Comunicação Positiva e seus efeitos nos relacionamentos
admin2021-09-09T21:17:40+00:00CLIQUE AQUI e inscreva-se na palestra gratuita que vai acontecer no dia 15 de setembro, às 19h, através do zoom.
CLIQUE AQUI e inscreva-se na palestra gratuita que vai acontecer no dia 15 de setembro, às 19h, através do zoom.
No dia 12 de março de 2020 fui empossada, no Senado Federal, em Brasília, “Embaixadora da Paz” pela Federação para a Paz Mundial – UPF.
Mais do que um reconhecimento, esse título aumenta a minha responsabilidade e determinação por trabalhar pela Cultura da Paz em toda a sua abrangência.
Agradeço ao Dr Neudir Simon Ferabolli, Presidente, e a Sra Eliza Ferreira, Relações Pública da UPF Brasil pelo título. Agradeço ainda ao Embaixador da Paz Senador Eduardo Girão e todo o seu gabinete. Pessoas gentis e comprometidas.
Meu coração é pleno de gratidão e jamais poderia deixar de agradecer a minha base, primeiro Deus e depois a minha família que esteve representada por meu esposo Mário Sérgio. A paz é ação – uma construção contínua e colaborativa. Por isso estar entre pessoas com ideais afins envolve a minha alma de alegria e esperança.
Tenham a certeza de que esse título, mais do que um reconhecimento, inspira a responsabilidade de trabalhar ainda mais por um mundo mais pacífico e justo.
Afinal, é sobre brilhar, mas sobretudo, iluminar.
Muito obrigada a todos vocês que se alegram com a minha alegria!
Dar o melhor de nós para viver de forma plena e intensa os bons sentimentos junto com os nossos afetos é o que dá sentido para a vida. Tudo à favor em querer ser feliz, em cultivar momentos que nos sublime a alma, junto com os eleitos de nosso coração, mas o que percebemos é que, muitas vezes, não agimos de forma coerente ao resultado que buscamos.
O verso de Vicente de Carvalho provoca profunda reflexão ao se referir a felicidade: “Existe, sim: mas nós não a alcançamos. Porque está sempre apenas onde a pomos. E nunca a pomos onde nós estamos”. O fato é que somos os construtores de nossa vida e assim os responsáveis por fazê-la mais agradável e feliz. Quando trazemos para nós essa responsabilidade as possibilidades se ampliam e transformamos dificuldades em desafios.
Atualmente parecemos viver uma ditadura pela felicidade, as pessoas querem ser feliz a qualquer preço e dessa forma acabam se sentindo cada vez mais insatisfeitas, vazias, inúteis. As redes sociais contribuem para a relevância da aparência, do mostrar o que não se é e o que não se tem. Essa concorrência causa danos emocionais intensos e transforma pessoas em escravos de um sentimento que deveria trazer paz, tranquilidade. Tamanha inversão da felicidade “a qualquer preço” pode provocar tudo, menos real satisfação.
Felicidade é sentimento, tem a ver com o nosso mundo interior, nossas aquisições espirituais e realizações pessoais. Ninguém pode ser feliz sem, inicialmente, amar a si mesmo e autoestima vai muito além de aparências. Muitas pessoas bonitas, famosas e de boa condição financeira, que fazem lindas viagens e divulgam o quanto suas vidas são maravilhosas, na verdade possuem a alma doída por difíceis situações ocultas. Felicidade não se aparenta, por si só ela se expande, porque quem é realmente feliz se preocupa em inspirar esse sentimento para mais pessoas.
É preciso entender que felicidade não é um estado de humor contínuo; essa busca desenfreada beira a insanidade. Todos temos nossas dificuldades, perdas irreparáveis que nos causam dissabor e tristeza. Você pode ter um bom dia, chegar em casa feliz e se deparar com uma notícia que lhe cause tristeza, mesmo não atingindo diretamente você. Além de nossas próprias dificuldades, difícil não nos sensibilizarmos com a dor alheia. O fato é que ninguém é totalmente feliz o tempo todo.
Nossa busca pela felicidade precisa ser serena, pautada na conscientização de que satisfação genuína é um trabalho árduo, que exige dedicação, resiliência e grande força de vontade. Ser feliz não é uma tarefa fácil, pois é o resultado de outras aquisições, tais como: tolerância, aceitação, paciência, coragem, fé e gratidão.
Parafraseando o poeta: Felicidade existe sim, desde que desenvolvida em nós mesmos e expandida para os nossos relacionamentos.
As pessoas costumam associar o conflito com a falta de comunicação, mas o que realmente provoca o conflito é o excesso desordenado e violento de comunicação. Você pode desencadear um conflito com um olhar, um gesto, uma fisionomia, que são processos de comunicação não verbais, mais que podem conter tanto ou até mais violência do que a fala. E pior: é através desse tipo comunicação agressiva que se alimenta o conflito e o transforma em briga, com consequências que podem ser muito graves, prejudicando todos os envolvidos.
A relação conflito e comunicação tem sido estudada há alguns anos e já é possível afirmar a interdependência desses dois fatores na vida humana. O psicólogo americano Marshall Rosenberg desenvolveu uma pesquisa que chamou de CNV – “Comunicação Não Violenta” que se transformou também em um livro. A pesquisa desenvolveu uma série de técnicas para aprimorar os relacionamentos, baseadas no desenvolvimento da comunicação eficaz, ou seja, a forma de realmente entender e sermos entendidos.
Isso tem grande importância na vida de qualquer pessoa, pois, somos seres sociais e interagimos através da comunicação, assim, a forma como o fazemos é que determinará o sucesso ou o fracasso em nossos relacionamentos. E não nos iludamos quanto o efeito disso na nossa própria satisfação; ninguém é feliz sozinho e muito menos realizado, se não consegue manter bons relacionamentos.
Algumas dicas podem facilitar o desenvolvimento da comunicação clara e convincente:
Esses fatores aliados à sabedoria do equilíbrio e bom senso são fundamentais para o entendimento de qualquer situação e entre quaisquer pessoas, independente de qualquer tipo de diferença. Com isso os conflitos, que são processos naturais, tomam a direção do entendimento e as pessoas ganham em todos os sentidos; sem dúvida um processo muito inteligente.
A efetivação desse conceito gera a maior transformação que o ser humano é capaz de operar em si mesmo e, ainda, o prepara para promover a transformação do mundo que vivemos.
Sempre me emociona ouvir a música “Perfect” na voz de Ed Sheeran. A melodia eleva minhas vibrações e a letra desperta minha porção poeta que, muitas vezes, fica em segundo plano. Essa doce melodia acaba me transportando mentalmente para um lugar lindo onde danço sozinha com os pés na grama macia. Nossos “lugares mentais” são oásis onde podemos relaxar e nos energizar. Esses lugares existem, são perfeitos, criações que dependem unicamente de quem os desejar.
Dessa vez preferi me manter de frente ao computador para refletir sobre essa perfeição que aspiramos e que, na verdade, só existe em alguns breves momentos em nossos pensamentos. Quem busca perfeição em pessoas e situações sempre acaba se desiludindo e, ainda pior, se revoltando. Até porque mais do que vivemos, nós convivemos, e o que é perfeição para um pode não ser para o outro. Acredito que aceitar a perfeição como sendo uma ilusão pode ser muito saudável, pois nos motiva a aceitar situações e pessoas, buscando mudar exclusivamente aquilo que nos é próprio.
