Em dias de Olimpíadas o foco está nos jogos, nos atletas e, claro, em seus treinadores. A figura daquele que dirige as atividades das equipes ou de apenas um atleta é fundamental para o seu desempenho. Treinar é uma tarefa de grande responsabilidade que exige o conhecimento de táticas e estratégias; ações, dentro e fora do jogo, que envolvem muita persistência e liderança. O treinador tem o seu trabalho como missão, além de ensinar sabe que precisa apoiar e incentivar seus pupilos tanto profissionalmente, como pessoalmente.
E o que é um pai senão um treinador de seus filhos para a maior Olimpíada que existe? A correlação me parece oportuna e muito esclarecedora. Desde que os homens descobriram os prazeres da paternidade, estão cada vez mais interessados em encontrar formas de participar mais ativamente na educação dos filhos. Educar para a vida exige aprendizado de métodos que são transmitidos com palavras, mas principalmente com atitudes que façam efeito construtivo na vida dos filhos. Ser pai exige devotamento constante e muito senso de responsabilidade.
Todo bom treinador é um peripatético, ou seja, usa o método de ensino relacionado com a escola de Aristóteles que fundamentalmente significa: “que ensina passeando”, isso é, leva o conhecimento como um ambulante ou itinerante. A figura paterna tem grande importância no desenvolvimento dos filhos, pois, representa um padrão de comportamento. Um pai consciente ensina através de seus exemplos, enquanto caminha pela vida; suas ações direcionam e amparam seus filhos que o terão como modelo seguro. Um pai educador ajuda seus filhos a obter as habilidades necessárias que os faculte encontrar excelência física e psicológica para que se desenvolvam emocionalmente saudáveis.
Claro que treinadores não acertam sempre; pais também não. Aliás, é preciso esquecer a perfeição quando nos referimos ao ser humano. Mesmo considerando como parâmetro a importância do treinador na vida do atleta, o pai como treinador de almas, que desempenha com disciplina e amor o papel de educar seus filhos, tem responsabilidade inúmeras vezes maior. É por isso que os pais que tentam, a seu modo, dar o melhor de si pela felicidade de seus filhos, devem ser enaltecidos e respeitados. Sejam eles os pais biológicos ou não, aqueles que representam a figura paterna são sempre dignos de amor e gratidão.
Pais são os treinadores que comemoram cada medalha conquistada por seus pupilos, são aqueles que estão na espreita, nos bastidores, mas que fundamentalmente são o apoio, o alicerce, a segurança de seus filhos diante das competições da vida.
Suely Buriasco
Mediação e Coaching