar o que verdadeiramente nos satisfaz a alma. Nenhuma pessoa ou acontecimento tem o poder de mudar nosso estado de espírito, só nós mesmos o podemos. Quem ainda cai no engano de depositar em outro ser esse poder, continuará a se decepcionar até que compreenda que felicidade não é ser reconhecido ou amado; é reconhecer e amar. Não é ser tratado da melhor forma, mas dispensar sempre tratamento generoso a todos. Não se encontra alegria nos feitos de outras pessoas, mas nos próprios feitos, desde que a consciência nos apoie indicando que fizemos o máximo que podíamos.

A satisfação pelas pequenas coisas da vida, valorizando nossos dias e tudo o que nos trás de bom é exercício de alegria. Assim também é valorizar as pessoas que amamos como são e não como gostaríamos que fossem. Não esperar mais do que as pessoas podem nos dar, compreendendo os limites que lhes são impostos por suas próprias imperfeições é garantia de tranquilidade e equilíbrio. Portanto, se sentimentos doridos nos banham a alma é porque não estamos entendo essa engrenagem que nos faz vivos e é hora de refletirmos sinceramente sobre o que realmente nos tem entristecido. Invariavelmente, chegaremos à conclusão que os motivos estão em nós mesmos e na maneira como estamos nos relacionando com nossos semelhantes.

Seja no reduto familiar, profissional ou social nossos esforços devem ser voltados para a consideração, respeito e entendimento aos outros, inclusive se não recebermos o mesmo. Lembremos que cada um é responsável por suas atitudes e sigamos preocupados com as nossas, não nos envolvendo em revides; na certeza de que as leis da natureza funcionam em plenitude. A vida é um palco onde quem interpreta o bem sairá ganhando sempre, mesmos que lamentações nos levem a pensar o contrário. Quem perde tempo em lamentar o perdido ou não alcançado, patina nesse palco, sem observar que os motivos de superação são sempre maiores e mais intensos. E por interpretar não se pode entender fingir, nada é possível sem sinceridade genuina. Interpretar o bem é exercitá-lo, já que ainda não o possuímos totalmente como dom de alma.

Manter nossa autoestima elevada, desviando-nos da revolta e inconformação é alcançar a alegria que ninguém ou qualquer coisa pode tirar. E sendo isso apenas possível através da consciência tranquila; agir sempre do melhor modo diante das situações que se nos apresentem é a forma ideal e mais rápida de nos tornar-nos mais seguros, mais fortes e mais felizes em nossos dias.

Suely Buriasco
sburiasco@gmail.com

Como cultivar a Alegria2018-06-24T21:28:02+00:00
29 06, 2010

Ouvido e Atendido

2019-07-15T21:44:23+00:00

Muitas vezes as pessoas procuram a Mediação de Conflitos com a reclamação de não serem ouvidas, principalmente no caso de dissídio estabelecido entre familiares. É a mãe ou o pai que não se sentem ouvidos pelo filho (a) ou o inverso; os cônjuges que não conseguem se entender e por ai se segue uma avalanche de desentendimentos.

Quando, com a ajuda do mediador, o reclamante consegue falar sobre os sentimentos e idéias que lhes vão ao íntimo, ele não só é ouvido pela outra parte, como é acolhido pelo ambiente de atenção que se desenvolve durante o processo. A parte que ouve também experimenta uma situação diferente, pois tendo que aguardar a sua vez de falar tem por única opção ouvir e pensar; dialogando consigo mesmo. É impressionante como isso faz toda a diferença! É que normalmente nós não temos o hábito de ouvir as pessoas no sentido de entendê-las; escutamos um pouco, tiramos nossas conclusões e já interrompemos com as nossas próprias considerações dando por terminado o que deveria ser um diálogo. Esse comportamento destruidor é, infelizmente, muito comum nas relações. Quando se busca ajuda no sentido de restabelecer o diálogo percebe-se que transformar a relação é possível e ambas as partes são atendidas e satisfeitas em suas aspirações.

Mas nem sempre quem reclama ser ouvido satisfaz-se com isso; nesse caso a pessoa não quer apenas ser ouvida, ela quer ser atendida. Então é preciso que o diálogo prossiga para que ambas as partes expressem realmente seus pedidos e analisem a possibilidade de chegarem a um consenso. Acontece comumente um fenômeno muito interessante; o reclamante, sem ser interrompido, também ouve a si mesmo e ao textualizar seus pedidos e reclamações ele próprio pode chegar à conclusão que exagerou em seus julgamentos. Isso é muito humano; quando pensamos fixamente num problema acabamos por dar a ele uma extensão muito grande, no entanto, ao externarmos nossas preocupações percebemos que nem era tão complicado assim. Todavia, para o efetivo fim de um conflito é imprescindível que o acordo satisfaça ambas as partes e que seja fruto da realidade, ou seja, daquilo que é possível realizar. Não sendo assim ele se transforma em simples instrumento retardador de brigas reincidentes. Nem sempre as pessoas conseguem sozinhas estabelecer esse nível de entendimento, principalmente porque existe um envolvimento emocional entre as partes, então a presença do mediador é ainda mais decisiva para o êxito da questão.