Viver é muito mais do que sonhar, é agir e esperar o tempo necessário. Como se fosse uma safra, há o plantio e o tempo para a colheita. É, essencialmente, uma busca de aperfeiçoamento pessoal e social, já que também temos nossas cotas de responsabilidade com o meio em que vivemos. Acontece que essa “safra” é contínua. Sempre é preciso agir e aguardar os resultados. Citando Luís Fernando Veríssimo: “Quando a gente acha que tem todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas”.
Nunca estamos prontos, passamos por situações e vamos aprendendo com elas. As pessoas que amamos são as que têm maior potencial de nos ensinar, porque são elas que nos decepcionam e nos inspiram a nos reinventar. Não dá para ter a resposta pronta, o máximo que podemos fazer é querer aprender sempre, nos esforçar e fazer o que podemos, o que entendemos que precisa ser feito. É preciso aceitar que esse entendimento também vai mudar, vai se ampliar e, muitas vezes teremos que nos perdoar. Nesse processo evolutivo precisamos compreender nossos atos do passado, afinal não pensávamos como pensamos hoje.
Assim é a vida… A gente vai vivendo e aprendendo. Um movimento de ser a cada dia melhor do que se foi ontem. Essa é a essência e aí está a beleza.
Suely Buriasco
“Nada é impossível”, “se você quer, você consegue”, “perdeu a batalha, mas não perdeu a guerra”. Essas são algumas frases que vemos correr fácil por aí, passando a impressão de que tudo depende de você e, se não aconteceu, faltou algo de sua parte. Motivar é importante, mas é preciso ter discernimento, afinal viver é enfrentar desafios e, importante mesmo, é estar preparado para os altos e baixos naturais.
Já assisti pessoas em êxtase cair no mais baixo ânimo por não conseguirem realizar seus planos. Sentem-se culpadas pelo que não deu certo, incapazes e inferiores. Isso é muito preocupante! Vivemos um tempo em que as pessoas tem obrigação de fazer tudo dar certo e de ser felizes. Isso também tem se manifestado muito fortemente em nossos jovens. Especialistas alertam para uma geração que não aceita ser contrariada, que não sabe enfrentar suas expectativas fracassadas.
A verdade é que grande parte de nossos planos não se realizarão da forma como desejamos, mesmo que nos esforcemos, afinal muitas coisas não dependem apenas de nós mesmos. Compreender que tem coisas que a gente só precisa aceitar e seguir “tocando a vida” é questão de amadurecimento.
Nem tudo vai dar certo…
A ideia desse estudo que se transformou em palestra é abordar a inteligência emocional como forma de desenvolver bons relacionamentos consigo mesmo e com o outro. A ideia é mostrar que é possível aprender a lidar com as frustrações, encontrando assim forças e motivação para fazer o seu melhor. Afinal de contas ninguém é obrigado a fazer tudo para que algo “dê certo”, o papel de cada um é fazer o máximo, dando o melhor de si mesmo.
E vai ficar tudo bem.
Motivação mesmo é superar o desencantamento e seguir fazendo das decepções degraus para o desenvolvimento da paciência e da resignação. Direcionar energias para seguir lutando, mesmo quando tudo pareça estar dando errado.
Manter o pensamento positivo não porque acredita que isso resolve tudo, mas porque entende que isso muda a sua forma de olhar e lidar com tudo. Os estudos da Neurociência podem nos ajudar muito a lidar com decepções e nos manter confiantes.
“Nem tudo vai dar certo… E vai ficar tudo bem” é uma palestra motivacional que vai fazer você pensar no quanto o conhecimento científico pode favorecer a sua vida de modo que você se sinta mais pleno e feliz REALMENTE.
Por Suely Buriasco
Algumas vezes já veio em sua mente a frase: “Não adianta”, certo? Esse pensamento é mais comum do que se imagina. Resultado de um momento de baixa emocional, quando a decepção nos abate. Às vezes é fruto da frustração de nossas expectativas em relação a atitudes de outras pessoas, ou ainda, se revela no momento em que nos deparamos com a nossa impossibilidade de mudar uma situação.
Baixar nossas expectativas em relação aos outros é um aprendizado importante que tem a ver com o respeito e a compreensão. As pessoas são únicas, suas formas de pensar e agir podem ser muito diferentes das nossas. Nos decepcionamos quando não entendemos o pluralismo como forma de convivência e nos abatemos moralmente por não conseguir realizar as coisas da forma como desejamos. Por isso, diante de uma decepção que nos leve a sentir que nada há para fazer, vale observar se, na verdade, o que estamos querendo é impor os nossos próprios conceitos como verdade absoluta. É fundamental lembrar que o respeito às diferenças garante a boa convivência.
Outra coisa é quando nos deparamos com a impossibilidade de mudar situações que causam dor e prejuízo a nós mesmos ou a outrem. Muitas vezes não somos capazes de fazer algo que nos beneficie, também não conseguimos apaziguar a dor de alguém e sentimos o gosto amargo da injustiça. Como gostaríamos de mudar situações que são claramente espúrias, que causam dor e desassossego em nossa sociedade marcada pela desigualdade que esmaga, sufoca e humilha.
Nossas limitações nos injuriam. Por mais que um médico dê o seu melhor, ele não salvará todas as vidas, algumas chagas se manterão abertas e isso, muitas vezes, será fatal. Um operador da Justiça pode idealizar planos de paridade condizentes com a sua ocupação, no entanto, por mais que lute não conseguirá mudar todo um sistema e fazer com que a justiça prevaleça na sociedade dispare em que vivemos. E assim podemos analisar cada situação, cada pessoa em sua área de ação, chegando a um ponto em comum: só se pode fazer aquilo que lhe compete. Quem não aceita as próprias limitações cai em dois engodos: ou se acomoda e legitima as injustiças do mundo ou se revolta e adoece como consequência das tentativas vãs.
Enquanto escrevia essas palavras veio a minha mente o Provérbio Chinês: “Espere com paciência, ataque com rapidez”. Acredito que esse ponto de equilíbrio é o que faz a diferença entre os que muito exigem e pouco fazem e os que aceitam a realidade sem luta.
Maturidade é saber se colocar no mundo como agente transformador, sem se comprometer com as ilusões do poder humano.
Com o passar do tempo vamos mesmo nos tornando mais reflexivos, essa constatação ficou ainda mais clara assistindo ao show do Roberto Carlos. Já assisti vários, já fiquei na “turma do gargarejo”, nunca ganhei uma rosa porque meu foco foi sempre fazer o Roberto olhar nos meus olhos. Verdade mesmo… eu queria que ele soubesse da minha existência e de meu sentimento. Dessa vez o show foi um presente de aniversário e talvez por isso tenha sido diferente dos demais e, diga-se de passagem, muito melhor.
Sentei-me a uma distância privilegiada, nem muito perto que só olhasse para o Roberto, nem tão longe que não pudesse vê-lo. Pude contemplar o palco todo e curti muito. Vi mulheres de todas as idades se encaminharem para frente na hora da distribuição de rosas e percebi que saber da existência dele hoje me basta. Pensei no ser humano que é capaz de seduzir tantas pessoas cantando o amor e a paz e me emocionei. Até quem acha suas canções bregas não encontra muitos argumentos para combater isso: Roberto é o cantor do amor!
