É preciso que se deixe claro que a paz não é, simplesmente, o contrário da guerra, mas a prática da não-violência para resolver conflitos. Isso inclui o diálogo e a empatia na relação entre pessoas. Pressupõe a dinâmica da cooperação, quebrando o paradigma de competição tão acirrado em nossa sociedade. Implica na promoção de conceitos que anunciem valores efetivos à favor de uma convivência harmoniosa diante das diferenças que são naturais. Paz não é o fim dos conflitos; é aprender a lidar com eles de forma positiva.
Construir a Cultura da Paz na escola envolve dotar crianças e adultos da compreensão dos valores considerados pilares do manifesto da UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. São eles:
- Respeitar toda forma de vida;
- Rejeitar a violência;
- Ser generoso;
- Ouvir para compreender;
- Preservar o planeta;
- Redescobrir a solidariedade.
Para implantar a Cultura da Paz na Escola é preciso oferecer recursos para o manejo de conflitos no ambiente escolar, capacitando gestores educacionais na mudança de paradigmas que propõe e amplia uma nova maneira de interação social na escola. É a busca por viver a reflexão de Mahatma Gandhi: “Não existe um caminho para a paz. A paz é o caminho”.
Transformar o ambiente escolar é um poderoso desafio que, obrigatoriamente, sai dos muros da escola e se projeta para a família, para a sociedade. Por isso a importância de preparar todos os colaboradores. É fundamental que seja formado um núcleo que opere efetivamente através de estratégias pensadas, propondo atividades a serem realizadas dentro e fora da sala de aula que expressam os sentimentos e dialoguem com a realidade de cada um e de todos.
Vale lembrar que só transforma quem não se conforma.