É difícil que alguém possa dizer que nunca sentiu carência afetiva, afinal, sentir falta de um abraço, uma palavra de carinho, um apoio de alguém faz parte da condição humana. O grande problema é quando a pessoa passa a desacreditar da possibilidade de ter esse tipo de contato com alguém e se sente sozinha e insegura na maior parte do tempo. Carências afetivas ou emocionais, de forma geral, provocam grande sofrimento.
Se você está muito carente e dependente emocionalmente, seu relacionamento pode entrar em área de risco.
Assim vale a pena fazer algumas reflexões:
1 – Busque definir a origem de seus sentimentos
É comum trazermos carências da infância quando de alguma forma nos sentimos rejeitados ou inseguros. As vivências nessa primeira fase da vida marcam de forma efetiva a vida do adulto. Com uma autoanálise será possível reconhecer muitas das emoções que sentimos hoje, mas que tiveram origem em situações do passado. Definir isso é um passo importante no caminho de nos conscientizarmos de que precisamos nos livrar de sensações que no presente não fazem mais sentido algum.
2 – Evite transferir emoções de situações passadas
Quando não aprendemos a lidar com carências da infância ou mesmo de um relacionamento anterior, contaminamos as situações presentes e colocamos em risco o relacionamento atual. Quanto mais nos livrarmos de mágoas, traumas e ressentimentos, mais satisfeitos ficaremos com a vida – portanto é um trabalho urgente. Busque renovar pensamentos e reciclar mágoas o mais rápido que puder. Esquecer pode não ser possível, mas deixar de sofrer e criar novos sofrimentos são possibilidades viáveis e muito sadias.
3 – Cuidado com reclamações constantes
Não há qualquer dúvida do quanto as carências podem ser negativas na vida das pessoas. Nenhuma relação pode ser sadia quando as reclamações se avultam e tomam lugar do prazer de estar junto. Pessoas carentes costumam cobrar demais do parceiro por sentirem que sempre falta algo importante no relacionamento. Reclamam atenção constante, normalmente são ciumentas e solicitam a presença do outro em todos os momentos. Assim, renovar palavras e atitudes é fundamental para mudar esse quadro e desenvolver a autoconfiança necessária para livrar-se das próprias carências.
4 – Converse com seu parceiro(a)
Pode ser que você constate que suas carências estão sendo alimentadas pelas atitudes de seu parceiro(a); nesse caso o diálogo se faz premente. É preciso esclarecer quais são as atitudes do cônjuge que alimentam as suas carências, mas é importante que seja de forma que ele não entenda como crítica. O verdadeiro diálogo tem o poder de unir o casal, pois promove o entendimento.
5 – Abasteça-se de amor por você mesmo
No artigo “Você sabe lidar com a carência?” publicado no site “Personare” a psicoterapeuta Célia Lima recomenda: “Valorize suas qualidades e aprenda a reconhecer as coisas legais que você faz, a pessoa bacana que você é!”.
Para cuidar de sua relação, cuide primeiramente de você mesmo. Aprenda a lidar com suas carências e desenvolva autoconfiança. Buscar ajuda profissional, muitas vezes, é o mais recomendável.