Através do uso das diversas “ferramentas” da mediação as pessoas são auxiliadas a assumir o poder de resolverem por si só seus problemas. Assim, muitos dissídios familiares podem não ser levados a litígio, mantendo-se em sigilo completo e evitando que a família se exponha junto à sociedade.  Então, não vale a pena rever alguns conceitos?

Suely Buriasco

Ouvido e Atendido2019-07-15T21:44:23+00:00
29 06, 2010

A Empatia

2010-11-16T15:42:52+00:00

A pessoa empática é aquela que desenvolve a capacidade de se colocar na situação de um semelhante seu, entendendo o que ele sente diante das circunstâncias que experimenta.

A empatia é, assim, um processo de identificação em que o indivíduo se coloca no lugar do outro e, com base em suas próprias suposições ou impressões, tenta compreender seu comportamento. Difere da simpatia que é uma atração espontânea com outra pessoa através da similitude no sentir e no pensar. Em suma, a empatia seria o “sentir dentro” e a simpatia o “sentir com”.

Muitas vezes nos sentimos prontos a apoiar e auxiliar alguém, mas diante da nossa incompreensão dos valores daquela pessoa, consideremo-la ingrata e nos afastamos dela. Essa atitude pode nos trazer grande sofrimento, principalmente quando se trata de pessoa a quem temos afeição e como é mais comum sentirmo-nos solidários junto aos que simpatizamos; o sentimento de ingratidão é um dos maiores causadores de dor no ser humano. No sentido de nos libertarmos desse tipo de sofrimento é que devemos lutar contra a exacerbação do nosso orgulho que nos faz acreditar que as nossas idéias são as “certas” e que as outras pessoas deveriam então pensar como nós. Mesmo as pessoas pelas quais sentimos grande afinidade têm seus próprios conceitos, maneiras diferentes de manifestar sentimentos que também são distintos dos nossos. Para nos relacionar com outras pessoas, afins ou não, precisamos nos conscientizar de que as diferenças são positivas na razão de que sempre temos algo a ensinar e aprender com o outro.

E se nosso desejo for ajudar alguém em sofrimento, lembremos de que ser solidário não é sofrer com a pessoa, precisamos compreender o sofrimento dela sob o seu próprio ponto de vista. A compreensão só acontece quando nos identificamos tão profundamente com alguém de forma a conseguir penetrar no seu próprio modo de sentir. Isso de forma alguma se assemelha com a conivência; não se trata de tornar-se cúmplice de convicções que não consideramos nobres, mas de entender o sentimento do outro com o objetivo de orientá-lo na melhor maneira de resolver seus problemas e lidar com seus sofrimentos.

Assim a simpatia num estágio muito mais avançado pode se desenvolver para a empatia. A pessoa que se esforça nesse sentido consegue de forma progressiva se tornar um ser humano mais consciente de suas funções no mundo e, portanto, mais apto a viver nessa sociedade que vem se transformando paulatinamente para melhor.

Suely Buriasco
suelyburiasco@uol.com.br

A Empatia2010-11-16T15:42:52+00:00
29 06, 2010

Indignação

2010-11-16T15:42:57+00:00

A violência tem se manifestado repetidamente em nossa sociedade extrapolando todos os limites. Ao nos deparamos com a intensidade em que se tem manifestado sentimos a impossibilidade de ignorá-la e nos indignamos.

A indignação, que é um sentimento bem humano, pode ter caráter sadio desde que nos impulsione a agir, a buscar a mudança, a transformação. Já está provado que métodos agressivos não funcionam, o resultado é sempre mais violência, afinal, a agressividade também é uma forma de violência. É preciso renovar conceitos, buscar soluções efetivas. Não faço apologia à impunidade, até porque não acredito nela, reconheço a disciplina como forma de educação e a obediência às leis como dever indiscutível. Pondero, entretanto que a agressividade é falta de argumento, pobreza de raciocínio e, portanto, ação dos ignorantes. Não me refiro aqui aos iletrados, afinal não são poucos os intelectuais em total desorganização mental, enquanto muitos homens tidos por simples nesse mundo realizam grandes trabalhos pacificadores em suas comunidades. Aquele velho ditado que diz: “os fins justificam os meios” mostrou-se na prática de muitos anos absolutamente falso e impróprio. Só quem planeja e objetiva os meios, tem como alcançar realmente os fins que pretende.

