Conesul News divulga palestra de Suely Buriasco sobre Mediação de Conflitos
admin2011-03-24T12:41:12+00:00Dando a Volta por Cima
admin2011-03-21T21:03:29+00:00A personagem Carol (Camila Pitanga) de Insensato Coração está ganhando cada vez mais a admiração do público feminino. E não era para menos, trata-se de uma mulher bonita, inteligente, bem sucedida e cheia de inquietudes, realmente capaz de impactar as telespectadoras.
Todo o drama se desenvolve a partir do seu envolvimento com André (Lázaro Ramos), um homem que tem por determinação não se envolver afetivamente com ninguém.
O fato é que André é um cafajeste assumido e mesmo assim Carol acreditava que seria capaz conquistá-lo. O resultado não poderia ser outro que não decepção e sofrimento. Embora terminem o caso, a relação dos dois está longe de se resolver, pois Carol descobre que está grávida. Então, as telespectadoras puderam identificar-se com a mulher frágil que, humilhada pelo homem que ama, quase chega a fazer um aborto, mesmo tendo por grande sonho ser mãe. Mas também assistiram a mulher fênix, que surge das cinzas, supera a rejeição e decide por uma “produção independente”.
É realmente impossível não vibrar!
Nós mulheres temos uma tendência mais acentuada a nos levar pelas emoções, pelas chamadas “coisas do coração” e nem sempre nos damos muito bem com isso, não é mesmo? Muitas são as mulheres que se identificam com a Carol; tão bem resolvidas na vida, mas totalmente embaraçadas no relacionamento amoroso. Poderíamos tecer uma rede infindável de considerações que justifiquem essa prerrogativa, desde a cultura machista, as características hormonais e assim por diante. Mas o que realmente importa ressaltar é a capacidade incrível que possuímos de superar nossas emoções aterradoras e veementemente, dar a volta por cima.
A constatação de que não se é amada pode ser avassaladora, no entanto, diante dessa situação, é possível optar pela depressão ou pela superação. Saber que se está sozinha é uma grande oportunidade de aprender a conviver consigo mesmo, criando elos racionais que equilibram as emoções desordenadas. Quem não sabe viver bem sozinha, não adquiriu ainda condição de viver bem acompanhada.
A atitude de Carol afastando-se de André e assumindo sozinha a gravidez é a demonstração do real potencial feminino e, diga-se de passagem, deve provocar um redemoinho emocional no galã. Afinal, homens gostam de mulheres de personalidade formada, que sabem o que querem e que despendem o seu tempo a favor do próprio crescimento pessoal.
Penso que logo estaremos vendo o moço se desdobrar para conquistar a mulher que rejeitou. E não é isso mesmo o que acontece?
Diretor do “Jornal de Notícias” de Ponta Porã elogia artigo de Suely Buriasco
admin2011-03-17T01:31:15+00:00O poder do diálogo interno
Suely Buriasco2021-02-15T00:31:33+00:00*Por Suely Buriasco
A falha na comunicação tem sido responsável pelo desgaste e até pelo fim de muitos relacionamentos. Assim, o processo comunicacional deve ser tratado de forma particularmente atenciosa.
Quando as pessoas envolvidas num conflito, seja ele qual for, conseguem expor de forma clara seus desejos e concepções, têm sempre maiores chances de construir uma história alternativa ou um novo contexto de relação. Mas, para tanto, é preciso inicialmente que cada um saiba exatamente quais os seus reais interesses e isso só é possível através do diálogo interior que compreende a reflexão.
Refletir é uma volta de consciência para si mesmo, para examinar o seu próprio conteúdo por meio da razão e do entendimento do que realmente é importante e, consequentemente, do que pode ser relevado. O próximo passo é saber ouvir a outra pessoa envolvida no impasse de forma a procurar entender também os seus pontos de vista. À partir disso é possível alcançar novas pautas de interação. Afinal, se o processo de construção do conflito tem início na falha comunicacional; é necessário que essa base seja desconstruída para haver o entendimento.
O diálogo interior é um tipo de escuta ativa, isso é, enquanto a pessoa ouve atentamente o outro, sem interrupção ou conclusões prematuras, ela inicia um processo de reflexão íntima no qual conversa consigo mesmo sobre suas convicções e as que lhes são apresentadas pelo outro. Esse proceder permite que cada um discrimine para si as crenças que formam a sua personalidade e o que pensa e acredita que pode ser mudado para incluir a alternativa do outro. É como se a pessoa mentalmente separasse o que pode ser mudado ou não em seu pensamento.
Essa posição de ouvinte ativo na qual, além de esclarecer busca-se compreender, tem grande chances de gerar diferentes visões da situação e, dessa forma, beneficiar o processo de conversação. Pessoas inflexíveis, engessadas em paradigmas arcaicos têm mais dificuldades nos relacionamentos exatamente por não se permitirem analisar pensamentos diferentes dos seus. Perdem grande oportunidade de aprendizado e crescimento interior facultado pela análise de diferentes ideias.
É também através da reflexão que se pode identificar a própria participação na construção do conflito, o que é duplamente saudável, afinal abandona-se o papel degradante de vítima, ao mesmo tempo em que se coloca mais maleável diante da questão. Identificar o que seja de sua responsabilidade é legitimar-se como autor reconhecendo a própria participação nos problemas. A partir disso fica muito mais fácil compreender o outro como ser falível, esforçando-se para restabelecer a harmonia da relação. Trata-se de uma atitude adulta que facilita a busca de resoluções possíveis para o problema. Assim como a construção do conflito tem a colaboração dos envolvidos; sua resolução deve igualmente contar com essa participação.
Assim, o diálogo interior é de grande importância no processo da comunicação sadia e eficaz, além de promover maior amadurecimento de ideias que facilitam muito a vida de cada um. Buscar ouvir com atenção, compreensão e respeito é descomplicar situações; é desfazer desentendimentos, construindo relacionamentos que, apesar das dificuldades; valham à pena.