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Arquivos Mensais: março 2017

28 03, 2017

Aprendendo a superar a rejeição

2017-03-28T18:45:03+00:00

Suely Buriasco

A rejeição é, sem dúvida, um trauma capaz de provocar grande dano na vida das pessoas. A desilusão pelo rompimento indesejado causa ressentimento que não sendo trabalhado devidamente, dá origem a diversos transtornos psíquicos e até físicos. O sentimento de não sermos amados ou aceitos é o estopim de mágoas e outros sentimentos destruidores.

Não é fácil ser abandonado, entretanto, se isso já é um fato é preciso pensar em maneiras de reconstruir a própria vida, procurando esmerar-se nisso.

Nesse sentido algumas dicas podem ser úteis.

1- Aceite o fato consumado

Enfrentar a realidade é fundamental, porque enquanto você ficar se iludindo, na esperança de que a pessoa retorne e volte atrás, nada vai mudar. Chorar, suplicar pelo amor de alguém que não lhe quer só vai piorar seu sofrimento. Amar e não ser amado não desmerece ninguém, mas implorar amor fere a dignidade de qualquer pessoa.

2- Encare a situação como sendo um ciclo que se fechou

A vida é cíclica, o que corresponde dizer que um ciclo de fecha para que surja um novo. Não é o fim da sua vida, muito menos do mundo! Não alimente pensamentos de perda, afinal o relacionamento deu certo por algum período e momentos bons aconteceram. Certamente todas as experiências vividas contribuíram para o seu amadurecimento e, portanto, valeram a pena. Mas agora isso é passado e você precisa olhar para frente, renovar o ciclo.

3- Não alimente emoções destrutivas

Sentir raiva diante do abandono é normal e pode até ser muito saudável, desde que cumpra seu papel de defesa e depois se transforme em aceitação.  Quando a raiva vira ódio, culpa, ressentimento, desejo de vingança, desespero e impotência passa a ser corrosiva para a alma e causa maior sofrimento. Permita-se vivenciar as fases naturais do luto pelo fim de seu relacionamento, mas não se entregue a elas. Para tanto, mantenha o bom senso e o equilíbrio não alimentando emoções negativas em seus pensamentos e ações.

4- Pense em você

Claro que sua autoestima está abalada, mas não permita que desmorone; antes cuide e a estimule através do cuidado com você mesmo. Ninguém merece, mas quase todo mundo se sente rejeitado, em algum momento da vida. Mantenha-se bem, cuide da sua aparência e saúde, pratique exercícios, divirta-se com amigos e familiares, empenhe-se no trabalho e olhe para o espelho com satisfação.

5- Seja você e não se deixe levar pelo recalque

Não procure saber da vida de quem não quis mais compartilha-la com você, evite qualquer tipo de encontro e mesmo informação, pelo menos até que a ferida cicatrize. Também não queira mostrar indiferença ou forçar situações do tipo “estou muito bem, obrigado”. Nada mais patético do que a pessoa querer mostrar o que não é e o que não sente.

Enfim, troque emoções negativas por positivas, supere essa dor e candidate-se a viver novas possibilidades. Afinal, ser feliz é preciso!

Aprendendo a superar a rejeição2017-03-28T18:45:03+00:00
21 03, 2017

Lúcia, cujo nome significa: a Iluminada

2017-03-21T17:41:55+00:00

Suely Buriasco

Nossas vidas se tornaram menos doce, nossa Lúcia se despediu, deixando um indescritível sentimento de perda e pesar. Mulher forte, centralizadora, com autoridade moral inquebrantável, nossa matriarca querida! Sem exagero algum afirmo que teremos que aprender a viver sem ela, afinal, a vida de todos nós sempre se desenvolveu ao seu redor. D. Lúcia sempre foi o esteio, o apoio, o arrimo de nossa família.

