Suely Buriasco
Pantera Negra é o filme do momento, estreou no mês passado quebrando recordes de bilheteria. O que ele tem de diferente dos outros filmes de Super-heróis são as referências à igualdade racial, além do empoderamento feminino. A história coloca em relevância a influência da mulher apoiando e protegendo o guerreiro, tanto intelectualmente como fisicamente.
No país imaginário de Wakanda é uma mulher quem coordena a área tecnológica. O general é uma mulher e as mulheres guerreiras compensam a força física pela estratégia de luta. Como nas outras histórias também tem a mocinha, paixão do super-herói, mas ela não tem nada de frágil. Basicamente esse filme retrata uma mudança importante no comportamento social, principalmente em relação à valorização do poder feminino.
Ontem e hoje, a mulher trabalha em dupla jornada: dentro e fora do lar. Realmente avançamos, mas ainda falta muito. Exemplo disso é um estudo recente, divulgado mês passado pela InfoMoney, comprovando que empresas com mulheres na liderança lucram mais. Apesar disso a participação das mulheres em cargo de liderança ainda é pequena. Outros estudos comprovam que as mulheres ganham menos que os homens em todos os cargos. E, embora se destaquem pela capacidade e dedicação em todas profissões, ainda sofrem discriminações tenazes. Os dados estão ai e contra fatos não há argumentos.
No entanto, é importante que se destaque que aos homens e às mulheres são dados deveres especiais, igualmente importantes. Homens e mulheres são seres humanos iguais com especialidades diferentes. Sem grau de superioridade; apenas diferentes! Por isso prefiro o termo equidade que pressupõem considerar as características e individualidades de cada um, buscando direitos sociais iguais.
Nas palavras do filósofo espanhol Julian Marías, a “única igualdade entre os sexos é a essencial dependência que um tem do outro” – e é disto que fala a equidade. A equidade valoriza as diferenças entre os sexos, entendendo que homens e mulheres têm especialidades complementares.
Ultrapassar tantas barreiras e ainda conservar a graça e a harmonia não é tarefa simples. A missão feminina de mãe, esposa, do lar e na sociedade acumula papeis de grande relevância e, muitas vezes, tão pouco reconhecidos. Eu fico pensando nas dificuldades que enfrentaram as mulheres que marcaram época e desbravaram os caminhos da equidade para que hoje tivéssemos acesso mais justo em nossa sociedade e o quanto precisamos nos envolver em coragem para continuar essa caminhada.
Mulher – Não importa se as pessoas não estão vendo o seu sacrifício, faça o que é certo, cumpra a sua MISSÃO mesmo que ninguém a considere. Essa é a sua GLÓRIA!