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perdoar

4 07, 2016

Pedir desculpas sem exigir o perdão

2016-07-04T21:59:47+00:00

Por Suely Buriasco

 suelyTodos erramos e, mesmo sem querer, acabamos em algum momento magoando outras pessoas. Pedir desculpas é um ato de humildade, pois demonstra que a pessoa assume seu erro e sente muito por isso. O pedido de perdão é sempre enobrecedor e denota caráter, sentimento de justiça e boa vontade.

O orgulho é um grande obstáculo no caminho da harmonização, um grave empecilho para os relacionamentos saudáveis. Algumas pessoas guardam remorsos intensos que provocam grande dor, mas não são capazes de externá-los e preferem se afastar. Outros optam por fazer que nada aconteceu, agindo com normalidade perante a pessoa que ofendeu, desrespeitando os sentimentos dela. Enfim, a dificuldade de assumir um erro é um elemento destruidor das relações e, por consequência sempre provoca dor.

Para que um pedido de desculpas tenha o resultado esperado é necessário primeiro que seja uma manifestação autêntica, ou seja, que represente os mais puros sentimentos. Depois é preciso que não se espere nada em troca, nem mesmo ser desculpado, importante ter em mente que pedir desculpas é um ato de quem falhou, desculpar é uma opção do outro que precisa ser respeitada. A maneira de se expressar também é essencial, melhor falar pouco, alongar a conversa pode fazer com que se perca o objetivo. E muito cuidado para não inventar justificativas ou tentar destorcer as coisas do tipo: “Eu errei, mas você também não agiu certo comigo”. Afinal, isso é um pedido de desculpas ou uma cobrança?

Um estudo feito na Universidade de Ohio, nos Estados Unidos aponta como ações fundamentais para que o pedido de desculpas tenha maior chance de surtir efeito: admitir o erro, oferecer-se para reparar o problema, expressar arrependimento sincero e, sempre que possível, pedir desculpas cara a cara. Ou seja, para um pedido genuíno de desculpas é primordial que a pessoa tenha consciência que errou, deseje sinceramente reparar seu erro e manifeste sentimento de arrependimento para a pessoa ofendida ou, de alguma forma, prejudicada.

Os benefícios desse comportamento vão desde a saúde mental até a física, tanto para quem pede perdão, como para quem perdoa. Solicitar o perdão nos livra da culpa e perdoar nos isenta da mágoa, ambas emoções de grande poder destrutivo. Isso já foi tão amplamente comprovado que, há muito tempo, o perdão deixou de ser apenas religioso e passou a ser terapêutico.

Vale à pena pedir e dar o perdão!

Pedir desculpas sem exigir o perdão2016-07-04T21:59:47+00:00
24 02, 2016

A Arte de Recomeçar

2016-02-24T14:25:13+00:00

Por Suely Buriasco

frase_suelyDesilusões amorosas são causa de grande sofrimento, afinal todo relacionamento amoroso é construído aos poucos tendo por base um ideal a dois, uma troca mútua. Quando um dos dois rompe esse pacto provoca no outro um profundo sentimento de decepção e frustração. Esse trauma pode fazer com que a pessoa sinta medo de entregar-se a um novo relacionamento, tornando-se alguém incrédulo no amor. Por isso, quanto antes a pessoa superar esse sentimento melhor; afinal não se pode generalizar seres humanos e suas relações.

Em nosso cotidiano não é difícil conhecer alguém que depois de sofrer uma grande desilusão amorosa passou a se esquivar de novos relacionamento. Eu escuto muitas pessoas, principalmente mulheres, dizerem que só querem “tirar onda”, mas compromisso sério novamente “nunca mais”. Basta conversar um pouco para saber que essas pessoas foram muito machucadas no passado e carregam agora o temor de passar pela mesma coisa.

Machado de Assis ensina um passo a passo muito interessante: “Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa de apagar o caso escrito“. Para livrar-se desse trauma é preciso renovar-se e colocar-se ainda mais forte e resoluto na vida. Por isso o perdão é fundamental para livrar-se do ressentimento e superar o passado, deixando de sofrer pelo que já aconteceu e não pode mais ser mudado. Iniciar um novo relacionamento, sem renovar-se inicialmente é incorrer em grave erro. É preciso que haja espaço para o novo amor.

