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autoridade

12 08, 2011

A nova figura paterna!

2011-08-12T21:21:51+00:00

Por Suely Buriasco

Entre as alterações sociais vividas nas últimas décadas evidenciam-se profundas mudanças nas relações familiares e, por conseguinte, na figura paterna. A família anteriormente era centrada na mãe que se responsabilizava totalmente pelo afeto e pela educação dos filhos. O papel do pai era o de provedor, da autoridade inquestionável, a quem cabia sempre a última palavra. Este pai caracterizava-se ainda por ser distante da vida dos filhos, inclusive afetivamente.

Pais que ousaram e ainda ousam quebrar esse paradigma criam para si figuras paternas mais envolvidas emocionalmente na família. São participativos desde a gestação e fazem questão de comungar com a mãe a responsabilidade na educação dos filhos. A evolução da figura paterna trouxe grande bem estar nessa família que também vem se transformando, na qual pai e mãe passam a dividir cada vez mais as tarefas de prover e educar os filhos. Nesse nascente contexto familiar, o homem vem descobrindo as satisfações e alegrias de conviver mais estreitamente com a prole e a estrutura familiar ganhou muito. No entanto, muitos destes novos pais, infelizmente, começaram a perder as suas identidades, o que inspira algumas reflexões.

Apesar de estar mais afetivo, o pai ainda é responsável por dar limites e soltar as amarras dos filhos, no entanto, deixando o autoritarismo, muitos se esqueceram de manter a autoridade, o modelo masculino, tão necessário, sobre os filhos. Dessa forma, não conseguem transmitir a segurança que eles tanto precisam para o desenvolvimento de seu caráter. É preciso diferenciar o autoritarismo que representa o medo, da autoridade que se manifesta pelo diálogo e respeito. A figura paterna é muito importante na construção da autonomia e da ousadia da criança. Pois, a mãe tendo uma tendência natural a proteger demais a prole, transmite-lhe valores como acolhimento e proteção. Ao pai cabe estimular a independência dos filhos e cortar o excesso de proteção da mãe. Se o pai tornar-se permissivo e a mãe não assumir a autoridade que lhe cabe, as crianças acabam se tornando desobedientes, autoritárias e inseguras.

O que se espera é que esse pai amigo, parceiro e afetuoso venha engrandecer o seu papel de orientador e que represente cada vez mais a confiança e a firmeza que garantirão toda a segurança que seus filhos necessitam para tornarem-se adultos convictos e dignos.

Felicidades a todos os pais e em especial ao Célio; meu amigo, orientador, companheiro e pai a quem tenho grande amor e gratidão!

A nova figura paterna!2011-08-12T21:21:51+00:00
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