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Arquivos Mensais: março 2016

28 03, 2016

Não suponha, pergunte

2016-03-28T14:48:00+00:00

Por Suely Buriasco

suely_frase “Antes de julgar a minha vida ou o meu caráter… calce os meus sapatos e percorra o caminho que eu percorri, viva as minhas tristezas, as minhas dúvidas e as minhas alegrias”. Grande Clarice Lispector!

Julgamos pessoas e situações com base nas nossas próprias crenças e valores; não estamos acostumados a olhar para o outro incluindo o seu próprio contexto de vida. Grande parte das pessoas avaliam assim: pensam como eu? Estão certos. Discordam? Estão errados. E alguns vão ainda mais além classificando como: do bem e do mal. Também é preciso ter cautela em relação a outra consequência dos julgamentos que é tirar conclusões precipitadas, ou seja, julgar de forma distorcida o posicionamento alheio. Importante perceber que quase sempre as questões que geram os desentendimentos não são relativas ao certo e errado ou ao bem e ao mal; elas se referem única e simplesmente ao diferente e desconhecido.

Entramos em conflito sempre que nos deparamos com um conceito diferente do nosso e nos sentimos ameaçados. Então o instinto de defesa se aflora e temos necessidade não só de negar, mas de destruir literalmente o que nos parece oposto. Infelizmente, nem sempre as pessoas ficam apenas no campo da ideia e sentem necessidade de destruir quem a detém também. É assim que surgem muitas rivalidades que se transformam em inúmeras formas de violência.

Lamentavelmente, quando nos sentimos de alguma forma afetados nos tornamos seletivos e só absorvemos o que afirma a nossa indignação. Não ouvimos o outro, não questionamos suas razões, não observamos melhor seu posicionamento. Está errado e pronto, dai surgem os julgamentos e na falta do respeito, os insultos e desentendimentos. Então os relacionamentos se perdem, causando, no mínimo, sérias e doloridas decepções. O importante de conhecer esse comportamento comum é estar alerta contra ele.

Assim, algumas atitudes são fundamentais para a construção de relacionamentos saudáveis:

  • Desenvolver a empatia que aproxima e facilita todo tipo de relacionamento;
  • Respeitar e compreender o outro, mesmo não concordando com ele;
  • Aceitar que ninguém é dono da verdade;
  • Não supor sem constatar
  • Não concluir antes de questionar e checar o entendimento

O fato é que adoramos fazer afirmações, mas o que move os bons relacionamentos são as perguntas.

Não suponha, pergunte2016-03-28T14:48:00+00:00
21 03, 2016

Páscoa e Transformação

2016-03-21T21:07:44+00:00

Por Suely Buriasco

pascoaPara os cristãos em todo o mundo, a Páscoa é a celebração da ressurreição de Jesus. A crucificação, morte e ressurreição de Cristo são uma questão de fé, mas o sentido da data pode ser direcionado também para a vida, basta que o associemos à transformação de cada um na busca de uma vida melhor e plena. A Páscoa pode ser um marco pelo qual a pessoa se defina a renascer, isso é, transformar-se.

Gosto muito desse conceito de usar datas e acontecimentos como forma de impulsionar uma atitude que queremos tomar, mas que estamos sempre adiando. Uma das razões mais comuns da pessoa não se sentir bem consigo mesma é a procrastinação. Toda mudança gera transtornos importantes e até que efetivamente aconteça é preciso lidar com desconfortos que podem ser muito dolorosos. No entanto, vale lembrar a frase de Lance Armstrong: “A dor é temporária. Desistir dura para sempre.”

Sair da área de conforto, mesmo se sentindo muito mal nela, exige coragem para enfrentar os transtornos necessárias, mas é a única maneira de experimentar o novo e ter satisfação consigo mesmo. Uma família envolvida em conflitos intensos, um relacionamento amoroso que já não sabe o que é amor, uma profissão desempenhada com desgosto, um governo desacreditado e tantas outras situações que muitos suportam com receio de transformar à partir da própria mudança.

O renascimento exige autoconhecimento, essa busca profunda por saber quem você realmente é e, principalmente, o que quer se tornar. A partir dai é preciso encontrar a vontade de mudar e, enfim colocar em prática o que deseja. Parecer tão fácil já causou muita frustração; uma transformação verdadeira precisa ser gradual, até para que a pessoa suporte suas consequências. Urgente é a determinação pela mudança, essa ordem interior que alavanca nossas melhores possibilidades, pois é à partir disso que tudo começa a acontecer.

