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Tragédia na Escola – É hora de reavaliar a Educação no Brasil

*por Suely Buriasco

Durante toda a semana o país chocado chorou e se solidarizou com a dor dos familiares das crianças mortas na Escola Municipal Tasso da Silveira no Rio de Janeiro.
Os especialistas que se manifestaram publicamente parecem ser unânimes na conclusão que existem muitos fatores perturbantes envolvidos na mente doentia daquele rapaz. Longe de ter pretensão de explanar sobre esses fatores, muito menos de justificar, ou apontar como fator preponderante, penso que as dificuldades desse ex-aluno na escola é fator importante no planejamento e execução de seu plano macabro.
Repensar o papel da educação na escola tem nesse infeliz episódio, mais uma razão de acontecer. A valorização da educação como acompanhamento imprescindível no crescimento da criança precisa ser revista, afinal educar é muito mais que transmitir conhecimento. Há que se avaliar não apenas a aquisição do conhecimento, mas também a evolução psicológica dos alunos. Nossas escolas não estão devidamente habilitadas para esse trabalho no qual a criança teria muito mais proximidade com seus educadores.
O bullying escolar é uma realidade gritante e embora já existam campanhas contra essa violência comum nas escolas, muito pouco ainda se tem feito. Faz-se urgente o desenvolvimento de um projeto impactante, capaz de movimentar os núcleos escolares no sentido de encontrar um caminho de harmonia nos relacionamentos tanto entre alunos, como desses e seus professores. Havendo comunicação eficaz entre os membros da escola fica muito mais fácil detectar problemas emocionais causados por mentes doentias ou mesmo, por consequência de bullying. Alunos que apresentam problemas de aprendizagem, bem como de relacionamento, necessitam de cuidadoso acompanhamento psicológico. Dessa forma o processo educacional só tem a ganhar, assim como toda a sociedade.
O relacionamento mais próximo e amigável promoveria um ambiente mais propenso a conter ímpetos violentos, além de preparar os alunos para viverem em sociedade. Essa medida profilática pode não conter mentes desvairadas como a do rapaz responsável por tamanha tragédia, mas, certamente, poderia evitar sua manifestação.
Muito ainda há de ser analisado sobre o que é indispensável fazer para que crueldades como essa não voltem a acontecer, pois, lamentar é humano, todavia por si só não oferece proteção para as nossas crianças.
As mortes na escola de Realengo, bem como a dor dos familiares não pode pairar simplesmente como trágica e triste notícia!

 

2011-04-12T15:09:19+00:00
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