Por Suely Buriasco
O caso do jogador do Uruguai, o Luis Suárez, que mordeu o italiano durante um jogo de Copa do Mundo repercutiu mundialmente.
De um dia para o outro ele foi como dizem “do céu ao inferno”. Na partida contra a Inglaterra foi o ídolo, autor dos dois gols que deram chances do Uruguai manter viva a esperança de ir para as oitavas de finais mas, na partida seguinte, um ato impensado o tirou da Copa do Mundo, prejudicando o seu país, que foi para as oitavas, mas sem o seu talento, acabou perdendo a partida.
Suárez havia mostrado toda a sua garra, se recuperou de uma contusão, era o herói de um país, mas foi obrigado a voltar para casa de cabeça baixa, envergonhado de sua atitude, tanto é que postou um pedido de desculpas em uma rede social.
Essa história me fez pensar em quantas vezes nos deixamos levar por impulsos nervosos. Um acesso de raiva que dura poucos segundos pode se perpetuar em nossas vidas, causando grande sofrimento e prejuízo.
Com certeza, Suárez precisa de um tratamento; quando fica nervoso, ou sob pressão ataca o adversário puramente por instinto e morde.
Saindo do futebol e vindo para as nossas vidas. Quantas vezes agimos por impulso e magoamos, ou até ferimos fisicamente as pessoas, mas depois que passa a raiva nos arrependemos dolorosamente. Reação por instinto, grosserias, descontar os próprios problemas nos outros são sempre ações muito negativas e só aumentam o estresse e mau humor.
De forma geral podemos enumerar alguns passos importantes para evitar atos impensados:
1- Busque autoconhecimento: Refletir sobre nossas próprias reações pode fazer com que entendamos quais são os impulsos que nos levam a cometer atos instintivos. Saber o que nos afeta a ponto de nos descontrolar é o primeiro passo para iniciarmos o trabalho de autocontrole.
2- Mantenha o estresse sob controle: Reações impulsivas denotam auto nível de estresse, no entanto, mesmo passando por momentos de pressão sempre é possível manter o controle. O estresse é um fenômeno natural e inerente ao ser humano, podendo ser benéfico quando sabemos gerenciá-lo. Assim, o essencial é buscar mantê-lo a nível normal, através de exercícios mentais e físicos, vida saudável e cultivo de bons pensamentos e ações.
3- Procure ajuda profissional: Reconhecer nossos próprios limites é essencial, porque muitas vezes desejamos agir de forma mais lúcida, mas algo nos impede. No meio do nervoso a gente não se dá conta de que precisa de ajuda e até reluta. Nesse caso precisamos analisar a possibilidade de buscarmos ajuda médica e psicológica.
Acho que vale muito descobrir quais são os gatilhos que nos levam a cometer atos impensados, a ficar nervosos e, nesse sentido tentar superar, ou buscar ajuda para superar. Certamente muito sofrimento poderá ser poupado.