Para tanto é imprescindível melhorar a autoestima, cuidar de si mesmo, não apenas na aparência, mas, sobretudo, interiormente. Gostar de si mesmo é agir de conformidade com as próprias concepções, é ser seguro e ter certeza das próprias potencialidades. Com essa visão ampliada da sua autoimagem é possível estabelecer os próprios limites e então definir o que quer ou não. O autoconhecimento é fundamental para a superação da perda de um amor e o início de uma nova vida.

Recomeçar é uma arte indispensável para qualquer pessoa que queira realmente viver uma vida plena. Superar traumas é o caminho para encontrar a si mesmo, abrindo maiores possibilidades.

 

 

A Arte de Recomeçar2016-02-24T14:25:13+00:00
21 06, 2012

Autoperdão

2012-06-21T14:58:34+00:00

Por Suely Buriasco

O sentimento de culpa nem sempre é consciente, muitas vezes está mascarado em situações conflitantes que trazem grande desordem na vida das pessoas. Aparentemente sem causa surgem angústias, produzindo mal-estar, inquietação e insatisfação pessoal. Faz-se necessário que analisemos com maior atenção esse tipo de reação em nós mesmos.

Culpa é a tristeza por não sermos perfeitos; um profundo sentimento de impotência, resultado de muita raiva guardada que se volta contra nós mesmos e que nos faz sentir indignos e maus. As consequências da culpa são muitas; como se não bastasse a dor do remorso e da censura, a autopunição é elemento muito comum. Ao alimentarmos esse sentimento gastamos energia numa lamentação interior por aquilo que já ocorreu ao invés de gastarmos em novas coisas, novas ações, novos comportamentos. A verdade é que somos seres falíveis, isto é, sujeitos a alternância de conduta, principalmente diante dos desafios que se apresentam e o estado emocional do momento. Aceitarmo-nos nessa condição é essencial no processo de compreensão de nossos erros e inconsequências.

É certo que a culpa pode ser um sinal de alerta sobre a falta de limite e respeito pelo outro; ou mesmo a indicação que é preciso mudar algum padrão de comportamento. Nesse sentido é interessante que se efetive a transformação necessária, responsabilizando-se pela ação e procurando redimir-se. A culpa faz com que permaneçamos no papel de vítima, nos estagnando, e, o que é pior, repetindo o padrão de comportamento, pois, não proporciona crescimento. Assumir a responsabilidade por nossos atos faz com que acreditemos na capacidade de mudar, de agir diferente, tornando-nos mais dignos. E todos nós temos essa capacidade.

O caminho que nos leva ao autoperdão é o da aceitação integral daquilo que já aconteceu, que é passado, que já não é possível mudar. É o encontro corajoso e amoroso com a realidade. O autoperdão impõe-se como indispensável para a recuperação do equilíbrio emocional e o respeito por si mesmo; é essencial para uma existência emocional tranquila. Nesse sentido é preciso buscar não reincidir no mesmo compromisso negativo, desapegando-se do remorso e criando formas positivas de comportamento, recobrando o bom humor e a alegria de viver

Reviver o passado só é positivo quando se trata de analisar as experiências vividas, procurando se tornar um ser humano melhor. O presente é o momento de efetivamente mudar; o futuro será o que fizermos dessas oportunidades.

 

Autoperdão2012-06-21T14:58:34+00:00
30 05, 2012

É possível perdoar uma traição?

2012-05-30T15:16:47+00:00

* Por Suely Buriasco

 Uma frase anônima me chamou a atenção: “O plano é perdoar e esquecer! Perdoar a mim mesmo por ter acreditado em pessoas que não merecem a minha confiança e esquecê-las”!

Não se pode negar a criatividade, mas fiquei pensando sobre algumas questões intrínsecas que merecerem alguma reflexão. Aprendemos que diante das ofensas o melhor é perdoar e esquecer mesmo, mas é claro que a referência se faz no sentido de perdoar o ofensor e esquecer a ofensa. A maneira jocosa como a referida frase transformou essa filosofia parece dar sentido contrário, pois mudando essa referência, o sentimento que se transmite é o de mágoa. Seria assim como dizer: “Risquei você da minha vida”! Será que isso não dói?

A frase também pode nos fazer seguir outra linha de pensamento, principalmente se considerarmos que ela possa estar se referindo ao autoperdão. Então ela assume uma referência muito positiva! Nada é mais urgente que o autoperdão em qualquer situação, até mesmo por nos deixar enganar. As pessoas demoram mais tempo para descobrir uma traição por confiar em quem não é digno desse sentimento. O “ser enganado”, isso é, sentir-se traído parece ser a maior dor dos que passam por essa experiência. Quanto maior a confiança, maior o impacto!

