Refletir sobre a maternidade é, a meu ver, a grande função de termos no calendário um dia dedicado às mães. Muito merecido já que ser mãe é uma missão difícil num mundo onde a mulher assume cada vez mais responsabilidades.
Mas, seria o amor materno realmente diferente das demais? É, sem dúvida, uma forma de amor com qualidades especiais. Acredito que, na verdade, é um exercício para o desenvolvimento de um sentimento superior. Um exercício porque ao contrário do que lhe foi imposto, a mulher não nasce mãe, ela precisa desenvolver em si o sentimento da maternidade. A mãe é um ser humano em trânsito evolutivo, como qualquer outro. Pode ser alguém com grandes dificuldades de relacionamento interpessoal. Pode até ter um espírito agressivo, inferior, mau. Essa individualidade, ao se tornar mãe, não se transformará em anjo imediatamente. Os noticiários estão sempre a provar isso, infelizmente.
O amor maternal, sendo atributo da alma, pode se manifestar mesmo onde não haja laços consanguíneos. É assim que muitas mulheres direcionam esse sentimento a seres que não se formaram em seu organismo, como enteados, sobrinhos e filhos adotivos. A mãe adotiva pode amar seu filho tanto ou mais que a mãe biológica, porque o desenvolvimento do senso da maternidade tem grande amplitude.
Mães não são seres perfeitos! Assim, a mulher deve procurar sempre analisar sua relação com os seus filhos, observando os aspectos negativos da sua personalidade que possam afetá-los. Deve ser capaz de reconhecer o erro e pedir desculpas. Não podendo exigir de si mesmo um desempenho perfeito, mas trabalhando para dar aos filhos o que tem de melhor. Isso depende da vontade!
É realmente difícil definir o que seja uma boa mãe, mas penso que seja importante para a reflexão que nos propomos. Assim, uma boa mãe é aquela que consegue, mesmo diante das dificuldades do dia a dia, ter afeição para doar, dizer palavras de incentivo e apoio, ouvir com atenção o filho, dialogar sobre as dificuldades dele, reconhecer os próprios erros quando os comete e sentir alegria na interação familiar.
Que possamos refletir em nossos papeis de mães e de filhos, procurando analisar o que temos feito a favor de um relacionamento satisfatório e que, realmente, traduza a gratidão que devemos aos seres que se superam no ofício da maternidade. Felicidades, Mães!