Vivemos tempos difíceis, clamamos por mudanças sociais imprescindíveis para o bem comum, estamos cansados de tanta imoralidade e falta de ética, mas apenas reclamar e demonstrar insatisfação não fará qualquer diferença. A mudança só acontece de duas formas: determinação de mudar a si mesmo e de mudar a própria relação com o mundo e isso inclui não aceitar a injustiça e lutar pacificamente pelo que acredita. Isso sim é efetivo!

Que as comemorações da Páscoa incluam esse sentido de transformação, para que não seja apenas uma data ornamentando o nosso calendário, que represente o surgimento de um novo “eu”, mais consciente de suas responsabilidades no mundo.

Páscoa e Transformação2016-03-21T21:07:44+00:00
15 03, 2016

O Brasil e as diversas óticas de seu povo

2016-03-15T18:17:16+00:00

Por Suely Buriasco

 respeitoA diversidade brasileira é rica em todos os sentidos, não poderia ser diferente em relação a forma como vê, encara e se manifesta diante de uma ideia ou situação. O conflito é natural entre seres humanos, o que não se justifica é a intransigência. Grandes sofrimentos existenciais estão correlacionados a problemas de relacionamento, por isso vale muito estar atento quanto ao próprio nível de tolerância.

Com as redes sociais esses entraves ficaram mais comuns, pois se tornou possível expressar publicamente o que se pensa, além de comentar o pensamento alheio. Nessa crise que nosso país enfrenta, muitas pessoas, com os ânimos exaltados, se acham no direito de criticar e banalizar o pensamento alheio. Não percebem o quanto estão prejudicando a si mesmas e a causa comum que se refere ao desejo de lutar por um país melhor. E, infelizmente, muita confusão ainda está por vir. Um grande ensinamento que podemos tirar disso é que quando a pessoa se envolve apaixonadamente em alguma questão, inflexibiliza possibilidades, mantêm uma ótica unilateral e isso só fomenta desentendimentos.

Nos comentários das últimas manifestações populares do dia treze de março não faltam exemplos apaixonados. Muitas pessoas manifestaram indignação diante de uma notícia em que políticos foram exaltados, mas não notaram a divulgação que esses mesmos políticos também foram hostilizados. Não me parece racional a grande polêmica por uma foto em que um casal leva a babá nas manifestações e a imprensa que todos movimentos acusam de ser contrária. E poderíamos citar muitos exemplos que demonstram as divergências criadas pela paixão de muitos e insufladas pelos que tem algum interesse nisso.

A visão unilateral é sempre tendenciosa e busca comprovar os próprios sentimentos, não observa outras possibilidades como a de que, mesmo lutando por uma causa afim, as pessoas pensam e reagem de maneira diferente. Aqueles que se envolvem emocionalmente por uma ideia tendem a generalizar tudo à favor do que acreditam e acabam criando sérios problemas de relacionamento. Isso é, no mínimo, lamentável, afinal, não é racional desfazer amizades, criar embaraços na família, no trabalho ou em qualquer ambiente por conta de não aceitar que existem outras formas de pensamento e que expressá-las com respeito e educação é um direito de todos.

Vale refletir e, se preciso, mudar de posicionamento, não necessariamente em relação ao que crê, mas em como crê e na forma como lida com crenças diferentes. O respeito é fundamental em qualquer tipo de relacionamento e vivenciá-lo é permitir ao outro o que exige para si mesmo.

O Brasil e as diversas óticas de seu povo2016-03-15T18:17:16+00:00
7 03, 2016

Mulher – Construa o seu futuro

2016-03-07T21:37:23+00:00

Por Suely Buriasco

suelyComemorar o dia Internacional da Mulher é homenagear grandes figuras do passado responsáveis pelos avanços femininos que presenciamos hoje e, ao mesmo tempo, nos lembrar da responsabilidade de prepararmos um futuro melhor para as novas gerações. Não se trata de dedicar apenas um dia a essa causa, mas de ter um dia que represente os nossos esforços nesse sentido.

Ao começar a escrever esse texto me veio à mente as mulheres que, muitas vezes, são discriminadas por optar em dar prioridade ao cuidado do lar e família. Nossa luta é pelo fim da discriminação entre os sexos, mas infelizmente também as mulheres se julgam entre si. É preciso tomar cuidado ao correlacionar os avanços femininos à realização profissional para não incorrer no erro de condenar mulheres modernas, bem informadas, representantes desses avanços que, por opção, preferem dedicar-se somente à família. Se dessa forma elas encontram satisfação, não há o que se discutir, pois tem a ver unicamente com a maneira particular de cada uma entender seu papel na vida.

