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Arquivos Mensais: outubro 2017

30 10, 2017

Relacionamento abusivo? Basta!

2017-10-30T23:36:46+00:00

Suely Buriasco

A nova novela da Globo “O Outro Lado do Paraíso” provoca, mais uma vez, a questão da violência contra a mulher. Em apenas uma semana da trama a personagem Clara, vivida pela atriz Bianca Bin, já sofreu do marido Gael, representado por Sérgio Guizé, vários tipos de humilhação, além de um estupro e uma surra com direito a queda da escada. A arte imita a vida real e não só os números de casos registrados são alarmantes quanto os que são camuflados, todos os dias, por mulheres que optam não denunciar seus agressores.

Relacionamento abusivo

Com ou sem violência física é abusivo todo relacionamento onde há humilhação e exploração manifestadas de qualquer forma. Gritos, briga, xingamentos constituem violência moral. Também corresponde a um relacionamento abusivo quando um homem faz questão de desqualificar a sua mulher, de criticá-la no intuito claro de denegri-la de forma privada ou publicamente. É importante observar que a violência pode ser muito sutil, mas condiciona a mulher a se sentir inferior e incapaz. Também é abusivo o relacionamento em que a mulher sofre o controle do parceiro, seja com o nome de ciúmes ou o que for.

Dependência

O que faz muitas mulheres se manterem em relacionamentos abusivos é a dependência emocional e/ou financeira. A autoestima da mulher que sofre algum tipo de violência fica comprometida e ela passa a se sentir incapaz de ser amada ou de amar. Acreditando não ser capaz de viver sem seu parceiro, prefere crer que é uma fase e que ele mudará. Até porque é característica de homens abusivos dizer-se arrependidos e prometer mudar; desculpas e promessas que se repetem continuamente. Muitas dessas mulheres dependem financeiramente de seus parceiros, também nesses casos elas não se sentem capazes de sustentar a si mesmas e aos filhos. O medo das ameaças do agressor é igualmente um obstáculo à denúncia.

Como dizer não à violência doméstica

Julgar essas mulheres como fracas ou “que gostam de apanhar” é mais uma forma de violentá-las. O que elas necessitam é de apoio e conscientização. A informação é de suma importância e a grande eficácia está no trabalho de agir no ponto nefrálgico: a baixa autoestima. A mulher agredida precisa compreender que depende dela a tomada de atitude capaz de colocar um ponto final nessa situação abusiva. Outro erro comum é aceitar o marido novamente em seu lar, as agressões quase sempre pioram. Existem várias formas de denunciar o agressor, podendo até mesmo prestar queixa de forma anônima. O fato é que sempre existe uma maneira de resolver a questão e livrar-se do agressor, o que não é possível é continuar a aceitar desculpas esfarrapadas e maus tratos. Buscar ajuda é imprescindível e urgente.

A novela está longe de mostrar o que acontecerá com a Clara, mas na vida real o que se comprova é que mulheres que se calam escrevem um fim bem triste, até mesmo fatal, para as suas histórias.

Relacionamento abusivo? Basta!2017-10-30T23:36:46+00:00
25 10, 2017

Comunicação eficiente gera entendimento

2017-10-25T13:40:00+00:00

Percebo que na grande maioria dos casos em que sou procurada como mediadora o problema em si não é o que determina o conflito, mas sim a ineficácia na comunicação entre os envolvidos. O fato é que a maneira como se diz algo pode se tornar mais significativo do que o que se diz propriamente. Afinal, tão importante quanto o assunto é a maneira de abordá-lo, não só nas palavras utilizadas, mas também o jeito, o olhar, a postura de corpo.

De fato, muitos dos problemas de relacionamentos são produtos diretos de maneiras equivocadas de expor ideias e pensamentos. Para viver em sociedade é preciso respeitar certas normas de convívio social que incluem a comunicação seja ela verbal ou não. Pessoas que não aprenderam a se comunicar de forma civilizada, geram barreiras emocionais que dificultam sobremaneira os relacionamentos.

Claro que não se pode deixar de dizer o que é preciso ser dito e a assertividade é a melhor forma de fazê-lo. No entanto, há que se distinguir assertividade de aspereza ou rispidez. Ser assertivo é asseverar as próprias ideias com firmeza e convicção, mas sem provocar ofensas no interlocutor. A pessoa assertiva age com segurança, de forma direta e objetiva, sem sentir qualquer constrangimento. Pessoas assim são autênticas, mas nunca mal educadas.

Colocar as palavras sem afrontar o outro é uma forma de respeitá-lo sem se afastar das próprias convicções. Por mais convicta que a pessoa possa estar sempre é necessário considerar pensamentos contrários. Ao reconhecer o direito do outro de pensar e agir diferente, legitimamos o seu lugar e harmonizamos as relações.

