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Espelho, Espelho Meu!!!

Baseado em um dos contos mais famosos dos irmãos Grimm: Branca de Neve e os Sete Anões, o filme ‘Espelho, Espelho Meu’ traz Julia Roberts como a Rainha Má, que assume o controle de um reino e exila a princesa de lá. Diferente das versões mais conhecidas da narrativa, o texto de Mellissa Wallack e Jason Keller mostra uma princesa interpretada por Lily Collins que, ao ser exilada, assume uma postura decisiva e corajosa, encarando os próprios medos e a liderança da luta por recuperar seu reino.

Essa nova Branca de Neve não depende da ousadia de seu príncipe interpretado por Armie Hammer que se apresenta tão desastrado quanto garboso. Quando se fez necessário até mesmo foi ela a protegê-lo, ou seja, lutaram em parceria, um apoiando o outro. Parece que mesmo na ficção já não se fazem mais príncipes e princesas como antigamente… Ainda bem!

Muitos conflitos no relacionamento a dois poderiam ser evitados se cada um assumisse uma parceria real, onde tivessem atribuições próprias, mas com apoio mútuo. Também vejo com muito otimismo essa nova tendência de tirar dos ombros do príncipe a incumbência de fazer a princesa feliz para sempre, ufa! Nessa nova versão ganha tanto o príncipe como a princesa já que essa última se torna uma companheira muito mais interessante e ativa. Afinal, no mundo que vivemos, com tantos obstáculos a serem superados, a ajuda de uma parceira vem muito a calhar.

Um relacionamento inteligente inicia-se pelo amor, mas se desenvolve pela compreensão, pela cooperação e pelo respeito à individualidade de cada um, sendo assim, um relacionamento saudável para todos. Não se pode exigir que um ser humano venha travestido de príncipe ou princesa com o objetivo maior de nos fazer feliz. Seres humanos são falhos, apresentam resistências, medos e dificuldades; também são surpreendentemente interessantes, mestres e aprendizes nessa grande escola que é a vida. A visão utópica dos “felizes para sempre” tem sido uma cilada e precisa de conotações diferentes, tais como: “felizes até quanto nos dedicarmos a isso”.

Sem príncipes e princesas a vida a dois é muito mais agradável, sem exigências absurdas, sem cobranças descabidas, sem expectativas irreais. Penso que um bom relacionamento é aquele em que os pares se unem para crescer juntos, para superar juntos as adversidades e para dividir tristezas e alegrias. Dessa forma são duas individualidades diferentes que buscam valorizar suas afinidades no afã de permanecerem juntas e felizes. São pessoas inteiras que optam por se unir e enriquecer a cada dia essa convivência.

A vida a dois é uma oficina diária que, pelo trabalho de cada um, pode se transformar em motivo de grande felicidade!

 

 

2012-04-25T21:06:01+00:00
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