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eleições 2014

27 10, 2014

Como se recuperar do fenômeno das eleições nas redes sociais

2014-10-28T12:16:40+00:00

Por Suely Buriasco

interpretaçoes-diferentesNão dá para negar que as últimas eleições desenvolveram-se de forma muito particular, revelando o poder das redes sociais. Há quatro anos essas ferramentas de comunicação não tinham o nível de abrangência que atingiram em 2014. A campanha dos candidatos foi feita e acompanhada em grupos fechados e abertos, discutidos e insuflados por muitos.

Com certeza influenciou nas escolhas, mas ainda mais na vida das pessoas que se dedicaram a defender seus pontos de vista, o que é muito saudável, desde que haja respeito e consideração ao ponto de vista alheio.

O problema é que quem estava de um lado, bradou contra o outro, e os impropérios vieram de todas as direções. Amigos virtuais se excluíram ou se digladiaram, mas também na vida real as postagens na internet tiveram efeitos destruidores nas relações de amizade e até familiares. Lamentável, pois, a eleição acabou e a vida seguirá seu ciclo; o que se perdeu pode ter sido valioso.

Muitos talvez não tenham pesado a consequência de postagens carregadas de insultos e as compartilharam de forma a causar repugnância nas pessoas “do outro lado” e também de muitos que não se envolveram nesse movimento agressivo de disputa. Claro que outros tantos tiveram a intenção de tumultuar e causar impactos para denegrir candidatos e campanhas. O fato é que agora é preciso por um fim nisso

E como fazer?

Se você, no calor dos ânimos, mesmo sem desejar, entrou em conflito com alguém, o melhor é rever toda a situação e tentar uma reaproximação. Pense nessas dicas:

1- Afaste o orgulho: Mas vale a tranquilidade da consciência, do que a altivez demente; aceitar que você errou é muito digno.

2- Peça desculpas: Arrepender-se de uma atitude impensada denota maturidade. Se você não tinha intenção de ferir determinada pessoa, desculpe-se com ela, isso é nobre. Também um pedido de desculpas geral é muito interessante porque você pode ter atingido mais pessoas do que imagina.

3- Aceite opiniões contrárias: Faça com que o episódio o ajude a pensar sobre a importância de aceitar diferentes opiniões e exercite a tolerância em seus relacionamentos.

E você, que se sentiu ofendido, também pode relevar alguma coisa em prol de manter e melhorar os relacionamentos, tanto virtuais, como na vida real, não acha? Penso que seja uma questão de prioridade: o que é mais importante; a amizade daquela pessoa ou o comportamento infeliz dela? Essa resposta, desde que não corresponda a orgulho ferido, dirá tudo sobre o que há de melhor para ser feito. E, também, que tal analisar melhor porque se afetou tanto? Não seria porque também não aceita opiniões contrárias? Vale refletir sobre seus sentimentos e afetações.

De mais a mais, resta-nos a certeza de que disputas acirradas não nos levam a nada, pois, a violência é a expressão de quem não tem argumentos. Apenas pela cooperação é que se podem realizar feitos coletivos.

Suely Buriasco é educadora com MBA em Gestão Estratégica de Pessoas, mediadora de Conflitos e escritora. Autora dos livros Uma Fênix em Praga e Mediando Conflitos no Relacionamento a Dois.
www.suelyburiasco.com.br

 

Como se recuperar do fenômeno das eleições nas redes sociais2014-10-28T12:16:40+00:00
23 10, 2014

O Candidato Honesto

2014-10-23T19:45:07+00:00

Por Suely Buriasco

325650O filme estrelado por Leandro Hassum, “O Candidato Honesto”, que conta a história de um candidato à Presidência da República que acredita ter recebido uma mandinga de sua avó e por isso não consegue mais mentir oferece, sem dúvida, muita diversão, mas também oportuna mensagem.

A dificuldade de manter o idealismo diante de tantos conchave e articuladores desonestos, a fraqueza diante do enriquecimento rápido e do poder são demonstrados de forma hilária no filme. Essas e outras muitas situações poderiam ser comentadas, mas eu gostaria de enfatizar uma fala do protagonista a seu filho quando descobre que ele, a seu exemplo, ganha dinheiro dos colegas através de falcatruas. O pai, com lágrimas nos olhos diz algo do tipo: “para mim não tem mais jeito, mas eu preciso fazer alguma coisa por você”.

Vejo muitas pessoas totalmente desiludidas com a política brasileira e não é para menos, a corrupção, o desrespeito ao bem público e a dignidade humana tomam vulto assustadores. E não adianta dizer que é esse ou aquele partido, porque essa é uma doença que contagia homens e não siglas. Também não se pode generalizar, mas viver nesse meio sem se contaminar com a falta de probidade tem sido tarefa cada vez mais árdua.