Eu gosto da menina que fui e que, de certa forma, ainda sou, mas é incrível constatar que gosto mais de mim agora. É lindo ouvir uma música romântica e sonhar, mas é extraordinário saber separar o ideal da realidade e entender o amor como filosofia de vida. Como afirma o cantor: “Diferente da paixão o amor é um sentimento, está acima da razão e do passar do tempo”. A paixão é só uma chama, o amor é luz que brilha incondicionalmente. Muitos desejam ser amados, mas o que realmente traz sentido na vida é amar.
Também me chamou atenção a forma pacífica de opinar e se manifestar contra a injustiça e a ganância que tantas vítimas têm feito pelo mundo. Ao cantar “Amazônia” Roberto lembrou que seu apelo tem mais de trinta anos, fiquei pensando que muitos estão mais preocupados em culpar políticos de ideologias diferentes ao invés de exigir, de quem quer que seja, a sua preservação. Eu acredito na paz como forma de mudar o mundo, lembrando que paz é ação, nunca passividade. Assim como afirma o rei: “Somente teremos um mundo melhor quando nossos valores estiveram voltados para o milagre da vida!”
Ali de frente aquele palco com tantos efeitos luminosos, ouvindo aqueles músicos incríveis e as canções que embalaram meus anos, senti fortemente o milagre da vida e me envolvi em gratidão. Então pensei que nos momentos de dificuldade, quando a vida parecer me exigir mais do que posso dar, que eu me lembre do quanto tenho a agradecer e me fortalecer. Que as perdas que me machucam sejam abrandadas pela minha fé e que eu faça da alegria o meu escudo.
E como não dá para falar de Roberto Carlos sem lembrar de Erasmo:
“Fé na vida, fé no homem, fé no que virá
Nós podemos tudo
Nós podemos mais
Vamos lá fazer o que será”.
Recebo meu novo ano com fé, amor e gratidão.
Por conta do crescimento do movimento e da busca da regulamentação da profissão no Brasil, muito se tem falado sobre o Coaching. Opiniões positivas e negativas têm se tornado comuns.
Um artigo publicado na Start-Up Magazine afirmou que o coaching é a segunda profissão que mais cresce no mundo. Assim, como coach, acredito que seja importante esclarecer o que o Coaching não faz por você.
O Coaching é ciência e, como tal, não faz prodígios. Então se você acredita que fazendo um curso de uma semana, mesmo acrescido de módulo online e trabalho final, você está pronto para aplicar sessões, devo lhe informar que está muito enganado. O pior é que esse engodo pode ser muito perigoso, afinal atender um cliente (coachee) sem o devido preparo pode provocar um resultado, no mínimo, reverso ao esperado.
O Coaching como profissão exige muito estudo e preparo, uma busca de melhoria contínua, afinal essa é a busca que o coach precisa inspirar no coachee e ninguém dá o que não tem. O Coaching como profissão exige muito estudo e dedicação. Tipo 1% de inspiração e 99% de transpiração. Há que se dispor ao autoconhecimento e crescimento interior.
Vejo alguns anúncios que assustam e provocam escárnio em relação a classe. Hoje tem coach para tudo, o que é muito bom, desde que seja edificado de forma verdadeira e ética. Não dá para prometer que o treino provoque milagre na vida da pessoa. A mudança é difícil para todo ser humano, treinar a alteração de um comportamento não é tarefa fácil. É possível, mas não depende unicamente do treinamento. O coach basicamente tem a função de auxiliar o coachee ou cliente a determinar suas crenças limitantes, a causa do que tem impedido o seu crescimento e, depois, apresentar ferramentas úteis para as mudanças necessárias. No entanto, o uso dessas ferramentas depende, exclusivamente, do coachee. Eu costumo fazer a analogia do treinamento físico; o treinador ensina os exercícios, mas se o cliente não fizer, não terá o resultado físico esperado. É a mesma coisa com o Coaching.
O Coaching não cura traumas, não trabalha com hipnose ou qualquer tipo de terapia holística ou não. É possível que pessoas ligadas à outras áreas acrescentem ferramentas do Coaching em suas ações, mas é preciso separar as coisas. As terapias são funções de profissionais habilitados para a sua execução, são pessoas ligadas à área de saúde. O Coaching é um treinamento para melhoria das habilidades. Assim, um psicólogo por exemplo, pode fazer Coaching, ou seja, usar suas ferramentas, mas o coach jamais pode fazer terapia. É importante que isso fique bem claro para o coachee.
Então se você quer ser um coach comprometa-se com o seu desenvolvimento em todos os sentidos. Entenda a necessidade do autoconhecimento antes de se colocar no papel de ajudar pessoas a se autoconhecerem. Tenha em mente que você precisa estar pleno em seus ideais, o que significa estar em constante crescimento.
E se você quer ser um coachee lembre-se da importância de procurar um profissional habilitado, vale fazer pesquisas e buscar indicações. E, então, lembre-se que não há milagre no método, você tem que se dedicar, se comprometer e se colocar na posição de quem quer que a mudança aconteça de forma efetiva e contínua.
O fato é que o Coaching é um método comprovadamente eficaz e de resultados satisfatórios e rápidos. Mas, como em qualquer outra profissão, precisa ser aplicado de forma segura.
Por Suely Buriasco
São alarmantes os últimos dados do relatório da Organização Mundial da Saúde divulgado nesse mês de setembro de 2019: “O suicídio é a segunda causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos no mundo, atrás apenas de acidentes de trânsito. E a cada 40 segundos uma pessoa se suicida, sendo que 79% dos casos se concentram em países de baixa e média renda”. É preciso entender a necessidade fundamental de tratar com seriedade o assunto, afinal isso está acontecendo ao nosso redor e, provavelmente, com muitos que lerão esse artigo.
O fato é que pais e educadores não podem mais perder oportunidades de se aproximar de seus jovens através do diálogo sobre o tema. Com certeza vivemos um período em que muitos adolescentes estão se identificando com situações como o bullying, ausência dos pais, abusos sexuais, emocionais e de toda ordem. São questionados também os papéis da família, amigos e escola.
No meu trabalho comprovo todos os dias o quanto as pessoas se amam, se importam, mas não se entendem. A medida em que os canais da comunicação são desbloqueados a surpresa aumenta. Verdadeiramente, ninguém sabe o que se passa na mente do outro sem perguntar, escutar e manter um diálogo empático. É fundamental escutar os adolescentes, perguntar suas opiniões, observar suas reações e então analisar o que eles realmente necessitam ouvir. Essa aproximação, certamente, terá consequências muito saudáveis, podendo ser o diferencial de vida para esses jovens.
Mais positivo do que ignorar ou condenar os temas como o suicídio e a depressão é abrir o diálogo e produzir maior compreensão e aproximação familiar. Além das nossas próprias verdades precisamos enxergar as dos outros, considerando as suas importâncias. Mais do que nos importar é preciso olhar com empatia para os nossos jovens e para todos os que nos rodeiam. Muitas vezes as pessoas estão pedindo socorro de uma maneira que não entendemos e pode ser tarde demais quando percebemos.
O grande engano é não acreditar na possibilidade disso estar acontecendo com alguém bem próximo, talvez com você mesmo. É preciso estar atento, pois, a depressão é uma doença silenciosa e traiçoeira. E, se você que esta lendo tem sentido na pele esses efeitos, lembre-se de que como qualquer doença, a depressão requer cuidados profissionais. Não tarde a buscar ajuda!
