Vícios e dependências
admin2011-11-18T21:02:15+00:00* Por Suely Buriasco
Todos os atos repetitivos e prejudiciais ao indivíduo, ou seja, maus hábitos ou costumes perniciosos constituem-se em vícios. Alguns especialistas não gostam de utilizar essa palavra; preferindo falar em dependentes químicos ou vítimas de comportamentos compulsivos. O fato é que o tema tem despertado crescente atenção da sociedade, de terapeutas, da indústria farmacêutica e de governos.
Existem vícios tão aceitos socialmente que se tornaram costume de época. Uns comem sem parar, outros “amam” demais, muitos fumam, alguns mentem e outros ainda consomem álcool e drogas. Há os que jogam; os que compram compulsivamente e os que se desequilibram no sensualismo. Em comum, são dominados por um impulso que parece incontrolável. Muitas pessoas ainda parecem estar alheias aos perigos desses costumes que além de prejuízos físicos ocasionam distúrbios psíquicos. Presenciamos atualmente crianças crescendo em meio às propagandas que induzem aos vícios e junto aos exemplos distorcidos dos adultos. Em contrapartida, muito tem sido feito em relação a campanhas esclarecedoras sobre os malefícios do fumo, álcool, jogo, gula, desvios sexuais e tóxicos. Embora reconheçamos a dedicação de muitas pessoas e entidades a esse respeito, sabemos que muito ainda há de se trabalhar contra o marketing do vício.
O dependente é uma pessoa que se sente incapaz de agir e prossegue sem esforço, contaminando o corpo e a alma. O vício é a ilusória busca do prazer individual e do interesse pessoal. Quando ela compreende efetivamente o mal que tem provocado para si mesmo e para os que convivem consigo é que a mudança de comportamento se faz premente. Então todo o esforço deve ser o de substituir um ato pernicioso por um saudável. Para libertar-nos dos vícios é preciso inicialmente conhecer as suas características compreendendo as razões pelas quais nos ligamos a eles; só então estaremos aptos a extirpá-los de nossas vidas. A reflexão e o autoconhecimento funcionam de forma a demonstrar quais são as tendências que nos impulsionaram a determinadas viciações, direcionando-nos a buscar soluções na raiz do problema. Se a pessoa, por exemplo, detecta a insegurança como força motriz de seu vício, o que, aliás, é muito comum, pode focar atenção no sentido de trabalhar a autoconfiança.
Libertando-nos dos vícios, com certeza, teremos condições morais para ensinar aos que amamos o quanto os hábitos nocivos podem ser prejudiciais para eles. O exemplo do bem é o mais fiel educador de alma!