Desenvolver empatia pelas pessoas com as quais convivemos é ainda uma maneira muito interessante de construir e manter bons relacionamentos. Ao criar um laço de percepção genuína com o outro passamos a compreendê-lo em seu próprio contexto e nos aproximamos dele. Compreender as pessoas de nosso convívio é fundamental para expandirmos bons sentimentos e edificarmos parcerias saudáveis para a nossa vida.

Nesse sentido é sempre recomendável refletir sobre a maneira como estamos nos comunicando com as pessoas que nos rodeiam e um bom termômetro disso é analisar como temos nos relacionado com elas.

Comunicação eficiente gera entendimento2017-10-25T13:40:00+00:00
23 10, 2017

Mediação de Conflitos no Judiciário: Um novo paradigma

2017-10-23T21:11:08+00:00

No dia 20/10/2017 Suely Buriasco ministrou o curso “Mediação de Conflitos no Judiciário: Um novo paradigma” no Centro de Convenções Miguel Gomes em Corumbá – MS.

O curso foi solicitado pelo Dr. Maurício Cleber Miglioranzi Santos, da 1ª Vara Cível de Corumbá para os mediadores atuantes no CEJUSC daquela cidade e promovido pelo EJUD – Escola Judicial de MS.

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23 10, 2017

Palestra: Mediação de Conflitos – Avanços e Desafios

2017-11-04T18:04:03+00:00

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, por meio do Centro Judicial de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) da comarca de Corumbá, realizou, na noite desta sexta-feira, 20 de outubro, palestra com tema “Mediação: Avanços e Desafios”. O evento aconteceu no Centro de Convenções do Pantanal Miguel Gomez – Porto Geral e teve como palestrante Suely Buriasco, educadora, escritora e especialista em Mediação de Conflitos. Profissionais e estudantes envolvidos com o Direito, além de servidores públicos e demais interessados pelo tema participaram da palestra.​

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Palestra: Mediação de Conflitos – Avanços e Desafios2017-11-04T18:04:03+00:00
16 10, 2017

O diálogo gera entendimento e acordos satisfatórios

2017-10-16T14:09:02+00:00

Os conflitos são inerentes ao ser humano, desde que duas pessoas pensem é comum que divergências aconteçam. Pessoas sempre geram interação, estabelecem uma comunicação, seja em palavras, em gestos ou expressões. O que ocorre comumente não é “falta de comunicação” e sim maneiras equivocadas de se expressar gerando oposições que podem até enveredar para a violência. Saber lidar com conflitos é, assim, de grande importância.

O trabalho da Mediação de Conflitos é o de restabelecer o diálogo para que as pessoas se entendam e, por si só, selem acordos satisfatórios. Isso é possível porque na Mediação são as pessoas que determinam as cláusulas do acordo. O mediador funciona como um facilitador que, munido de ferramentas adequadas, auxilia as pessoas a buscar o que realmente é o melhor para si mesmo. Ao detectarem interesses em comum, o conflito perde o sentido.

O Novo Código de Processo Civil incluiu os mediadores no quadro dos auxiliares da justiça. A Mediação até então era desenvolvida de forma extrajudicial, até mesmo dentro do Judiciário. Esse é um grande avanço, mas muitos desafios ainda estão pela frente. Essa mudança de paradigma no Judiciário também representa uma mudança social significativa pela qual o litígio perde força e o consenso é a chamada para o bom senso e equilíbrio. É o despertar da Cultura da Paz.

A Mediação não é uma simples conversa, possui uma metodologia complexa e comprovadamente eficaz para facilitar a resolução dos conflitos. Esse método tem sido desenvolvido ao longo dos anos somando vários saberes como os da psicologia, sociologia, direito, serviço social e muitos outros. Por isso a interdisciplinaridade dos mediadores é de suma importância.

As vantagens desse método são indiscutíveis, entre muitos estão a continuidade da relação, muito importante no caso de vínculo continuado, a privacidade e a economia de tempo e dinheiro. A Mediação pode ser desenvolvida tanto judicialmente, como extrajudicialmente. Pessoas interessadas podem procurar um mediador privado, mesmo que já esteja correndo o processo judicial. Dessa forma aceleram a resolução da contenta e validam o acordo judicialmente.

Segundo o novo CPC os advogados, assim como magistrados e demais operadores da Justiça devem estimular os métodos pacíficos de resolução da contenta. A adesão dos advogados é de suma importância para o sucesso do processo, a eles cabe funções fundamentais, tais como a informação e conscientização do processo.

A vida não precisa ser tão pesada e os conflitos não precisam enveredar para brigas, todos saem perdendo com isso. O diálogo é a melhor ferramenta para o entendimento e a comunicação pacífica é o caminho para a realização de acordos em que todos possam ser beneficiados.

A opção pela Mediação caracteriza uma disponibilidade para rever posições.

Suely Buriasco

Mediação de Conflitos e Coaching

O diálogo gera entendimento e acordos satisfatórios2017-10-16T14:09:02+00:00
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