Divaldo Franco: O homem que semeou estrelas e colheu luz
admin2025-05-14T18:16:29+00:00Na madrugada do dia 14 de maio de 2025, aos 98 anos, desencarnou em Salvador (BA) o médium, orador e educador Divaldo Pereira Franco, uma das figuras mais respeitadas no Brasil e no mundo. Natural de Feira de Santana (BA), dedicou sua vida a servir ao próximo por meio da palavra, da escrita e da ação incansável na caridade. Fundador da Mansão do Caminho e responsável por uma extensa produção doutrinária, Divaldo partiu deixando um legado imensurável de luz.
Algumas vidas são tão grandiosas que parecem ultrapassar os limites do tempo. São existências que se tornam pontes entre o céu e a Terra, iluminando caminhos e tocando corações com uma força que a simples razão não explica. Assim foi — e será sempre — a vida de Divaldo Franco. Orador admirado por sua eloquência e profundidade, percorreu todos os estados brasileiros e mais de 70 países, levando o consolo e os ensinamentos da Doutrina Espírita a milhões de pessoas. Sua missão, no entanto, ultrapassou a tribuna e os livros.
Divaldo viveu a caridade de forma integral. Ao lado de Nilson de Souza Pereira, fundou em 1952 a Mansão do Caminho, obra social localizada no bairro de Pau da Lima, em Salvador. O que começou com a acolhida de crianças órfãs e abandonadas transformou-se em um verdadeiro complexo educacional e assistencial. Além das inúmeras crianças atendidas, mais de 600 filhos adotivos passaram por seus braços e pelo coração desse homem que escolheu ser pai da alma. Hoje, a Mansão atende diariamente milhares de pessoas, oferecendo desde creche e ensino formal até serviços médicos, odontológicos e orientação espiritual.
Sua atuação é inspirada na mentora espiritual Joanna de Ângelis, com quem manteve, por meio da mediunidade, uma profunda conexão. Juntos, escreveram dezenas de obras que abordam temas como autoconhecimento, psicologia espiritual, fé e ética universal — textos que seguem auxiliando pessoas no mundo inteiro a compreenderem suas dores e transformá-las em aprendizado. Divaldo semeou estrelas — como ele dizia — ao plantar amor nos corações e fé nos caminhos. Sua presença serena, sua escuta generosa, sua dedicação inabalável ao bem fizeram dele uma referência não apenas para os espíritas, mas para todos os que buscam fazer da própria vida um instrumento de paz.
Na partida desse homem extraordinário, não nos resta apenas a saudade. Resta-nos o compromisso. O compromisso de transformar nossas dores em serviço, nossas dúvidas em fé, nossas ações em amor.
Até logo, Divaldo!
O mundo espiritual se abre em festa para receber aquele que, por tanto tempo, foi instrumento de luz entre nós. E aqui, entre lágrimas e gratidão, seguimos guiados pela claridade que você deixou — inapagável, como escreveu Joanna de Ângelis, sua fiel companheira de missão.
Você não se foi. Apenas voltou para casa. E deixou em cada um de nós a certeza de que vale a pena viver por um ideal.