Os seres humanos, embora com variações de intensidade, carregam em si uma carga de agressividade que se manifesta ora sutilmente, ora de maneira mais ousada.  O fato é que quando reagimos diante de pessoas ou de situações que nos afiguram adversárias, expandimos nossa agressividade, sem pensar nas conseqüências. No entanto, quando agimos a favor de restabelecer posições que consideramos verdadeiras, seja em relação a pessoas ou situações, criamos novas possibilidades de sucesso. Nossos recursos são ampliados quando “agimos” e limitados quando “reagimos”; a diferença se estabelece pelo uso da razão e do bom senso adquiridos pela reflexão e nunca de ímpeto. Munidos desse equilíbrio somos capazes de realizar prodígios em nossas vidas e nas do que nos cercam. Somando forças com aqueles que também já perceberam que a violência do nosso mundo é de responsabilidade de cada um, estabeleceremos condutas menos hostis e desorganizadas para a nossa sociedade. Felizmente essas não são ações isoladas, muitos já se unem pela paz no mundo.

Assim, diante de atos humanos que nos ferem a alma, nos indignando o ser, lembremos que a ira, a cólera ou a repulsa nada constroem. A indignação pode ser um ponto de partida, mas não basta, é preciso ação, começando por nós mesmos o trabalho de rever conceitos arcaicos e eliminar a própria violência e agressividade.

Isso é comprometimento, é ação real contra a violência!

Suely Buriasco

Indignação2010-11-16T15:42:57+00:00
4 06, 2010

Piedade

2010-11-16T15:43:02+00:00

Tenho refletido muito sobre a piedade e suas manifestações, nada a ver com “pena” ou qualquer pieguice do gênero. Falo da verdadeira compaixão, esse sentimento que nos aproxima uns dos outros porque nos sensibiliza em relação aos sofrimentos alheios.

A piedade é uma faculdade intuitiva que nos leva a compreender os sentimentos alheios sem julgamentos ou preconceitos. Também não escolhe essa ou aquela pessoa para se manifestar porque é espontânea e natural.  Entretanto, acredito que o seu desenvolvimento merece maior cuidado, pois tenho observado as pessoas muito distantes umas das outras.  Estarei enganada? Gostaria realmente de estar, afinal que sentido pode ter a vida se nos tornarmos insensíveis diante das emoções dos que nos rodeiam? Por acaso é possível estarmos bem diante de alguém que sofre?

Todos têm seu próprio quinhão de dor, seus dias mais trevosos, não há a menor dúvida de que precisamos uns dos outros para nos fortalecer na busca de dias mais claros e prósperos. Assim, como se explica a postura de “cobrador” dos atos de outrem? “Está colhendo o que plantou”; que triste exclamação! Entendemos que é verdadeira a idéia, ou seja, cada um sempre colhe o que plantou, porque a Justiça Divina é inexorável, mas quem somos nós para lançar qualquer tipo de anátema em nossos semelhantes? Por acaso também nós não sofremos as consequências de nossos próprios atos? E queremos que nos reprovem?

Também há a questão do tempo; as pessoas estão cada vez mais ocupadas com seus afazeres e isso as impossibilita de dedicar alguns momentos na tentativa de abrandar a dor dos outros. Será? Não temos tempo de procurar ajuda, ou mesmo alguém que nos ouça, quando é em nossa porta que a aflição se apresenta? A vida é repleta de desafios, de situações delicadas que mexem e remexem com nossos mais íntimos sentimentos. Precisamos nos ater na imensa responsabilidade de conviver entre iguais, agindo com os outros como gostaríamos que agissem conosco e isso independente de quem seja ou de como proceda conosco. As leis que regem o universo sempre nos trarão de volta tudo o que a ele lançarmos! Não nos enganemos: tudo o que fizermos no sentido de acolher e atenuar a dor alheia se refletirá em atenuantes na nossa própria dor. O bem sempre se reverterá em bem, por isso quem se apieda dos sofrimentos alheios nunca estará sozinho em seu próprio sofrimento.

A sincera comiseração nos faz pessoas mais gratas e gentis, consequentemente, mais amadas e realizadas. Bom refletir!

Suely Buriasco

Piedade2010-11-16T15:43:02+00:00
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