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Até que a morte nos separe

Por Suely Buriasco

suelyVirou notícia mundial o casal americano que viveu junto por sessenta anos. Segundo noticiado Ed Hale, com oitenta e três anos, prometeu ficar com sua mulher, Floreen Hale com oitenta e dois, até o final de sua vida. Cumpriu a promessa e morreu horas depois dela na cama ao lado no hospital. O que é comovente nessa história é a união do casal prevalecer até os últimos momentos.

Na verdade, a notícia chama atenção por ser a relação dos sonhos: que haja amor, afetividade e que assim o casamento dure por muitos e muitos anos. Efetivamente o “até que a morte nos separe”. Entretanto essa promessa inicial dos nubentes tem sido cada vez mais descumprida e um casamento duradouro e feliz que deveria ser normal, acaba sendo algo admirável. Ed e Floreen, mesmo sem desejarem, se transformaram em ícones do casamento perfeito e confirmaram a veracidade da legenda: “e foram felizes para sempre”.

Mas será que estamos falando sobre um conto de fadas? Duvido muito. Com certeza, como muitos outros casais, eles se dedicaram a aprender a arte da boa convivência matrimonial. Não há casamento que perdure satisfatoriamente tanto tempo sem que haja muita disposição de ambos no sentido de conviver com as diferenças, com tolerância e paciência. Sim, porque o amor é o elemento primordial numa relação feliz, mas só mantém a união quando se amplia, somando o companheirismo e o respeito.

Amar apenas é pouco, na grande maioria dos casais que atendo não falta amor, tanto é que sofrem muito por uma história mal resolvida que inspira muita mágoa. Falta mesmo o complemento do amor que só acontece através da convivência sadia que faz do outro o objetivo da própria felicidade. Se você ama, mas esse amor não é o bastante para induzi-lo a transformar-se intimamente, ele não basta e não manterá a união que você deseja. O amor que transforma é o que sustenta um relacionamento, mas é necessário ainda que esse fenômeno ocorra em ambos os cônjuges.

Uma relação saudável e duradora é formada por duas pessoas que se amam, se respeitam e se admiram. E isso não acontece de uma hora para outra; há que se construir esse convívio com muita persistência e vontade. Diálogo e compreensão são imprescindíveis na adequação da vida a dois, de forma que cada um seja feliz inspirando a felicidade do outro.

 

 

2014-02-24T20:45:46+00:00
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