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orgulho nacional

28 05, 2018

Desista de mudar os outros

2018-05-28T23:12:09+00:00

Suely Buriasco

Uma mãe me manda um e-mail desesperado, diz que é divorciada e vive só, não pode conviver com os dois filhos; o mais velho é casado, a nora não deixa que ele a procure e o mais novo vive com o pai que o proíbe de visitá-la. Eu lhe respondo:

De forma geral posso dizer que você não pode mudar os outros, então seria interessante analisar o que pode ser mudado em você para que o seu relacionamento com os filhos mude. Pense em estratégias que possam fazer seus filhos se aproximarem de você. Deixe de procurar culpados e opere as mudanças que você pode fazer, ou seja, em você mesmo.

Ela agradeceu minha atenção, mas disse que não adiantava fazer nada.

Esse é só um exemplo entre muitos que não nos cabe julgar, mas analisar visando nossa própria melhoria. Quando o ponto é reconhecer as próprias responsabilidades diante dos conflitos, algumas pessoas tendem a negar como se não houvesse nada a ser feito. É o tão famoso “não adianta”, para ocultar o receio e mesmo a falta de vontade para abordar outras possibilidades, até porque isso significa assumir o que lhe cabe na situação, já que ninguém entra em conflito sozinho.

Mas o fato é que você não pode mudar os outros, não pode fazer com que eles entendam as situações conforme o seu próprio entendimento, muito menos exigir que eles tomem qualquer medida que, a seu ver, resolveria o problema. Entretanto, você pode fazer muito pelo seu relacionamento com as pessoas, desde que assuma seus próprios erros e enganos, que respeite a maneira do outro ser e se manifestar e, finalmente, que se desfaça do orgulho exacerbado. Enquanto manter inflexível a sua posição, não admitindo outras formas de pensar e agir, você vai sofrer a ausência das pessoas que ama e viver a solidão dos intolerantes.

Não vale à pena sofrer e negar o sofrimento não livra você dele; a vida nos dá muitas oportunidades felizes, mas a maior delas é, sem dúvida, conviver com nossos afetos. Problemas nos relacionamentos são comuns e devem ser solucionados o quanto antes, para que as mágoas não causem ainda mais dor.

Portanto diante de conflitos no relacionamento deixe de gastar energia procurando culpados, julgando e condenando as pessoas. Pare de sofrer, foque no que você pode fazer e mude as suas atitudes. Afinal, você não precisa concordar com o outro ou agir da forma que ele quer; você só precisa respeitá-lo.

Pense: se você fizer a sua parte, no mínimo, a metade da questão já estará resolvida. É uma boa porcentagem, não acha?

Desista de mudar os outros2018-05-28T23:12:09+00:00
18 06, 2013

Crise Nacional: As manifestações populares

2013-06-18T17:22:06+00:00

Por Suely Buriasco

brasilO que temos visto acontecer nos últimos dias em nosso país é a manifestação de um povo cansado, no limite de seu sofrimento. Pessoas que se movimentam como há algum tempo não faziam para reivindicar seus direitos. Mas, infelizmente nem sempre da melhor forma o que tem gerado o vandalismo e a violência.

Concordo que estamos vivendo uma transformação social importante, que supera em muito a questão dos vinte centavos de acréscimo no transporte coletivo. O grande problema não se resume em meros centavos, nem mesmo ao passe livre, embora não se possa descartar que a soma faça diferença no bolso de muitos brasileiros. O fato é que podemos estar vivenciando uma nova mentalidade que começa a se formar em nosso povo. Talvez a fama de “povo pacífico”, expressão tão confundida com a aceitação de tudo, esteja se desmistificando.

Uma pessoa pacífica é aquela que quer a paz, que não gosta de violência e procura resolver as situações de forma serena; não significa que seja uma pessoa que aceita tudo sem manifestar seu desacordo. Nosso povo tem sofrido muito pelo descaso de nossos governantes! Aglomerações se fazem todos os dias nos departamentos públicos, sem efeito algum; são pessoas que buscam soluções para problemas de saúde, de educação, de segurança e tantos mais, sem qualquer resultado positivo.

“É muito mais do que 20 centavos” tem sido o comentário que parece virar lema do movimento, pois que seja mesmo assim e que o Brasil acorde para as reais necessidades de seu povo.  Mas há que se ter cuidado e somar um segundo lema: “não ao vandalismo, não a violência”. Precisamos nos fazer ouvir e que nossa voz se faça de forma a não perdermos a razão, afinal somos um povo pacífico e precisamos agir com coerência.

Acredito que a mobilização que presenciamos se refira a um grande grito de: “queremos mudanças; rebelamos-nos contra a realidade que querem nos impor”. Sendo assim, nada mais nos resta do que apoiar esse movimento legítimo e esperar que os governantes façam o mesmo e percebam que talvez as coisas tenham chegado aos seus limites e os brasileiros realmente tenha cansado da brincadeira pela qual “tudo acaba em pizza”.

Crise Nacional: As manifestações populares2013-06-18T17:22:06+00:00
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