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Como pais e educadores podem tornar o “rolezinho” a porta de entrada para o diálogo com os jovens?

Por Suely Buriasco

FRASEEssa história de “rolezinho” sem dúvida já deu muito que falar e não é por menos, afinal o evento descortina um comportamento da juventude que precisa ser mais bem avaliado. Não se trata de protesto, nem de vandalismo, embora o movimento favoreça essas práticas. A ideia é um encontro diferente, irreverência e distração.

Mas o que realmente me chama atenção no movimento é a liderança de jovens que promovem esses encontros pela internet. São meninos e meninas que possuem quantidades surpreendentes de seguidores nas redes sociais e que pregam o consumismo e a vaidade sem limites. O que se evidencia é moda, desde que seja de marcas famosas, beleza física e a sensualidade sem limites. É tanta futilidade que espanta, principalmente nessa faixa etária em que tudo o que eles precisam é de orientação.

O que faz tantos jovens seguirem esse tipo de padrão? Qual o interesse que os move a esse tipo de pensamento e atitude? Isso é realmente diversão? Falta de ídolos que acrescentem algo de positivo em suas vidas? Essas e outras muitas questões precisam ser levantadas por pais e educadores, pois representam atitudes que comprometem a noção de vida dessa juventude.

Penso que toda essa polêmica envolvendo os “rolezinhos” deve ser um bom tema de discussão nos lares e escolas: preconceito, descriminação, futilidade, crenças e valores. É preciso ouvir nossos jovens para saber quem são os seus ídolos e qual os interesses deles; o que eles acham de movimentos assim e no que eles acreditam. Afinal, a banalização de conceitos pode representar grande prejuízo para a educação, comprometendo o futuro dessa geração.

É imprescindível conhecer o perfil de nossos filhos, antes que nos surpreendam em atitudes reais. Só a partir disso será possível entendê-los e orientá-los de forma que reconheçam o que realmente é importante para a construção de uma vida plena e saudável.

2014-01-29T19:21:23+00:00
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