Suely Buriasco
Vivemos momentos de grande agitação, o clima bélico é instigado de forma tão veemente que fere a ética. Usando por base a “liberdade de expressão” muitos extrapolam esquecendo-se de que a responsabilidade é primordial na manifestação da liberdade. Isso é tão veemente que causa descrédito e irritação crescente. Eu, pessoalmente, prefiro sempre a visão otimista da realidade. Acredito que as mudanças estão sim acontecendo, mas não são tão rápidas quanto necessitamos. Entendo que o “estrago” foi de tamanha intensidade nos últimos anos que o equilíbrio está bem longe de se efetivar.
Quando me perguntam se eu acredito que o Brasil vai melhorar, eu respondo “claro”! Não dá para ficar só se lamentando, se olharmos para a história de nosso país concluiremos que sim, estamos melhorando. Não é uma evolução em linha reta, como seria o ideal; são muitos os altos e baixos, mas existe progresso, eu não tenho dúvidas disso.
Penso que todos temos responsabilidade de trabalhar por essa melhoria que desejamos; cada um dentro de sua aptidão e possibilidade pode fazer a diferença nesse sentido. Eu acredito na mudança pela educação de comportamento nos adultos que se reflita na educação da criança. Nossos comportamentos designam a forma como olhamos o mundo e, certamente, influenciam os que convivem conosco.
Assim, vale refletir: “O que tenho feito de prático para que meu país seja mais ético e justo? Eu tenho sido? Tenho ensinado maneiras éticas e justas de viver? Tenho influenciado as pessoas dessa forma?”
É importante observar que quando trazemos para nós mesmos a responsabilidade temos poder de execução, mas quando apenas esperamos que os outros façam nos perdemos na inatividade das lamentações. Claro que cobrar dos governantes além de direito é um dever, no entanto há que ser uma cobrança consciente, afinal, estamos numa democracia e ser ético também inclui ter discernimento na forma de se expressar. Vejo, por exemplo, muitas pessoas pontuarem, com razão, a fala irada e, muitas vezes desmedida do Presidente eleito. O que chama a atenção é que essas pessoas usam, sem qualquer critério, palavras igualmente ofensivas. O que se vê é uma postura bélica na divisão que se fez entre “direita” e “esquerda” e, nessa paixão, todos perdemos.
Somos brasileiros e podemos lutar de forma pacífica no que entendemos por necessário sem desrespeitar uns aos outros. Ideias diferentes podem ser muito úteis na edificação das mudanças que precisam acontecer. Aliás, segundo Heráclito: “A oposição produz a concórdia. Da discórdia surge a mais bela harmonia.” Eu acredito nisso, ninguém é capaz de ver o todo sozinho, ideias diferentes produzem maior clareza à realidade.
Eu amo o “verde-amarelo” do meu país, acredito em sua gente e na possibilidade de nos unirmos em nome de um bem comum. Junto-me aos que não se servem de adjetivos ou títulos para manifestarem a sua crença. Estou com os que têm por ideal o progresso desse país.
Minha paixão é o Brasil!
Deixar ir e abrir espaço para o novo
Uma recente mudança de cidade me fez refletir sobre a quantidade de coisas que guardamos sem qualquer propósito. Roupas pessoais e da casa, objetos e tantas quinquilharias poucos usadas que nem lembrávamos mais. O que “pegou” mais foram os objetos guardados como lembranças de pessoas e tempos que nos marcaram no passado, mas que não teriam lugar na nova morada.
Desapegar é um processo que exige disposição para a mudança e muita força de vontade, até porque não se trata tanto das coisas materiais, mas do sentido que elas possuem. E vale lembrar que a necessidade do desapego vai muito além de coisas, muitas vezes, é fundamental incluir pessoas que nos são caras. Nada simples, mas fundamental, para quem busca uma vida mais harmoniosa.
A leitura de um artigo da revista “Vida Simples” escrito por Débora Zanelato me fez refletir muito. O enunciado é muito sugestivo: “Desapegar daquilo que não faz mais parte de nós e dar valor ao que precisamos abrem espaço para escolhas que nos colocam perto da felicidade”. O texto transcorre sobre o movimento “Viva com menos”, inspira pensamentos e dá dicas para que o desapego não seja algo tão doloroso. Vale muito a leitura.
Como me identifiquei com o tema quero citar duas atitudes que foram fundamentais nesse meu mais novo processo de desapego:
Deixe ir com gratidão
Vale tanto para pessoas como para objetos e seus significados. Não se culpe por eles não se encaixarem mais na sua vida. Seja grato(a) por ter usado (objetos) ou convivido (pessoas) com eles. Tenha em mente que eles fizeram parte de momentos da sua vida e, de alguma forma, contribuíram para o seu crescimento.
Desapegar-se dos afetos já falecidos não os tiram da sua mente, pessoas amadas sempre se conservam na memória e nos sentimentos. Mas também é preciso desapegar-se daqueles que por alguma razão, simplesmente, não cabem mais em sua vida. Tenha gratidão pelas lições que deixaram, mesmo que tenham sido desilusões dolorosas.
2- Dê um novo sentido ao que não lhe serve mais
Facilita muito quando damos um destino ao que precisamos desapegar. Muitas coisas que não nos servem mais podem ser úteis e até essenciais para outras pessoas. O destino útil ao que doamos provoca grande alívio e até mesmo alegria. Uma quebra importante no processo incômodo do apego.
Isso também serve para o desapego de pessoas. Embora muito mais doloroso, é possível e muito recomendável deixar de conviver com quem é capaz de nos prejudicar de qualquer forma. Livre-se de qualquer mágoa, perdoe e se perdoe, essa é a maior liberdade que podemos alcançar. Não os despreze, eles tiveram um papel importante na pessoa que você se tornou, apenas deixe-os ir, desejando que também se encontrem e sejam felizes.
À partir disso é possível reorganizar a própria vida e efetivar as mudanças propostas. Em todos os sentidos, viver mais com menos é um processo importante de crescimento e satisfação interior.
Arrumar as coisas é arrumar a vida e abre espaço para novas experiências. Um movimento pelo qual identificamos o que realmente é valoroso e imprescindível.
Suely Buriasco
Mediação de Conflitos e Coaching
www.suelyburiasco.com.br
Suely Buriasco
Somos seres essencialmente sociais, no entanto temos grande dificuldade na interação e os relacionamentos são os motivos mais frequentes de sofrimento. Lidar com o próximo não é algo simples, afinal, entre pessoas existem afinidades e diferenças que lhes são próprias. No relacionamento é preciso aprender a conviver com divergências importantes, aceitar ideias, emoções e atitudes, muitas vezes, opostas as suas.
O fato é que desenvolver bons relacionamentos é um ganho que faz toda a diferença na satisfação humana. O grave problema que constato em meus atendimentos é a ilusão de que os relacionamentos dão certo ou não, como se fosse questão de sorte. Bons relacionamentos exigem esforço contínuo, são edificados a cada obstáculo superado. Vale lembrar que ao nos relacionarmos deixamos de ser um, para sermos dois e isso implica em aceitação e reconhecimento de valores alheios.
Nesse aprendizado a grande sacada é observar esses dois fatores:
Conhecimento
É necessário procurar entender como funciona a interação com outra pessoa. Buscar conhecer, ler, se instruir. Embora cada relacionamento seja um universo à parte, existem muitos pontos em comum que podem inspirar reflexões e ações personalizadas. Também é importante conhecer um pouco da outra pessoa, suas crenças, seus valores e a forma como manifesta seus sentimentos e emoções. Para que as pessoas se relacionem umas com as outras, é importante que primeiramente elas se conheçam e isso exige muita disposição no sentido de desenvolver um convívio harmonioso, satisfatório.