A morte é um processo natural da vida, em contrapartida, a perda de um ente querido é considerada um dos maiores sofrimentos do homem. A dor é imensurável, mas a alegria de ter convivido com alguém capaz de influenciar tantas vidas é muito maior. A gratidão por ter compartilhado tantos anos com a sogra, mãe e amiga sempre estará presente em minhas orações diárias.

A vida se transforma, mas ela sempre continua. A morte é a transformação da vida, morrer é transcender esse mundo; o fim de um período. O corpo material é gerado e morre; o corpo espiritual é imortal e, portanto, sobrevive sempre. Diante da dor da perda as pessoas se sentem como se tivessem sido roubadas em algo a que tinham direito e esta sensação provoca grande sofrimento. Mas o fato é que não nos separamos das pessoas amadas senão pela matéria, em espírito continuamos a amar e zelar por elas. Deus, que é amor, jamais permitiria a separação dos que se amam.

Retomar a vida depois desse golpe não será um processo fácil. Entretanto, situações dolorosas tais qual a morte de entes queridos, além da tristeza, comumente descortinam uma força interior antes desconhecida. Episódios de grande dor costumam fazer com que as pessoas repensem as próprias vidas e valores, passando a priorizar o que realmente é importante. O luto nos ensina a encontrar maior sentido na vida, a buscar razões para sobrepujar a dor.

A vida da D. Lúcia é a prova da veracidade da resiliência humana. Guerreira desde a infância enfrentou e venceu dificuldades de toda ordem. Lutou até o fim de seus dias com determinação e coragem. Por merecimento, consequente do amor que sempre devotou ao próximo, partiu como sempre gostou de viver: rodeada de familiares e amigos e cercada por amor, cuidado e carinho.

Obrigada a todos os que oraram e manifestaram carinho nesse momento de tanta dor. Que Deus nos abençoe a todos e acolha em seus braços nossa Lúcia, a iluminada.

Lúcia, cujo nome significa: a Iluminada2017-03-21T17:41:55+00:00
13 03, 2017

As Amélias de hoje em dia

2017-03-13T17:13:09+00:00

Por Suely Buriasco

Tornou-se célebre a música de Mário Lago e Ataúlfo Alves: “Ai que saudades da Amélia”, tanto é que virou sinônimo de mulher trabalhadora e ativa no dicionário do Aurélio. A letra foi inspirada numa lavadeira que trabalhava na casa da Aracy de Almeida – uma lutadora que tinha quatorze filhos, estava sempre de bem com a vida e não reclamava de nada.

Mas a letra choca e acabou transformando a Amélia em referência de mulher submissa, totalmente dominada por seu homem, principalmente o trecho que diz: “Amélia não tinha a menor vaidade. Amélia é que era mulher de verdade. Às vezes passava fome ao meu lado e achava bonito não ter o que comer”.

O que é preciso entender é que a atitude da Amélia é romântica, idealizada; uma relação afetiva apenas poética. Quem assumisse essa Amélia nos dias de hoje fatalmente teria suas atitudes misturadas com lamentações e muita baixa estima. Na verdade, nos anos 40 a mulher não tinha muita opção e, quase sempre acabava aceitando os desmandos do marido. A Amélia tornou-se o estereótipo da mulher que entrega a vida ao marido.

Hoje a mulher, na sua grande maioria, é ainda muito romântica e, de forma geral, deseja se casar e ter um companheiro. Nesse quesito mostra-se ainda muito tradicional e ainda idealiza ser a mulher dos sonhos do marido e que ele seja o homem dos seus sonhos. Mas a mulher moderna tem outros interesses, trabalhando fora ou não, busca satisfação, não se priva mais do que gosta e tem se conscientizado da importância de investir na sua individualidade.

Da época da Amélia até hoje muita coisa mudou, mas ainda existe um caminho longo a ser seguido, pois em contrapartida a todo esse progresso, a mulher ainda é facilmente dominada emocionalmente. Muitas vezes nem é o homem que a deseja dominar e sim ela mesma que se torna emocionalmente dependente. Isso, infelizmente, ainda é muito forte nas “Amélias” atuais.