Também as mulheres que alcançam sucesso profissional não estão livres das censuras, são julgadas porque precisam se dedicar ao trabalho e acabam minimizando a atenção para o lado pessoal. Mais difícil do que conciliar a vida pessoal e a profissional é lidar com esse tipo de preconceito social. Tanto é assim que o número de mulheres realizadas profissionalmente com problemas de relacionamento pessoal tem crescido muito. O pior é que muitas parecem desistir e, insatisfeitas, passam a viver intensamente apenas o seu lado profissional.

Essa é uma problemática nova no universo feminino e, até certo ponto, pode provocar alguma confusão. Bons relacionamentos são construídos a partir do trabalho de autoconhecimento que origina escolhas estruturadas na própria vontade. Vejo muitas mulheres de sucesso profissional com baixa autoestima, totalmente descrentes em relação ao amor, vivenciando graves conflitos em seus relacionamentos amorosos, com os filhos e familiares. É como se suas habilidades estivessem todas direcionadas para a profissão e em alguns casos parece ser assim mesmo. Gosto muito de indicar o filme “Um Senhor Estagiário” com Robert De Niro por provocar algumas reflexões pertinentes a esse tema.

O fato é que uma vida saudável implica em se sentir satisfeita consigo mesmo e esse, a meu ver, deve ser o foco de toda mulher. Entendo que andamos rápido em relação à nossa realização profissional, mesmo que muito ainda precisa ser feito para alcançarmos o reconhecimento que merecemos. Entretanto, estamos com grande dificuldade em harmonizar nossos papeis como profissionais, esposas, mães, filhas…

Para tanto há que se buscar auto-realização e equilíbrio e esse é o grande desafio da mulher na atualidade, visando a construção de um futuro mais feliz.

Mulher – Construa o seu futuro2016-03-07T21:37:23+00:00
5 03, 2016

Bodas de Rubi – Belinha e Aureovaldo

2016-03-05T16:27:30+00:00

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Quarenta anos da formação de uma família linda que se mantêm unida pelos valores ensinados e exemplificados por esse casal que soube transformar todas as fases de suas vidas em elos cada vez mais fortes e harmoniosos. A comemoração das bodas dos primos Maria Isabel e Aureovaldo do Amaral permanecerá conosco como mais um exemplo de vida, doação e muito… muito amor.

Os detalhes não foram poupados e acrescentaram muito na emocionante cerimônia na Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na cidade de Antônio João, MS. Muito religiosos e afinados com a sua crença, o casal nunca perdeu contato com o padre querido que celebrou o seu casamento há quarenta anos atrás e renovou os votos nessas bodas. Padre Estevão não poupou esforços e com os seus mais de oitenta anos de deslocou para acrescentar espiritualidade e beleza na liturgia sob o tema “Família, lugar de perdão”, com base no texto do Papa Francisco.

A gentileza que sempre marcou os atos dos cônjuges homenageados ficou evidenciada na cerimônia, quando eles subiram ao púlpito e se puseram a homenagear as pessoas que conviveram com eles durante esses anos. Destaco a forma carinhosa com que chamaram cada um dos padrinhos e madrinhas dessa cerimônia de renovação de votos, a ofertar uma rosa branca no altar. Não poderia deixar de agradecer a menção do casal à minha sogra, D. Lúcia que além de madrinha de casamento, fez o bolo dos noivos no passado e, claro, o de agora; a forma amorosa com que Aureovaldo lhe pediu bênção no altar, com as mãos postas, ficarão em minha memória como símbolo de deferência e respeito. Igualmente estou grata pelo afeto com que homenagearam meu esposo, Mário Sérgio, que foi pajem na primeira cerimônia e eu. Muita emoção!

Difícil mensurar tantas palavras ditas em meio à sentimentos tão profundos, mas quero me referir a uma fala da Belinha que, a meu ver, corresponde a um grande ensinamento de como manter a unidade familiar durante tantos anos; ela falou em reconhecimento dos erros e perdão. Ninguém é perfeito, portanto nenhum relacionamento pode sê-lo, mas é possível construir bases seguras quando aplicados esses dois elementos que também estão destacados no texto do Papa Francisco já citado acima: “Sem perdão a família adoece”.

Eu poderia escrever muito ainda sobre todos os sentimentos que me invadiram a alma, mas eu prefiro terminar essa pequena homenagem com as juras que os “noivos” fizeram no altar olhando um nos olhos do outro:
_ “Eu lhe prometo tudo o que já lhe prometi há quarenta anos”.
E o amor se declarou tão alto que nada mais se fez necessário.

Parabéns meus primos, amigos e compadres Belinha e Aureovaldo pelo exemplo que representam para todos que os conhecem. Que as bênçãos renovadas se multipliquem e invadam todos os membros da linda família que vocês construíram com tanto amor.

Meu respeito e admiração!

Bodas de Rubi – Belinha e Aureovaldo2016-03-05T16:27:30+00:00
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