Compreensão
Você só compreende o que conhece, então esse é o segundo passo. Compreender não significa aceitar e “bater palmas”. Tem a ver com empatia, com assimilar o outro dentro de sua própria realidade. Não querer mudar, moldar ou imputar conceitos seus, subjugando o outro. Compreender é “calçar o sapato” do outro, buscar enxergar de acordo com as perspectivas dele. Escutar sem pré-julgamentos, respeitar mesmo quando as ideias alheias sejam , ou pareçam ser, totalmente divergentes das suas. Vale lembrar que a maioria dos desentendimentos não se dão na equação do certo e errado, mas sim do diferente.
Mas nada disso será possível se você não colocar o prefixo “auto” nos fatores acima. Autoconhecimento e autocompreensão são fundamentais para aprender a lidar com suas potencialidades, fraquezas, problemas, frustrações, desejos, angústias e expectativas em relação a si mesmo e aos outros.
Suely Buriasco
Tem sido muito noticiado o caso da mãe que deixou a filha de 11 meses na calçada do ex-marido. Visivelmente transtornada no vídeo publicado, a jovem mãe coloca a filha em grande perigo. Tentando reverter a situação da guarda ela quer explicar o inexplicável, alegando que o pai não havia cumprido o acordo de buscar a criança. É muito triste presenciar, mesmo que pelos noticiários, o descaso e, muitas vezes, o perigo que alguns pais submetem seus filhos. É, realmente, chocante quando as pessoas que deveriam proteger e amparar essas crianças são as mesmas que se tornam ameaçadoras.
Sem querer condenar a mãe ou quem quer que seja, acredito que refletir sobre o assunto é de extrema importância, até porque, infelizmente, esse não é um caso isolado. Nos processos de mediação de conflitos com casais presencio comumente a dificuldade que muitos encontram em colocar como prioridade o bem-estar dos filhos. Vale observar que, quase sempre, não se tratam de pessoas ruins ou irresponsáveis, a questão está mesmo na intensão, inconsciente ou não, de magoar um ao outro. São casais que, ao se separarem, desenvolvem um relacionamento ainda mais destrutivo. Dessa forma buscam permanecer na vida do outro, nem que seja para torná-la um tormento, não conseguem sequer imaginar que o ex-cônjuge refaça a própria vida. Pior é que a forma que encontram para isso recai, quase sempre, nos filhos, que são transformados em “ferramentas” para atingir o outro.
Não se trata apenas de perigo físico, muitos pais não percebem o quanto estão prejudicando a saúde mental de seus filhos. Prejuízo esse que se instala no desenvolvimento cognitivo dessas crianças que irão se manifestar de forma imensurável na vida adulta. A alienação parental, situação pela qual os pais ou parentes dos mesmos influenciam o filho a tomar partido e a se colocar contra o outro é, infelizmente, uma realidade muito comum no Brasil, configurando-se crime desde 2010.
O grande problema é a falta de compreensão em relação ao assunto. Muitos pais simplesmente não refletem sobre o quanto os desentendimentos entre eles podem causar danos irreparáveis em seus filhos. Tanto é assim que, quando submetidos ao processo de mediação conseguem ouvir um ao outro e tornar relevante o acordo que beneficia as relações no que tange às necessidades do filho. Assim que conseguem enxergar a situação de forma menos emocional voltam seus esforços em favor da criança.
A neurociência comprova que pessoas envolvidas em fortes emoções perdem o discernimento e agem por impulso. Isso é um alerta para mantermos a mente equilibrada, mesmo diante de um forte impacto emocional. Um segundo de grande fúria pode trazer muita dor para o resto da vida. Sendo pais nossa responsabilidade se amplia, pois o dano se estabelece também na vida dos filhos.
O caso citado acima logo cairá em esquecimento do público, mas a sua repercussão na vida das pessoas envolvidas, principalmente da criança, não podemos dimensionar.
Porém antes de “jogar a primeira pedra” vale avaliar os próprios atos. Afinal, o que podemos e devemos fazer é refletir sobre a forma como estamos influenciando nossas crianças, seja em caso de separação ou não.
Sejamos sinceros conosco mesmos: como pais representamos ancoradouros ou âncoras na vida de nossos filhos?
Suely Buriasco
A vida é uma sequência intensa de transformações que fazem parte da nossa continuidade nesse movimento natural e ininterrupto. E foi assim que um dia vim morar nessa fronteira, aqui formei minha família e seguindo esse mesmo fluxo acabei me mudando depois de longos anos. Saí de Ponta Porã, mas Ponta Porã jamais saiu de mim e, por isso, mantenho laços carinhosos, amigos incríveis e realizações felizes nessa cidade.
Fronteira amiga, habitada por pessoas pacíficas e hospitaleiras constitui uma área conurbada internacional com a cidade Pedro Juan Caballero, no Paraguai. Distinção que só existe na teoria, pois na prática são uma só cidade ligadas pelo afeto e consideração de seus moradores. Durante todos esses anos tem enfrentando desafios difíceis, peculiares de cidades fronteiriças, que só demonstram a força e a disposição desse povo que segue lutando por manter suas tradições. O símbolo da cidade é uma cuia de chimarrão e outra de tereré, representando duas culturas que se tornam apenas uma.
Da erva-mate para a agricultura e pecuária, Ponta Porã se desponta economicamente e representa um percentual significativo para a economia nacional. Dados que nos orgulham por comprovar o perfil trabalhador e empreendedor dos cidadãos dessa cidade progressista.
Também foi nessa cidade que me foi dada a oportunidade de trabalhar pela Cultura da Paz, um movimento mundial instituído pela UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. Projeto que se tornou Lei Municipal graças a sensibilidade da Sra. Vânia Peluffo, da visão progressista do Prefeito Hélio Peluffo e do comprometimento dos vereadores. Ponta Porã é a primeira cidade do MS a seguir essa tendência mundial.
Por isso e muito mais é que Ponta Porã merece todo o reconhecimento e comemoração pelos seus 107 anos.
Meu carinho e gratidão à Ponta Porã!
Muito se tem falado e estudado os resultados da exposição sem limites nas redes sociais.
Não apenas naquelas consideradas como instagram e facebook. Mas mensagens trocadas através de whatsapp, de stories (mesmo o selecionado para “melhores amigos”), mensagem, em que existe a ilusão de privacidade, mas que muitas vezes a pessoa esquece que qualquer um pode dar um “print” na imagem ou no vídeo e tornar pública a intimidade compartilhada.
Vejam por exemplo o que aconteceu com o jogador Neymar, que para se defender de uma acusação de estupro, acabou cometendo um crime, divulgando em seu instagram mensagens trocadas com a acusadora, mostrando inclusive fotos íntimas dela, o que pode lhe render uma punição severa.
Para os pais dos jovens essa é uma preocupação frequente, que fica muito clara nos atendimentos que realizo. Os conflitos surgem, em geral, porque os pais não conseguem controlar o que os filhos fazem na internet, principalmente porque tudo isso se dá através dos smartphones, em redes sociais que eles nem têm conhecimento.