Esse perfil tem se transformado, mas as “Amélias” que dão conta de tudo sem reclamar ainda estão por ai, claro que numa versão muito mais intrigante. Elas ganham o seu dinheiro, estudam, cuidam do marido e dos filhos e ainda cuidam de si mesmas, têm autoestima elevada, cultivam interesses próprios, ou seja, são mulheres de opinião. Tudo isso com muito bom humor e otimismo.

Penso que são essas “Amélias” modernas que fazem diferença no mundo. Mulheres que entendem que para ter uma relação saudável não é preciso ceder sempre, mas compartilhar com o companheiro. E são vaidosas, claro, cuidam de suas aparências e chamam atenção por isso. Assim, as “Amélias” atuais são muito mais interessantes e charmosas. São mulheres de personalidade forte sem perder a doçura e a feminilidade.

As Amélias de hoje em dia2017-03-13T17:13:09+00:00
7 03, 2017

Dia Internacional da Mulher – O que há para comemorar?

2017-03-07T18:24:59+00:00

Por Suely Buriasco

É incontestável o avanço social que alcançamos desde os movimentos que tiveram início na segunda metade do século XIX e se estenderam até as primeiras décadas do XX, dando origem ao Dia Internacional da Mulher. Dia 8 de março é uma data que, além de homenagear essas mulheres incríveis que iniciaram a luta pelo reconhecimento de nossos direitos, ainda representa o apoio social de todos os que acreditam no ser humano, independente do gênero. Incontestável também é que essa luta continua e, infelizmente, está muito longe de ter fim.

Não se pode ignorar o quanto ainda precisa ser feito para que a mulher tenha seu papel social, realmente, valorizado. Essa não é um data apenas para comemorar, algo de tamanha importância não pode ser visto de forma tão simplista. O grande objetivo é provocar a reflexão, a autoanálise e novos projetos de ações tanto para homens, como para as mulheres. É preciso que busquemos entender quais as crenças negativas que carregamos, fruto do machismo que impera há séculos e o que precisamos fazer para substituí-las por crenças mais humanas e justas.

Difícil comemorar quando ainda vemos muitas de nós se submeterem a indignas imposições machistas. Mulheres que aceitam a violência como “descuido” ou “surto temporário” e vivem nas garras daqueles que, ainda assim, consideram seus “protetores”. Mulheres que não se fazem respeitar e lutam entre si numa abominável degradação de si próprias. Difícil saber que muitas de nós ainda são exploradas, trabalhando mais e ganhando menos do que seus colegas homens. Saber que a maternidade, que deveria ser motivo de respeito e admiração, ainda é considerada um entrave para o avanço profissional da mulher. Saber que ainda precisamos explicar que nossas vestimentas nada tem a ver com o crime de estupro. Realmente, muito a se lamentar.

Mas é claro que há muito a ser comemorado. Também vemos crescer a cada dia o movimento de mulheres que cansaram de ser subjugadas e decidiram construir a própria vida, livres e independentes. Mulheres que entendem que não se trata de provocar uma guerra entre sexos, muito pelo contrário, o grande objetivo é caminhar juntos, lado à lado, em todos os níveis e sob qualquer situação. Pelas mães que criam novas gerações de homens e mulheres valorosos que se respeitam entre si. Pelas mulheres que se dão valor e não aceitam, em hipótese alguma, ser menosprezadas ou humilhadas. Essas mulheres merecem a comemoração!

Acredito que essa data seja mais um chamamento importante para as nossas consciências e que deveríamos, mais uma vez, nos questionar. Como temos agido para transformar nossa sociedade? Qual o legado que deixamos para nossos filhos, filhas e gerações futuras?

 

Dia Internacional da Mulher – O que há para comemorar?2017-03-07T18:24:59+00:00
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