Por Suely Buriasco
Vivemos um momento de manifestações pela mudança de nosso país, as ruas clamam pelo acordar do “gigante”. Alguns ainda se mostram descrentes; eu pessoalmente prefiro sempre a visão otimista da realidade. Claro que não teremos mudanças tão rápidas quanto necessitamos, mas o fato do povo se fazer ouvir é algo que estava meio esquecido em nosso país; sem dúvida é estimulante!
Quando me perguntam se eu acredito que o Brasil vai melhorar, eu respondo “claro”! Não dá para ficar só se lamentando, se olharmos para a história de nosso país concluiremos que sim, estamos melhorando. Não é uma evolução em linha reta, como seria o ideal; são muitos os altos e baixos, mas existe progresso, eu não tenho dúvidas disso.
Penso que todos temos responsabilidade de trabalhar por essa melhoria que desejamos; cada um dentro de sua aptidão e possibilidade pode fazer a diferença nesse sentido. Eu acredito na mudança pela educação de comportamento nos adultos que se reflita na educação da criança. Nossos comportamentos designam a forma como olhamos o mundo e, certamente, influenciam os que convivem conosco.
Assim, vale refletir: “O que tenho feito de prático para que meu país seja mais ético e justo? Eu tenho sido? Tenho ensinado maneiras éticas e justas de viver? Tenho influenciado as pessoas dessa forma?”
É importante observar que quando trazemos para nós mesmos a responsabilidade temos poder de execução, mas quando apenas esperamos que os outros façam nos perdemos na inatividade das lamentações.
Claro que cobrar dos governantes além de direito é um dever, no entanto há que ser uma cobrança consciente, afinal, estamos numa democracia e ser ético também inclui ter discernimento no momento do voto. As manifestações desse ano comprovaram que surte efeito exigir nossos direitos, desde que saibamos como fazê-lo. Refiro-me a uma contrapartida do tipo, exigir o fim da corrupção, mas evitá-la na própria vida também. Ser honesto, leal, trabalhador e transmitir essas qualidades para a família, amando e sendo amado; aprendendo e ensinando. Porque não basta agir bem no mundo e não agir da mesma forma junto ao núcleo familiar.
O futuro do Brasil está, como sempre esteve, nas mãos dos brasileiros. Vamos lá fazer a diferença!