Os primeiros estudos sobre o estresse e seus efeitos no ser humano foram feitos pelo endocrinologista austríaco Hans Selye em 1936. De lá para cá muitos outros estudos têm sido feitos e é cada vez mais alarmante o que se tem observado sobre o tema. O estresse é uma resposta fisiológica e comportamental que surge quando precisamos nos adaptar diante de pressões internas ou externas. É pois uma reação normal para o enfrentamento dos desafios, obstáculos e perigos. O grande problema é quando o estresse passa a ser um estado contínuo e a pessoa sofre uma série de consequências negativas que podem comprometer o seu desempenho tanto na vida pessoal, como profissional.
O estresse no trabalho deve ser motivo de grande preocupação para a empresa, pois o colaborador estressado gera uma série de custos desnecessários. As consequências desse desgaste se fazem sentir, principalmente, no desempenho, produtividade, motivação e criatividade dos funcionários. Um só colaborador descontente é capaz de causar grande dano no funcionamento da equipe e, consequentemente no rendimento da empresa.
Segundo estudos as principais causas do estresse corporativo são: deficiência na liderança, carga de trabalho excessiva, insatisfação profissional e o sentimento de falta de reconhecimento. O que determina o nível de estresse é a forma como a pessoa responde às exigências do dia-a-dia, e isso tem tudo a ver com as crenças e pensamentos individuais. Assim se explica o porquê das pessoas reagirem de forma diferente diante de uma mesma situação. Dessa forma, é fundamental identificar a causa do estresse e, em seguida, elaborar um plano de ação sistemático que atenda as necessidades dos colaboradores.
Um programa eficaz, ou seja, que realmente provoque mudanças no rendimento da equipe, precisa ser estruturado a partir de ações educativas, cursos e treinamentos que visem dar suporte para os colaboradores. Um trabalho que se inicie no individual e parta para o coletivo, uma busca sistemática de engajamento e motivação com a participação de todos os colaboradores, incluindo gerentes e líderes. O objetivo é transformar a cultura organizacional de forma a criar um ambiente de trabalho saudável, que estimule o desenvolvimento e valorização do capital humano.
Treinar e valorizar o ser humano no âmbito da empresa é fundamental para o seu desenvolvimento. Um dia me perguntaram: “E se eu investir em meus funcionários e eles deixarem a empresa?” Eu respondi: “Pior mesmo é se você não investir e eles ficarem”.
Suely Buriasco
Mediação Corporativa e Profissional Coach