Entre os adolescentes esse problema se torna ainda mais preocupante. Isso porque na adolescência os jovens estão descobrindo a sexualidade de forma mais plena. O fácil acesso às redes sociais e a falta de maturidade para distinguir o que faz parte da vida privada e o que pode ser público causa grandes constrangimentos. Existem as chamadas “musas fitness” que fazem fotos sensuais, trabalham com isso, geralmente ganham quantias financeiras de marcas em troca da exposição do seu corpo e têm por trás marqueteiros e assessores que as ajudam a administrar a exposição. Tudo é calculado. Mas os adolescentes nem sempre se dão conta disso, seguem a tendência e postam fotos aleatoriamente, inspirados naquelas pessoas. Por isso a orientação dos pais, educadores é extremamente importante.
A ilusão de privacidade nas redes sociais pode causar inúmeros problemas, por isso, importante informar e vigiar.
Por Suely Buriasco
Conta-se uma história na qual um homem procurou seu mestre e disse: “Eu não amo mais a minha esposa, o que devo fazer?” E o mestre respondeu-lhe: “Apenas a ame”. Por mais que a fórmula seja antiga, ainda temos muita dificuldade de entender. A visão romântica do amor arrebatador, extraordinário e inexprimível não condiz com a realidade e, a falta dessa compreensão causa grande sofrimento na vida de muitas pessoas. O que provoca esse turbilhão de emoções é a paixão que, diferente do amor, é efêmera e irracional. Confundir amor com paixão é extremamente perigoso.
O amor é um sentimento e, como tal, não poderia ser de fácil entendimento, no entanto, quando o compreendemos como fruto de nossas próprias escolhas, tudo muda de figura. As palavras do mestre da historia acima, cuja autor desconheço, refere-se ao amor como verbo, ou seja, como ação. No livro “Diálogos sobre a afetividade” de Ivan Capelatto encontramos a seguinte definição: “…aprendemos a amar a partir do momento em que nascemos e da maneira como vamos ser cuidados pelas pessoas que nos desejaram”. O amor pode, pois, ser aprendido e isso em qualquer tempo da existência humana.
E para os que discordam alegando que o amor é um sentimento natural, vale a reflexão: não se pode controlar os sentimentos, mas é possível controlar a reação que eles provocam. Isso muda tudo! O amor é um aprendizado que inclui atenção, cuidado e empatia, provocando amadurecimento e disposição. O amor é uma decisão das mais importantes, pois nos tira da “vida como ela é” e nos inclui ao grupo dos que arquitetam a própria vida.
Algumas das situações que comumente causam dor podem, assim, ser vistas sob uma ótica diferente:
Um relacionamento amoroso define-se pelo nome, isto é, o amor é imprescindível. Não há sentido em manter um elo que, verdadeiramente, não existe, mas é totalmente viável dedicar-se a amar o outro, o que, como já dissemos, pode ser aprendido. Claro que para tanto é preciso determinar-se a amar; a vontade é o elemento fundamental para o trabalho de reconstruir uma vida amorosa.
2.O sofrimento por um amor não correspondido.
O amor não é algo que se possa descartar ou que termine; quem realmente amou um dia, amará sempre. No entanto esse sentimento pode se modificar através das decisões que fazemos na vida. Por mais que os românticos associem amor ao sofrimento, o real é exatamente o contrário, assim, quando o amor causa sofrimento isso precisa ser repensado. Quem ama sabe amar primeiramente a si mesmo e, portanto, entende que pode transformar esse sentimento, virar a página e reconstruir a própria vida.
A verdade é que desenvolvemos planos de ação para alcançar tudo o que desejamos e nos dedicamos a isso, mas para o amor queremos que simplesmente aconteça. Entretanto, podemos e devemos criar estratégias de comportamento que facilitem o nosso melhor desempenho amoroso, a fim de que os nossos relacionamentos sejam mais harmoniosos e felizes. O esforço vale muito a pena!
Suely Buriasco
O ritmo está muito intenso e você sente as consequências do estresse em seus dias, seu corpo dá sinais de cansaço e o desgaste é nítido em seus relacionamentos? A ansiedade tem sido tão constante que já atrapalha seu sono? Que bom que o título chamou sua atenção, você está mesmo precisando “desacelerar”.
Claro que você está sem tempo e ler esse texto pode ser complicado, afinal a vida está tão corrida, não é mesmo? Foco não tem sido seu forte, certo? Dificuldade de leitura é sintoma de mente acelerada, então permita-se o desafio de ler até o final e conheça essas estratégias simples para ter maior qualidade de vida. Vamos lá?!
Comece por acalmar o seu ambiente. O que temos em nosso redor influencia muito o nosso humor. Música tem grande efeito, opte por instrumental, lúdica, tranquila. Organize seu espaço, mantenha tudo limpo e arrumado. Vale a pena perfumar o ambiente, de preferência com um aroma familiar e sutil.
Observe se o lugar que você se senta ou deita é confortável, se o seu corpo se adapta bem, se os móveis proporcionam conforto físico. Agora observe como você normalmente se senta ou deita, veja se é a posição é correta para o seu descanso.
Vivemos num mundo onde as informações são muitas e rápidas demais. A velocidade da era digital acelera a mente causando grande estresse. É importante ter momentos em que a TV esteja desligada e você se afaste da internet. Interessante lembrar que as mensagens não precisam ser respondidas na hora e que um tempo ausente do mundo digital só vai lhe trazer paz.
Se tem uma pergunta que causa desconforto é essa: você tem um hobby? Normalmente as pessoas me respondem algo do tipo: “eu já tive”, “eu gostava de fazer…”. Diante do frenesi do dia a dia, infelizmente, é comum as pessoas deixarem de fazer o que gostam. Claro que temos nossas responsabilidades, mas não se pode viver bem apenas cumprindo “obrigações”.
Vale lembrar que essas ações só surtirão efeito se forem realizadas regularmente. Escolha se sentir bem, opte por sua saúde mental, invista em você mesmo!
Por Suely Buriasco
Sou grande admiradora do escritor e psiquiatra Içami Tiba, com ele aprendi e, embora já não se encontre mais nesse mundo, ainda aprendo muito através de suas obras. Tenho em mente uma frase que marca a minha trajetória na maternidade: “Se eu pudesse aliviar o mundo de um sofrimento, seria o de remover as culpas indevidas que a maioria das mulheres carrega dentro de si, na função de mãe”.
Culpa parece vir junto com a maternidade. Mãe sente culpa por tudo, além dessa pressão interna, ainda acumula uma pressão da sociedade que aponta mil dedos para ela. É claro que as responsabilidades imputadas pela maternidade não são poucas, entretanto, melhor é sempre dirigir nossas energias a dar o melhor de nós, procurando ser e fazer cada vez melhor.
No meu canal tem um vídeo sobre a culpa materna: Como lidar com a culpa materna.
Ao final de uma palestra sobre comunicação entre pais e filhos, uma mulher me procurou. Disse que é professora e exerce a função em três períodos. Tendo uma filha de 3 anos trabalha muito para lhe propiciar o melhor. No entanto, estava se sentindo muito triste porque há algum tempo percebia dificuldades na relação com a filha. Disse que diante do que ouviu naquela palestra entendeu que a filha havia estabelecido uma comunicação de confiança com a babá que era quem passava mais tempo com ela. Quero deixar bem claro que a conclusão foi dela, não é meu papel concluir nada para ninguém, até porque cada caso é um caso e, como dizia a minha avó: “cada cabeça uma sentença”. Escutei-a com muita atenção e, em seguida, lancei a reflexão: o que você pode fazer quanto a isso? Depois de algum tempo recebi uma mensagem daquela mãe muito satisfeita com a decisão que tomou: deixou de trabalhar no período noturno, não tinha mais dinheiro para a babá em tempo integral, mas estava se sentindo muito próxima da filha.
