Por Suely Buriasco
Uma história de amor mostrada no Programa Fantástico, da Rede Globo, emocionou muito gente. E não é para menos, o vídeo que “viralizou” nas redes sociais é uma prova de que o amor incondicional, aquele que tanto se aspira, não é apenas uma possibilidade: “Para o amor, não existe montanha alta o bastante, não existe caminho difícil demais, não existe desafio impossível, não existe um horizonte que não possa ser alcançado”.
Os relacionamentos, de forma geral, têm papel primordial para a satisfação humana. Claro que a pessoa pode não viver um relacionamento amoroso e se sentir bem assim, isso porque outros relacionamentos, como de pais, filhos e amigos, por exemplo, talvez sejam satisfatórios o bastante. O fato é que relacionar-se bem é um quesito importante para o nosso bem-estar e deve ser tratado com cuidado e atenção genuína.
O problema surge quando esperamos que o amor aconteça do nosso modo; quando não entendemos que as pessoas amam da forma que sabem amar e também demonstram de seu próprio jeito. Essa questão costuma ser ainda mais pungente na vida amorosa, sujeita a cobranças infindáveis, cada um quer moldar o outro e sente rejeição porque isso não acontece. Nesses casos o que fica evidente é que o problema não está no relacionamento e sim naquele que não amadureceu o bastante para compreender a pessoa amada como ela é.
Não corresponder às expectativas não é falta de amor, mas exigir perfeição está muito próximo disso. Ninguém é perfeito, consequentemente, nenhum relacionamento pode sê-lo. O relacionamento do vídeo também não é ideal, o que faz a diferença é a aceitação de que é possível amar e ser amado, embora todas as deficiências físicas e morais que cada um pode apresentar. Portanto qualquer união pode ser favorável desde que os pares decidam se aceitarem e juntos busquem maneiras saudáveis de interação.
Com exceção aos atos que afrontem os valores morais de cada um, bem como a violência em qualquer manifestação, tenho observado, com o meu trabalho, que muito pode ser feito antes de concluir-se pelo fim do relacionamento. Boas estratégias, mudanças de comportamento e uma boa dose de paciência são medidas oportunas que promovem a harmonia e aumentam os níveis de satisfação no relacionamento.
O fato é que o amor pode ser vivido em sua plenitude, basta que as pessoas se decidam por isso e coloquem em prática as mudanças e adequações necessárias.