A traição em qualquer tipo de relação significa uma perda difícil. É doloroso perder a confiança em alguém que acreditávamos nosso amigo, nosso parceiro… Ser trapaceado e ferido pela pessoa que menos esperamos é um duro golpe. No entanto, recuperar-se desse trauma tem sido grande desafio para quem passou por ele, mas não quer estagnar-se na dor. São pessoas assim que descobrem a cada dia que perdoar uma traição não é só possível, quanto fundamental para o próprio bem estar.

Dessa forma, o autoperdão se faz necessário, mas é preciso perdoar também o agressor para livrar-se de qualquer mácula de ressentimento que corrói e dilacera a alma. A memória sempre guardará o acontecido, mas o esquecimento dos sentimentos dolorosos é um grande alívio.

Por fim, a frase tem também um tom de graça que pode provocar riso. Rir do que nos fez chorar é uma forma de amadurecer nossos sentimentos, livrando-nos do peso das emoções negativas.

É possível perdoar uma traição?2012-05-30T15:16:47+00:00
22 05, 2012

A Terapêutica do Perdão

2012-05-22T13:04:52+00:00

Por Suely Buriasco

A referência ao perdão tem extrapolado a visão religiosa e cada vez mais cientistas estudam esse ensinamento como terapêutica eficaz nas doenças físicas e mentais.

Aprendemos que o perdão deve ser incondicional com esquecimento total das ofensas. No entanto, a palavra “esquecimento” deve ser mais bem analisada neste contexto a fim de não dificultar ainda mais a nossa pueril capacidade de perdoar. Na verdade é humano memorizar qualquer situação boa ou ruim que vivenciamos, todas as ofensas são canalizadas para o nosso inconsciente de forma que a qualquer estímulo lembremos-nos delas mesmo que já se tenha passado muito tempo. Formam assim o que podemos chamar de “lixo mental” cuja carga negativa pode até estimular doenças. Assim, sempre é recomendável refletir sobre a necessidade de livrar-se desse amontoado de “sujeiras vibracionais” e também evitar seu acúmulo no dia-a-dia.

Para tanto é importante que nos dediquemos a mudar a nossa reação diante das ofensas recebidas, ou seja, antes de nos magoarmos diante delas reflitamos sobre a sua importância em nossa vida. Muitas vezes criamos mágoas em nossas mentes por ofensas que não merecemos, sofrendo longo tempo pela ingratidão e calúnia, entretanto se refletíssemos mais rápido do que nos magoamos, concluiríamos que não é sábio aceitar essa situação. Afinal, se não merecemos determinada ofensa, porque sofrer por elas?Aceitamos sofrer ingratidão porque exigimos dos outros uma troca de favores; eu sou bom com você e, portanto você deve ser bom para comigo. Entretanto, o bem deve ser praticado por acreditarmos que essa é a nossa melhor ação, independente da pessoa que recebe. Se não exigimos mais do que nos podem dar, evitamos acumular mais mágoas em nossa mente.

Também é importante que desenvolvamos uma ação efetiva para nos livrar das mágoas já acumuladas e é nesse ponto que o cultivo do perdão se faz mais necessário e, porque não dizer, mais difícil. Como simplesmente esquecer não é possível, podemos criar estratégias mentais para reeditar os fatos que nos fazem sofrer. Isso é possível a partir da busca sincera do lado positivo das pessoas e das situações a fim de amenizarmos seus atos. Acrescentando sentimentos positivos como o da compaixão fica mais fácil compreender que todos nós somos passíveis de erros e que ninguém pode ser feliz fazendo os outros sofrer. Quem magoa sofre muito mais que o magoado; pelo mal ou pela ignorância é sempre infeliz.

A ideia é fazer uma faxina mental através do exercício de acrescentar um sentimento bom a um ruim até que o primeiro prevaleça e que passo a passo possamos nos livrar de nossas “sujeiras mentais” assim como realizamos a higiene do nosso corpo. E assim, livres das mágoas poderemos nos enquadrar na célebre citação latina “Mens sana in corpore sano”, isso é: “Uma mente sã num corpo são”.

Perdoar é, acima de tudo, livrar-se do mal, mantendo a saúde e a boa disposição na vida!

 

A Terapêutica do Perdão2012-05-22T13:04:52+00:00
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