Içami Tiba alerta que os filhos não precisam o tempo todo da mãe, se assim parecer já há algo que não está funcionando bem. A qualidade de tempo dispensada aos filhos é sempre muito mais funcional. Portanto, culpa por trabalhar fora tem mais a ver com pressões culturais. O ideal é que se chegue a um bom termo, onde o tempo juntos é bem gerenciado e o relacionamento entre mãe e filho(s) flua de forma harmoniosa. Cobranças sempre existirão, o importante é que cada uma de nós mães procuremos encontrar a melhor forma de sentir que estamos fazendo o certo, mesmo que, muitas vezes, isso seja algo bem vago. Buscar refletir sobre como estamos nos relacionando com os nossos filhos é uma boa régua para medir nosso desempenho.
Que a data nos leve a refletir sobre a relevância de ser mãe, sem culpa.
Feliz dia das Mães!
Já ouviu essa máxima popular: “Antes só do que mal acompanhada”? Eu considero uma grande verdade, mesmo levando em consideração que precisamos viver em sociedade. O problema é quando existe a crença: “Melhor com ele do que sozinha”, porque ai a pessoa se anula, aceita o inaceitável e mendiga por um pouco de atenção.
O resultado, em casos extremos, pode chegar a violência contra a mulher, situação que temos assistido, infelizmente, quase que diariamente.
Alguns homens têm o prazer de colocar a mulher para baixo, sentem-se superiores e não admitem ser contrariados. Os machistas extremos não suportam a alegria da parceria, têm sempre uma palavra desmotivadora e buscam por alvo suas fraquezas. Esse tipo de homem não merece a sua presença, muito menos o seu amor.
Esse tipo de comportamento precisa ser identificado o quanto antes, para que a mulher se livre de suas influências nefastas e seu desfecho que pode ser um caso de feminicídio.
Preste atenção em algumas dicas para se livrar de pessoas assim:
1. Olho na autoestima
Apenas pessoas que não sabem o próprio valor aceitam ser depreciadas. Faça uma autoanálise e veja se tem agido de acordo com as suas crenças e valores. Se você tem aceitado conviver com alguém que só te coloca para baixo, que não admite ouvir um não, é hora de rever esse comportamento. Somente alguém que não se considera merecedor do melhor para a própria vida mantém-se preso a uma “âncora”.
2. Imponha limites
Se você tem consciência de seu valor não permita que nada e nem ninguém a faça se sentir menor. Lembre-se que as pessoas só fazem com você o que você permite. Tome as rédeas da sua vida e imponha limites às influências externas. Compreendo que você não quer viver sozinha, mas soltar-se de pessoas negativas fará com que você encontre companhias mais satisfatórias. Acredite que é a sua mente que cria o seu mundo e coloque-se, imediatamente, na função de edificar relacionamentos “balão”, ou seja, que elevem e valorizem você.
3. Tome distância
Muitas vezes impor limites não é o bastante para soltar-se das amarras que prendem você ao ostracismo de si mesmo. Melhor então é tomar o máximo de distância possível de quem o empurra para baixo. Nem sempre isso é fácil, mas desenvolva distância emocional, pela qual todos os laços se rompam e a pessoa não consiga mais influenciar você.
Seja cortês, educado e gentil, mas escolha com cuidado aquele que merece conviver com você e ter ascendência na sua vida. E se sentir violentada de alguma forma busque proteção.
O Dia Internacional da Mulher, comemorado a cada oito de março, tem como origem as manifestações das mulheres, em todo mundo, desde o início do século XX por igualdade, melhor qualidade de vida e trabalho. Não se pode negar que de lá para cá muita coisa mudou e, nós mulheres, conseguimos uma representatividade expressiva em todos os setores de nossa sociedade.
Matéria publicada no dia 2 de março no jornal Folha de São Paulo revelou que vem aumentando a participação das mulheres em cargos de chefia, isso graça as políticas inclusivas das empresas, que ajudam a reduzir a desigualdade de gênero. Entre 1997 e 2018 “a fatia de mulheres em cargos de chefia nas 150 melhores empresas para trabalhar no Brasil cresceu de 11% para 42%.
Apesar disso muito ainda precisa ser feito. Ainda impressiona a quantidade de mulheres que vivem situações de total inferioridade, subjugadas a maridos que as violentam moralmente e de todas as formas possíveis. O fato é que muitas delas são tão dependentes financeira e emocionalmente que, embora procurem ajuda não se dispõem a agir de forma efetiva para mudar essa situação. Esse, certamente, continua sendo um problema social com abordagem no mundo todo.
Pior ainda é a falta de conscientização de grande parte delas que aceitam a desigualdade e subserviência sem revolta, sentindo-se, realmente, inferiores e indignas. Além de cultural, machismo também é questão educacional; basta ver como mulheres que se dizem independentes e modernas, ainda fazem distinção de tratamento e tarefas entre filhos homens e mulheres. Aliás, nesse quesito é forçoso admitir que as próprias mulheres têm grande responsabilidade em disseminar a desigualdade por muitas gerações e, infelizmente, muitas ainda agem dessa forma, mesmo que inconsciente.
Grandes mulheres do passado, que enfrentaram poderosas barreiras machistas, nos incentivam à luta pela igualdade de direitos que ainda está longe de acontecer. Acho importante destacar que essa luta não é apenas das mulheres, os homens também devem fazer parte dela. Vamos juntos lutar por um mundo mais justo e igualitário para todos.
A Cultura da Paz, instituída oficialmente pela UNESCO em 1999, têm como um de seus principais pilares: “Respeitar a vida e a dignidade de cada pessoa, sem discriminação ou preconceito”.
O respeito à vida em todas as suas manifestações tem uma abrangência muito grande, pois é preciso ampliar nossa visão para todos os seres vivos da Terra, vegetais ou animais. A natureza é vida e não há Paz sem preservação do planeta. Tudo o que há na natureza tem uma função definida, portanto, a exploração precisa obedecer parâmetros sustentáveis.
Vejo muitas pessoas reclamarem sobre abuso nos cuidados com os animais em detrimento aos seres humanos. Não entendo esse tipo de comparação, afinal uma coisa não exclui a outra. É necessário que pessoas se unam para amparar animais que sofrem qualquer tipo de privação e violência, assim como as que lutam para a melhoria de vida de seres humanos. Uma pessoa que, realmente, entende o que é a paz não exclui nenhum ser vivo do amparo necessário. E se até uma flor merece respeito o que dizer de um feto que vive e pulsa? O aborto provocado é a desvalorização de uma vida que não tem sequer meios de se defender.
Vale lembrar que numa sociedade em que pessoas dormem ao relento, sem condição de ganharem seu sustento, muito menos cuidarem da própria saúde e bem-estar, não há respeito à vida. A dignidade humana é valorizada quando são disponibilizados o mínimo para uma vida sadia mental e fisicamente. Isso inclui trabalho, saúde e educação. Temas tão debatidos em tantas promessas que não chegam a se concretizar da forma devida. Enquanto pessoas sofrerem em filas de hospitais, crianças não tenham garantidos estudo e alimentação e as pessoas continuarem a colocar seus interesses pessoais acima dos coletivos não poderemos viver a verdadeira paz.
