A exposição sem limites dos adolescentes nas redes sociais
admin2015-11-28T14:32:50+00:00Por Suely Buriasco
O assunto parece batido, mas vez ou outra somos surpreendidos com notícias que acabam indo parar nas páginas policiais envolvendo a exposição sem limites dos adolescentes nas redes sociais.
Quando os pais passam a ter controle sobre o que os filhos postam no instagram, no facebook, o whatsapp, surge o Snapchat, rede social onde tudo o que é postado fica apenas 24 horas no ar, mas muitas vezes os usuários esquecem que seus amigos podem dar um “print” na imagem ou no vídeo e pronto, a exposição que era apenas para uma pessoa, ou um grupo de amigos, torna-se pública.
Novos casos em que adolescentes são expostos de maneira vexatória são constantemente noticiados, o que torna a questão séria e preocupante. Nos atendimentos que realizo, ou através das mensagens que recebo frequentemente, percebo que os conflitos entre pais e adolescentes geralmente se dão porque os pais não conseguem controlar o que os filhos fazem na internet, principalmente porque tudo isso se dá através dos smartphones, em redes sociais que eles nem têm conhecimento.
Na adolescência os jovens estão descobrindo a sexualidade de forma mais plena. O fácil acesso às redes sociais e a falta de maturidade para distinguir o que faz parte da vida privada e o que pode ser público causa grandes constrangimentos. Existem as chamadas “musas fitness” que fazem fotos sensuais, trabalham com isso, geralmente ganham quantias financeiras de marcas em troca da exposição do seu corpo e têm por trás marqueteiros e assessores que as ajudam a administrar a exposição. Tudo é calculado. Mas os adolescentes nem sempre se dão conta disso, seguem a tendência e postam fotos aleatoriamente, inspirados naquelas pessoas. Por isso a orientação dos pais e educadores é extremamente importante.
A preocupação com o tipo de diversão dos filhos deve ser uma constante nos pais e, nesse sentido, é importante incentivar brincadeiras típicas de sua idade. O problema para muitos pais é que isso dá muito trabalho. É preocupante a postura dos que dão o “brinquedo eletrônico” para que os filhos não “atrapalhem” as suas próprias atividades. Por falta de incentivo, muitas crianças trocam as brincadeiras por vídeos na internet, por exemplo, e acabam envolvidos em assuntos totalmente impróprios para a sua idade.