No entanto, o desânimo dos bons é a vitória dos maus e, portanto, quem realmente deseja maior justiça nos feitos públicos, precisa acreditar que é possível promover a mudança. Não consigo entrever a transformação da política sem a transformação social: o fim da corrupção está na educação que dispensamos às nossas crianças e jovens. Importante lembrar que educar é sinalizar, orientar e, sobretudo, exemplificar.

Ouvir adultos desculparem ações ilegais com frases do tipo: “é desonesto, mas quem ali não é?”; “rouba, mais faz”, “importante é que atenda esse ou aquele meu interesse”, faz com que crianças e jovens encarem a corrupção como algo normal. Pior é quando os próprios pais são exemplo de desonestidade, sim, porque a corrupção não é privilégio dos políticos.

É preciso encarar a realidade: roubar, mentir, adulterar e fraudar, pode ser comum, mas não é normal. A corrupção precisa ser combatida sempre e em todos os níveis sociais, afim de que a mudança tão necessária aconteça.

Senhores pais: a inércia diante da indignação abre as comportas para que a corrupção de valores inunde o mundo de seus filhos. Não percam a esperança em dias melhores, pois isso equivaleria a entregar os seus à própria sorte. Lutem por ideais e cultivem os valores que podem fazer com que o futuro seja mais justo e bom.

Mesmo que seja só por eles, acreditem que o Brasil ainda tem jeito e façam algo a favor disso!

 

 

 

O Candidato Honesto2014-10-23T19:45:07+00:00
21 10, 2014

Amigos e familiares entram em confronto nas redes sociais por causa das eleições

2014-10-21T17:53:21+00:00

O jornal Correio do Estado, de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, realizou uma matéria, com a consultoria da mediadora de conflitos Suely Buriasco, sobre os confrontos entre familiares e amigos nas redes sociais por causa das eleições.

Clique na imagem e leia a matéria na íntegra.

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Amigos e familiares entram em confronto nas redes sociais por causa das eleições2014-10-21T17:53:21+00:00
13 10, 2014

Comportamento dos eleitores nas redes sociais

2014-10-13T18:49:55+00:00

Por Suely Buriasco

 Observar as postagens e comentários nas redes sociais em tempo de eleições é, no mínimo, interessante, cada um tem suas próprias razões para manifestar seu voto e o fazem com intenso sentimento, defendendo suas bandeiras com fervor.

A possibilidade de militar pela candidatura de seu candidato, buscando expor seus pensamentos e até mesmo trocar ideias com os amigos pelas redes sociais é um comportamento novo, que tem estimulado muito as pessoas. A internet é um canal de informações extraordinário, que se prolifera de forma vertiginosa e muito veloz, embora a importância de checar fontes para evitar disseminar inverdades e até mesmo cair em ridículo.

As postagens, nesse período tão importante para o nosso país, funcionam ainda como um termômetro interessante para mensurar o nível de tolerância das pessoas em relação às diferentes ideias e posicionamentos. É impressionante a dificuldade em lidar com o diferente! O ser humano tem uma tendência muito forte de considerar apenas a sua visão de mundo, o que é lamentável, pois, dessa forma, restringe suas próprias concepções. Cada um se sente tão certo em seus conceitos, que se vê no direito de combater os que pensam de forma diferente.

É muito bom que as pessoas tenham suas convicções e se sintam à vontade em manifestá-las, afinal, felizmente, vivemos em uma democracia. Mas é imprescindível que haja respeito e consideração pelo outro. Educação, gentileza e cortesia cabem em qualquer lugar, inclusive nas redes sociais. Bom lembrar que essas postagens não são escritas em diários, desses que se usavam até há pouco tempo, e eram fechados à chave. Ao escrever algo que outras pessoas lerão, há que se ater, no mínimo, aos bons modos.

Vejo que muitos transformam as eleições em um jogo pessoal e disputam sem refletir que, nesse caso, quem ganha ou perde não é essa ou aquela pessoa e, sim, todos os brasileiros.  Assim, vale refletir sobre suas escolhas, manifestá-las de forma educada em suas mensagens e até comentar, de forma respeitosa, em postagens alheias. Só não vale ser intransigente, grosseiro e prepotente.

Aliás, as postagens nas redes sociais poderiam ser usadas de forma a exercitar estratégias de bom convívio, facilitando os relacionamentos de forma geral.

Fica a dica

Suely Buriasco é educadora, com MBA em Gestão Estratégica de Pessoas, Mediadora de Conflitos e autora dos livros: Mediando Conflitos no Relacionamento a Dois e Uma Fênix em Praga.

Comportamento dos eleitores nas redes sociais2014-10-13T18:49:55+00:00
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