A edificação da paz no mundo pressupõe a valorização de todo ser vivo, sem qualquer preconceito quanto as diferenças que constituem a complexidade da vida. Pelas diferenças nos completamos, assim como as cores se formam pela junção de tonalidades múltiplas. A natureza nos ensina a viver em harmonia, mesmo diante de situações adversas e inquietantes. Minha avó Aurora dizia: “Depois da tempestade vem a bonança”. Sábias palavras!
Muitos já enxergaram a necessidade de mudanças urgentes no que toca o valor da vida, mas, infelizmente, colocam-se a reclamar e apontar culpados. Claro que é importante cobrar os que têm por função realizar esse trabalho, mas é fundamental que cada um se ocupe de realizar o que lhe cabe nessa transformação cultural. Educar nossos filhos para a cooperação e não para a competição. Valorizar a própria vida e a dos que nos rodeiam. Aceitar que nossa opinião não é universal. Exemplificar a solidariedade e a cortesia. Cuidar do meio ambiente, da limpeza e conservação de lugares públicos. Essas são algumas medidas básicas.
A paz exige esforço conjunto!
Segundo a UNESCO “Cultura de Paz é um conjunto de valores, atitudes, tradições, comportamentos e estilos de vida baseados no respeito à vida, ao fim da violência, à prática da não-violência por meio da educação, diálogo e cooperação”. Partindo do princípio de que violência é todo tipo de ação que cause prejuízo a si mesmo e a outrem, percebemos a amplitude dessa definição.
Um dos principais pilares da Cultura da Paz é a Preservação do Ambiente. Sim, porque qualquer destruição ao meio em que vivemos causa danos, muitas vezes, irreversíveis. Cada árvore que se perde condena o meio a subsistir sem a sua função, que vai muito além de dar sombra e frutos, sendo importante para a saúde do solo e até para evitar erosão. Todo o ecossistema tem função de grande importância para a vida e, portanto, para a continuidade da humanidade.
Pela primeira vez na história vivemos a possibilidade concreta de erradicar a vida na Terra. As civilizações anteriores não tinham tal poder. A busca desenfreada pelo progresso fez com que surgisse uma civilização que não respeita a vida, que sujeita a natureza a seus próprios interesses momentâneos. Nada contra o progresso, tudo à favor da geração de riquezas, do agronegócio, da urbanização e tudo mais. É muita hipocrisia criticar o que nos alimenta, gera emprego e bem-estar. Mas é preciso despertar a consciência para a necessidade de preservação do meio ambiente, ou o progresso de hoje pode ser o fim do amanhã em nosso planeta. E se você pensa que eu estou exagerando é com você mesmo que falo sobre buscar conhecimento e alargar a mente.
Destruições ambientais acontecem todos os dias em todos os recantos de nosso país, infelizmente passam despercebidas por não terem a extensão imediata das tragédias de Mariana e de Brumadinho. Não é mais viável que deixemos tamanho impacto econômico, ambiental, humano e emocional assolar o Brasil. Se a flexibilização das leis é um caminho, então que sejam cumpridas com rigor, afinal de que adianta ter leis rigorosas e aceitar a cultura da propina, da corrupção desenfreada que coloca o homem contra o seu semelhante.
A Cultura da Paz propõe ações de respeito à vida em todas as suas manifestações. Por isso devemos ampliar nossos esforços buscando, efetivamente um futuro melhor. Isso inclui olhar todos os seres vivos, animais e vegetais, como merecedores de nossa atenção e cuidado.
“Tudo que vive é o teu próximo”, disse Gandhi. Se você não pode amar o seu próximo, ao menos o respeite. Se você não se interessa pelas gerações futuras, ao menos pense no planeta que deixará para os seus descendentes. Essa não é uma luta solitária, precisamos estar todos unidos. Se cada um fizer a sua parte o ganho será de todos nós.
Suely Buriasco
Escuto muitas queixas do tipo: “minhas emoções me atrapalham” ou “sou assim mesmo; não controlo minhas emoções”, ou ainda “Sou muito emocional e só me dou mal”. Podem parecer frases soltas, mas afirmações assim merecem maior atenção, pois, demonstram crenças limitantes que minam a satisfação de qualquer um.
É importante saber que as emoções são neutras, nem boas e nem más, a forma como reagíamos a elas é que possui efeito positivo ou negativo. Elas cumprem importante papel em nossas vidas, são fundamentais e dão significado ao que vivenciamos. Algumas emoções básicas fazem parte do pacote “ser humano”, conhece-las e compreender a maneira como agimos diante delas é exercício de autoconhecimento.
Emoções por si só não são capazes de atrapalhar você. Se isso tem acontecido é hora de observar seus próprios comportamentos. Alguns exemplos podem facilitar as coisas para você:
Podemos entender que as emoções são muito importantes e que cabe a cada um de nós reger as suas consequências. Trocar a palavra “controlar” por “lidar” pode ampliar a possibilidade de desenvolver a inteligência emocional através do autoconhecimento e responsabilidade pelas próprias emoções e ações.
O que você foi até hoje é parte de sua história, mas não é você. Reescreva-se, ressignifique-se, torne-se alguém melhor a cada dia!
Suely Buriasco
Entre os elementos fundamentais na satisfação do ser humano, a família tem, sem qualquer dúvida, papel de grande relevância. E não é de se espantar, afinal é no grupo familiar que buscamos a paz que precisamos para enfrentar as asperezas do mundo.
Só que, infelizmente, nem sempre as coisas são assim; o aconchego familiar tem sido comumente minado pela incompreensão e intolerância. Na falta de análise sobre o que realmente é importante na vida, muitas pessoas se revoltam e comprometem a tranquilidade familiar.
Muitas vezes, não basta ter razão; é preciso compreender as diferenças de entendimento e até o nível de consciência de cada um e conciliar a situação, mesmo que para isso seja necessário distanciamento. Afinal, a grande vantagem não é ter razão e sim promover a harmonia familiar. É preciso ter em mente que mesmo você considerando uma verdade, ela pode não ser assim para os outros membros e é preciso aprender a lidar com isso.
O respeito às diferenças é fundamental para o bom convívio com qualquer pessoa, mas especialmente em família. É mais fácil respeitarmos pessoas estranhas; difícil é considerar as que temos maior intimidade. Conviver com pessoas que pensam de outra forma é um desafio que precisa ser enfrentado com muita coragem. Trata-se de tolerar a cada dia atos e palavras com os quais você não concorda e mesmo assim não se deixar contaminar ou ofender. Muitas vezes é ter mesmo um olhar de compreensão para o que não se aceita.
Desenvolver a amizade pelas pessoas que amamos é um ótimo ingrediente para a tranquilidade familiar. A amizade inspira a compreensão que necessitamos e promove o entendimento, criando elos empáticos capazes de transformar as relações. Não podemos mudar as outras pessoas, mudanças só se operam de dentro para fora, no entanto, sempre será possível inspirar boas reflexões nesse sentido. Isso é muito mais que um direito; é, sobretudo, um dever.
Quando concluímos o quanto a harmonia familiar nos fortalece e revigora diante do torvelino da vida, entendemos que cuidar dessas relações é cuidar de nós mesmos!