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Paternidade – Doce e Reveladora Missão!

Por Suely Buriasco

Não há como negar que a paternidade tem sofrido implacável revisão de seu papel no mundo contemporâneo. A cultura patriarcal reservou ao pai um lugar acima da trama doméstica constituída, sobretudo pela mulher e pela criança, mas, felizmente, esta situação vem-se modificando.

A missão que ora se reserva ao pai é muito mais ampla e compensativa; o “pai provedor” deu lugar ao “pai participativo”. Seu papel já virou uma máxima: “Não basta ser pai, tem que participar”! A figura paterna ganha novo contorno no processo de desenvolvimento da criança e as trocas afetivas e da convivência denotam uma imagem muito mais positiva na vida dos filhos. Compreende-se hoje a necessidade do par conjugal adulto, ou seja, pai e mãe, na construção da personalidade da criança.  A educação dos filhos, antes de responsabilidade única da mãe, estende-se ao pai de forma igualmente determinante.

Nesse novo modelo familiar todos têm a ganhar representando uma divisão mais equânime e justa. Afinal, não se podem descartar as mudanças no papel da mãe que também absorveu parte da responsabilidade em suprir as necessidades materiais do lar. Assim, a participação efetiva da figura paterna na educação dos filhos representa grande avanço na sociedade familiar. A imagem distante e temerosa transforma-se na presença de alguém que se pode contar e isso faz toda a diferença na vida dos filhos, principalmente quando começam a questionar valores para a formação da própria personalidade.

Se por um lado o homem encontra maior satisfação nessa relação, também é verdade que se defronta com um grande desafio; manter a autoridade paterna. Ser amigo e ao mesmo tempo impor limites tem sido um aspecto complexo desse novo paradigma que está sendo construindo. Deixar de ser autoritário, sem perder a autoridade tão necessária para que os filhos não percam a segurança. Ser afetuoso mantendo o modelo masculino sem qual a criança pode ter a educação extremamente prejudicada. Esses são alguns dos aspectos que representam as dificuldades da paternidade na atualidade e que merecem atenção redobrada.

O ponto de equilíbrio é uma descoberta individual, mas pode ter por auxílio a definição de que a autoridade se constrói pelo diálogo e pelo exemplo. Sem dúvida a imagem positiva é a maior herança que o pai poderá transmitir para o filho. O diálogo afetuoso e franco, onde um ouça o outro com respeito é a medida certa para a edificação da confiança; elemento primordial na formação do caráter do filho. E é bom que se observe que essa participação independe de pai e filho morarem juntos ou não; pais separados podem e devem manter os elos de amizade e respeito; pois os filhos precisam da convivência de um e de outro.

Homenageando meu pai Célio e o pai dos meus filhos Mário Sérgio, parabenizo todos esses bravos homens que enfrentam o desafio dessa doce e reveladora missão, desejando-lhes sucesso e grandes compensações!

2012-08-07T19:59:47+00:00
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